capítulo vinte e um.

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Eu amo seu cheiro. É uma mistura doce e amadeirada, o cheiro mais marcante que já senti em minha vida. Seu cheiro impregna nas minhas roupas, no meu cabelo, em cada poro da minha pele, no meu coração. Coração este que bate incansavelmente conforme ele me beija em sua sala de estar, mal fechando a porta antes de me segurar em seus braços. Também amo seus beijos, sua língua acariciando a minha, a forma perfeita que seus lábios quentes se encaixam aos meus. Amo seus lábios. Amo seus braços ao meu redor, amo como não sei onde suas mãos estão, porque elas estão em todos os lugares.

Amo ele. Tenho certeza absoluta de que amo Eduardo Kaldor.

Apesar de fortes e intensos, seus beijos são calmos, medidos. Não é mais um teste, é a consumação dos nossos desejos. Sei que vai acontecer, sinto na minha alma e sei que ele também sente. Eduardo me guia pelo apartamento, suas mãos sempre em mim, sua boca sempre contra a minha. A porta se abre com um rangido baixo. Seu quarto é escuro como na outra noite, mas dessa vez é iluminado suavemente pela luz do corredor. Ele não fecha a porta, ele não para de me beijar. Quero perguntar a ele porque ele nunca liga a luz, mas me distraio quando sua boca desce por minha garganta.

Nós caímos contra a cama, meu vestido se amontoa ao nosso redor, numa confusão de tule e brilho. Tudo é monumental, suave, chega a doer de tão bom. Ele abre o zíper do meu vestido com toda delicadeza do mundo; por um momento penso que ele está sendo cuidadoso com a peça cara, mas quando o tule se vai e ele continua tão gentil quanto antes, percebo que ele está sendo cuidadoso comigo. Lembro de suas palavras no restaurante e realmente me sinto uma princesa. A princesa dele.

Nossas roupas se foram, todas elas, sem que eu sequer percebesse. Ele é lindo. Acaricio seu peito duro, minhas palmas correndo com delicadeza sobre a pele macia. Eduardo não diz nada, mas seu olhar é de paz. Ele gosta do toque. Ótimo. Eu amo toca-lo.

Ele me empurra suavemente contra a cama, seu corpo pairando sobre o meu.

— Preciso te lembrar... — Sussurro, meu rosto prontamente ficando quente.

— Eu sei. — Eduardo corta minhas palavras com um beijo suave, mas pego a sugestão de afiliação em seu olhar. Porque ele fica tão aflito quando falamos disso?

— Você se importa? — Pergunto baixinho. Ele apoia os cotovelos ao lado da minha cabeça e seu peito se cola ao meu, nossos corpos juntos em todos os lugares certos. Sinto sua ereção em minha coxa, duro e suave. Na luz tênue que entra pela porta, vejo a confusão em seu rosto. — Você sempre parece chateado quando falo que sou virgem...

Meu rosto cora. Eduardo encosta sua testa contra a minha e suspira, um suspiro pesado, aflito. Tenho medo da resposta.

— Não. — Pelo menos ele parece honesto. — Só fico pensando... Se você esperou tanto tempo é porque é algo importante para você. Não me sinto digno, Helena.

— Eduardo... — Sussurro seu nome, feliz por poder chamá-lo de forma tão pessoal. Ele é mais do que digno. Ele é o homem que eu amo. Eu não sabia até agora, mas não esperei por tanto tempo porque era importante, esperei porque era para ser com ele.

— E eu não quero que você pense que é por sexo. Nunca. Nunca foi, nunca será. — Agora é ele quem sussurra, seus lábios gentis e suaves contra os meus. — Porque eu, Helena, eu... Eu...

Diga, quero gritar, por favor, diga. Mas ele não diz. Eduardo me beija com ardor, cheio de paixão. Percebo que não preciso ouvir as palavras, esse beijo diz por si só. Sei que ele também me ama.

Ele me ama.

Como isso aconteceu tão rápido?

Sua mão desce por meu corpo, sua boca nunca abandonando a minha, engolindo meus gemidos quando ele toca minha pele quente, arrastando o polegar por meu clitóris. Ele balança o dedo, enviando um milhão de sensações por meu corpo. Sinto-o ficar mais duro contra o interior de minha coxa e seu beijo se torna mais intenso, poderoso, insano. Sua língua briga com a minha pela liderança, mas é uma guerra perdida. Ofego, arranho suas costas, abro mais minhas pernas.

MONSTRO. | Professor × Aluna.Where stories live. Discover now