000 | Preface

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000 | PrólogoRAYNA KANE                                  ——— Ano 2147

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000 | Prólogo
RAYNA KANE
——— Ano 2147

    "Aurora Blake.
FH/SEC17 20391"

Essa foi a mensagem que eu recebi assim que abri meus olhos naquele dia.

Eu sabia bem de quem era. Apenas uma pessoa tinha o devido conhecimento para me mandar uma mensagem por um relógio de última tecnología.

E essa pessoa estava com muitos problemas ultimamente.

Problemas dos quais eu estava correndo para resolver.

— Me desculpe.

Peço, pelo o que parece ser a sétima vez nos últimos minutos, ao trombar com uma criança com os seus pais.

FH... FH... Corredor FH, vamos lá... Cadê... você.

20380. Não. 20385. 20387.

Encaro meu relógio, a mensagem ainda pisca como uma luz quase se apagando.

20390.

Vejo a porta do 20391 escancarada antes mesmo de aparecer em frente a ela.

— Senhora Blake, eu... — engasgo com minhas palavras com o que eu acabo vendo.

Não é a Senhora Blake.

O guarda Bellamy Blake me encara com seus olhos arregalados, o braço esticado na frente do corpo de uma pessoa que havia virado imediatamente de costas para mim.

Uma garota, muito menor do que ele, cabelos amarrados em um rabo de cabelo.

Confiro o número da porta e a mensagem no telemóvel do meu pulso.

20391.

Todos conheciam Aurora Blake, por suas incríveis mãos para remendar e fazer roupas, ela era a principal costureira daqui e esse é o motivo da minha visita inusitada.

Há uma semana atrás pedi-lhe que fizesse duas muda de roupas para mim, lhe entreguei os panos e ela me disse que avisaria quando estivesse pronto.

Ela não avisou. Mas não há mais tempo.

Precisava dessas roupas agora.

— Érr...

Assim como Aurora Blake era famosa por seu talento, seu filho era famoso apenas por ser o cadete mais novo da guarda. Todos conheciam ele ultimamente, ele fazia sucesso, principalmente na rodinha das garotas.

E aqui está ele. Eu o reconheço. Apenas não reconheço a garota do seu lado, com mudas de roupa rasgadas e até mesmo pequenas para o seu corpo.

— Escute-me — sua mão é estendida na minha direção, como se quisesse me impedir de fazer algum movimento.

Meus olhos recuam para os pés da garota, que estava enterrado no chão, em um espaço curto demais no piso.

Meu coração pulsa com a informação e volto a olhar para o Blake que havia acompanhado a direção que tomou a minha atenção.

Eu já havia me metido em situações arriscadas demais para reconhecer quando eu havia pegado algo ilegal.

Então, eu corro.

— Kane!

Consigo ouvir a confusão de seus passos no quarto e depois no corredor, perseguindo-me.

Puta merda.
Puta merda.

Reviso meu relógio. A mensagem sumiu. Aumento a minha velocidade, trombando nas paredes ao olhar para trás e tropeçando nos próprios pés.

Acabo chegando no refeitório, onde tudo estava uma bagunça extrema de pessoas em pé gritando, pessoas sentadas chorando e poucas pessoas calmas.

Procuro algum rosto conhecido na multidão de gritos, mas não encontro.

Me assusto e paro de tentar passar pelos corpos quando alguém pega uma faca de cerra na mesa a minha frente e corre na direção de outro alguém.

Encaro assustada a cena.

Eu sabia bem o que estava acontecendo.

Há alguns meses, a Arca estava sendo vítima de um ladrão. Um ladrão que roubava remédios, roupas, comida, casas, objetos de valor e sem valor.

Casas estavam sendo invadidas, pessoas estavam perdendo coisas, a raiva estava crescendo no coração das vítimas do roubo.

Estava acontecendo uma rebelião.

Porque ninguém sabia como encontrar o causador de tudo isto.

— Aí! Toma cuidado.

Meus olhos se prendem em Bellamy do outro lado do refeitório, me procurando com um olhar nada bonito.

Me agacho no meio dos corpos e recuo até o corredor da minha casa.

Até chegar ao meu destino, sinto que meu coração ia sair pela boca e minha respiração iria acabar atropelando a minha garganta.

Mas eu chego e após fechar a porta, deixo-me descansar ao arrastar o corpo até o chão.

Encaro meus pés. Oh, meu Deus.

Os Blake esconde uma garotinha sob seu piso.

Estou com essa história nos rascunhos faz tanto tempo que eu sinto-me saindo da minha zona de conforto ao posta-la

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Estou com essa história nos rascunhos faz tanto tempo que eu sinto-me saindo da minha zona de conforto ao posta-la. Espero que vocês gostem!

Eu revisei o capítulo, mas posso ter deixado facilmente algum erro escapulir dos meus olhos, então me desculpe.

Não se esqueçam de interagir!!!

A CATÁSTROFE || the 100Where stories live. Discover now