Quente

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⚠️: Esse capítulo contém cenas que podem ser desconfortáveis, caso isso se aplique a você, sinta-se livre para pular.

Boa leitura!

I'm yours - Isabel LaRosa

E assim foi feito, Minho terminou de fechar a conta do hospital e o levou consigo para casa.

Por causa dos analgésicos, Han dormiu por todo o trajeto e quando acordou já estavam no estacionamento do prédio, mas Minho não estava no banco do motorista ao seu lado. Pelo vidro, mesmo ainda sonolento, ele observou o mais velho falando ao telefone, a linha de sua mandíbula parecia ainda mais afiada.

Era incapaz de não admirar, ele era tão lindo que Jisung sentiu que parou de respirar por um momento. Seus olhos caíram até a mancha de sangue na camisa cinza e por pouco ele não notou que Minho havia finalizado a ligação e caminhava de volta para o carro. Jisung abriu a porta e pôs-se a sair mas assim que pisou no chão, seu passo falhou, fazendo o outro prontamente correr em sua direção.

- Você acordou - Minho o apoiou em seus braços - Está doendo?

Jisung assentiu, piscando repetidas vezes enquanto o olhava, seu coração batia tão rápido que ele já não sabia se ainda era a adrenalina.

- Chegamos faz muito tempo?

- Uns vinte minutos... - notou o rostinho curioso em seus braços - Eu estava falando com a sua mãe ao telefone, expliquei o que aconteceu e que você irá passar a noite aqui.

- Ela parecia preocupada? - o silêncio dele se tornou resposta - Tudo bem, não precisa me olhar assim - Han empurrou a porta do carro atrás de si e tentou caminhar, mais uma vez parando pela dor.
Minho rapidamente pegou os remédios e trancou o carro.

- Eu te ajudo.

Minho não hesitou, pegou-o nos braços como um noivo e caminhou até o elevador, apertando o botão com o cotovelo. No minuto seguinte, já estavam dentro da caixa de metal.

- Você não precisa me carregar no elevador - a voz de Jisung era baixa, mas não inaudível, mesmo assim, Minho não esboçou qualquer mudança e apenas selecionou o andar.

Han olhou para seu reflexo no espelho do elevador. O garoto ficou tão vermelho que inconscientemente fechou os olhos e tentou esconder seu rosto, no entanto, o cheiro do perfume de seu salvador ocupou suas narinas despertando-o em seguida. Ele tentou pular dos braços que o carregavam tão protetoramente, mas as mãos de Minho eram firmes e o seguravam com habilidade.

E então as portas se abriram, indicando que estavam no corredor do apartamento.
Minho voltou a se mover e Jisung apertou seu ombro, rezando para que não tivesse ninguém por perto, a situação era tão inusitada que ele sentia seu rosto queimar como se tivesse comido uma panela inteira de dakgalbi duplamente apimentado.

- Hannie? - Han levantou a cabeça - Pode digitar a senha?

- Eu posso - esticou o braço para usar a mão que segundos atrás apertava o ombro do Lee.

- 291106.

Quando adentraram o apartamento Jisung foi gentilmente colocado na cama e coberto pelo outro. Ele não agradeceu, estava com os números da senha da porta em sua mente.
"29 de novembro? Um aniversário especial?" indagou sozinho.

Minho que tinha ido até o guarda-roupas pegar peças limpas, voltou e fez um breve carinho nos cabelos do garoto, tirando-o de seus pensamentos.

- Tudo bem?

- Hm, sim.

- Você quer tomar um banho? - Han balançou a cabeça em negativa - Tudo bem então, levante os braços pra mim.

Jisung obedientemente deixou que sua camiseta fosse substituída, mas pegou o shorts emprestado e trocou sozinho por debaixo da colcha de cama, ao terminar, entregou a calça para quem pacientemente o esperava.

- Quando é seu aniversário mesmo?

- 25 de novembro - Lee pegou as roupas sujas e rasgadas, indo coloca-las no cesto ao lado da mesa de cabeceira - Por que pergunta?

Não obteve respostas, Han estava mais uma vez pensando no número da fechadura eletrônica. Seria o número padrão da empresa de segurança?

- 29 de novembro de 2006 - Jisung olhou para Minho que desabotoava a camisa cinza manchada de sangue em frente ao cesto, começando a se trocar - O dia em que eu te conheci.

(▶︎)

Era como se todo o ar em seus pulmões tivesse se transformado em água, pequenas lembranças inundavam os sentidos de Jisung.

- Min?

- O que? - se aproximou, sentando-se na lateral da cama de frente para o garoto.

- Eu vou arruinar a nossa amizade, mas você tem cinco segundos pra me impedir.

Seus olhos procuravam por qualquer negativa no rosto bonito de Minho e em um momento de coragem cega, Jisung o beijou.

Desajeitado, o garoto segurava o pescoço do mais velho quando percebeu seu beijo ser retribuído. As firmes mãos que o seguraram mais cedo agora deslizavam de suas costas até a cintura depositando leve pressão.

Minho delicadamente o deitou, ajustando o corpo em seus braços na cama e colocando-se por cima, as mãos de Jisung passeavam pelo peitoral da camisa aberta descendo despreocupadamente.
O Lee beijava desde a mandíbula até o pescoço de Han, logo subindo ao lóbulo da orelha e deixando uma mordida, que imediatamente foi respondida com um arranhão em seu abdômen.

Os beijos se tornavam cada vez mais ávidos e repletos de desejos escondidos. Sem quebrar o selar, Minho deslizou sua mão direita até a coxa de Jisung, apertando sem pudor algum enquanto se ajeitava entre as pernas do garoto. A colcha que antes o cobria, agora estava embolada no canto da cama, e seus corpos ansiando por mais, se mexiam em uma lentidão torturante.

A temperatura do quarto era equivalente a de corpos e tudo que se ouvia eram as respirações pesadas de ambos. Minho levantou a camiseta do rapaz, traçando uma trilha de beijos e mordidas pelo abdômen palido abaixo. Jisung deixou escapar abafados gemidos sentindo os dentes roçarem pela lateral de seu corpo, segundos antes de ganhar um delicado beijo na mesma costela que havia machucado na semana anterior.

Seus arfares não passaram despercebidos, e Minho sentia que a qualquer momento enlouqueceria ouvindo aqueles sons, cada parte de Jisung era ainda melhor do que imaginava em seus sonhos e as marcas vermelhas que deixava na pele branca sob a luz fraca do abajur chancelavam seu destino.

- Min, está muito quente...

Tell me that you're still mine (minsung)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora