Orgulho ou sensatez?

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"Vamos dar certo, eu posso esperar"
Essas foram as últimas palavras de Minho quando deixou Jisung em casa naquela madrugada.

De alguma forma, o sentimento mútuo em seus corações foi suficiente para decidirem que se tornariam algo mais e nada mais precisou ser dito, Han sentia que explodiria a qualquer momento e mal conseguia organizar seus pensamentos, o abraço confortável e quente de Lee o acompanhou do portão até a ponta da escada, quando uma corrente de ar da janela da sala finalmente despertou-o para os arredores vazios e frios da residencia Han.

Em seu quarto, colocou o buquê de flores na mesinha e deitou-se na cama sem se preocupar com as roupas de rua, o cheiro inebriante do perfume de Minho estava preso nelas de qualquer forma. Nem Bbama conseguia entender o comportamento inusual do dono que agora rolava de lado para outro, rindo sozinho agarrado ao casaco. Jisung estava feliz.
Por um momento ele parou e se perguntou se os últimos acontecimentos eram mesmo reais ou se tudo havia sido um sonho... Bobagem! Há anos ele não tinha um sonho bom e isso não mudaria de um dia pro outro... Não mudaria, né?
Seja por lógica ou precaução, ele beliscou o próprio braço, mas a dor seguida de um silencioso "Ai!" provocou outra risada. Mesmo que tudo em volta fosse igual ao que sempre foi, pela primeira vez algo parecia estranhamente certo e isso era tudo.

No dia seguinte, Jisung acordou antes do despertador, levantou em um pico de energia invejável e apesar de ter dormido pouco, dormiu muito bem e se sentiu particularmente inspirado. Ele tomou banho cantando suas músicas favoritas no chuveiro, buscou um vaso e arrumou as flores que ganhou, colocando-as perto da janela onde pegassem claridade, mas não muito sol, então parou um pouco para admira-las e desceu para preparar o café da manhã cantarolando e assoviando bonitas melodias.

— Resolveu acordar a vizinhança inteira com essa barulheira? Se tem tempo pra cantoria deveria usar pra estudar, não acha?

Ao contrário do filho, Han Sul-hee levantou-se decidida a acabar como bom humor da casa.

— Bom dia pra senhora também.

— Não respondeu minha pergunta.

— Já estou de saída, não se preocupe.

Com uma torrada pendurada na boca e as mãos ocupadas com um bowl cheio de sopa de broto de feijão recém feita e uma xícara de leite de banana em cada uma, ele subiu as escadas e comeu rapidamente no quarto.

... .. .

"Preciso do terceiro volume do livro de matemática que estudamos da outra vez
Kim, 09:01"

"Pode deixar!
Hanji, 09:03"

Jisung terminou de lavar a louça do café, escovou os dentes e pegou a mochila para sair, já que teria que passar na biblioteca, era melhor ir de metrô então aproveitou pra conferir se o cartão da biblioteca e o cartão de transporte estavam na carteira. Apanhou as chaves, colocou comida para Bbama e se despediu com um carinho na cabeça branca e fofa do cachorro.

No caminho, ganhou um biscoito grátis de uma funcionária do lado de fora da cafeteria e estava tão gostoso e cheiroso que resolveu entrar pra comprar mais alguns para ele e Seungmin. Na estação, o cartão de transporte deu erro de leitura repetidas vezes na catraca, mas um segurança bondoso vendo a mochila nas costas e o quão novo o garoto parecia liberou sua passagem sem dizer nada e Jisung, que estava prestes a voltar para comprar um bilhete descartável, piscou confuso olhando para o segurança que acenou com a cabeça como quem dizia "Não esquenta com isso", Jisung agradeceu exageradamente, o que tirou boa risada do segurança.

No balcão da biblioteca, enquanto esperava a bibliotecária voltar para marcar o livro de matemática, sentiu um leve puxão na lateral da sua calça.

—Com licença! - uma voz baixa o chamou, então viu uma garotinha de olhos grandes e nariz vermelho o encarando - Você pode me dar o apontador que está aí em cima?

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⏰ Last updated: Sep 17, 2023 ⏰

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Tell me that you're still mine (minsung)Where stories live. Discover now