Capítulo 89

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Eric

Hoje só tive treino no período da manhã e a tarde vou em projeto social que todos os times do campeonato participa e cada mês selecionam um jogador para ir um dia e dar chuteiras para as crianças do projeto em Paraisópolis participar de projetos fazer jogos ou participar desse jogos é a grande dádiva de ser jogador.
O tempo de São Paulo esta esquisito nessa semana um dia chove e outro dia faz sol hoje está nublado e aqui na favela da para ver o resultado das chuvas da semana alguns lugares tinha deslizamento com bastante terra São Paulo é tipo Gotham muito bom para os ricos é como se fosse outra realidade e eu já vive essas duas realidades em Brasilândia e no bairro que nasci alagava... Hoje tenho o luxo o bom e o melhor posso ir onde quiser comprar e posso desfrutar mais o que eu não posso é deixar tudo isso subir minha cabeça e se Deus me livre um dia isso me acontecer tenho minha mãe e irmã para me dar um puxão de orelha do bom. Paraisópolis a maior favela do país aqui é como se fosse outra cidade com outras leis a outra vez que vim o cara que comanda o tráfico aqui apareceu na quadra onde estava fazendo as entregas das chuteiras e assinando camisa ele pediu  para assinar uma camiseta de time dele assinei sem problema algum. Estacionei meu carro e Renan saiu a quadra estava toda enfeitada tinha uma grande movimentação na quadra e fora também de moradores desci do carro acenando um homem me parou tirei uma selfie com ele e comprimentei  o segurança veio intervir para eu entrar logo na quadra me guiando conversei um pouco com as crianças respondi algumas perguntas e sentei para dar os autógrafos na camiseta de alguns e nas chuteiras meu maior sonho da minha vida é ser pai quero ser o melhor pai do mundo para meus filhos o pai que eu não tive... Ficar perto de crianças e dar atenção a elas me faz bem demais vi uma movimentação umas motos entrando na quadra

-Qual é o seu nome?
Perguntei.

-Fabrício mais pode escrever Fafa?
Perguntou.

-Posso sim.
Falei.

-Eu sou muito muito fã.
Falou meio gaguejando com os olhos lagrimejados sorri pra ele essas paradas mexem demais comigo escrevi uma mensagem legal pra ele na camiseta e assinei meu nome na chuteira levantei e dei um abraço nele fazendo ele se acabar de chorar me fazendo até ficar um pouco emocionado.

-Sabia que ia voltar jogar no meu time campeão.
O mesmo cara que  apareceu outra vez desfiz o abraço com o garoto que limpou as lágrimas do rosto
sorri simpático para o mandante daqui que apareceu cortando fila das outras crianças.

-Valeu.
Falei.

-Tô com a expectativa lá em cima com o próximo jogo da Libertadores hein dessenrola essa vitória aí pra nois.
Falou colocando a mão no meu ombro.
-Se você ganhar o jogo vou fazer um bailão aqui pra você! E vou ficar chateado se não aparecer.
Falou batendo no meu peito sorri sem mostrar os dentes vou bem fraturar o meu quinto metatarso de brincadeira sorri com o meu pensamento.
-Assina nova aqui pra mim essa camisa ficou louca em campeão!
Falou sorridente pra camiseta.
-Dahora seu carro hein Ferrari.
Falou fazendo cara de impressionado engoli seco o que me falta é querer dar uma volta.

-Tio fala pra ele assinar a minha também.
Um moleque falou deve ter no máximo uns 10 anos.

-Assina ai pro Caio também vou fazer meu corre deixar a molecadinha.
Falou pegando a camiseta dele e entregando a camiseta do menino fiz um joia pra ele e ele fez um joia virando de costas e indo embora.

Terminei de assinar as camisas despedi das crianças tiramos mais algumas fotos e eu e o Renan fomos para o carro e vi de novo o tal cara do outro lado da rua o olhar dele cruzou com o meu balançou a cabeça e eu sorri sem mostrar os dentes e entrei no meu carro.

Você Não Ama Ninguém - Volume IIOnde histórias criam vida. Descubra agora