12 - Na Cama

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- Aqui. - ela  me deu o controle da tv assim que decidiu que eu estava deitada e confortável o suficiente.

- Acho que vou preferir ler.

- Aquela coisa horrível com estupradores e assassinos? Não. - eu sei que eu devia ter defendido a minha vontade, mas ela estava tirando a roupa e eu heistei.

- O que… O que você está…

- Não vou dormir de calça jeans. - Eu pude vê-la usando quase nada a não ser sua boxer preta por uma fração de segundo antes dela se enfiar debaixo do edredom ao meu lado - E não faça essa cara. Nós já vimos uma a outra em situações bem piores. - me apertou em um abraço rápido enquanto me beijava na bochecha e depois em um breve selinho. Eu ri. Era verdade…

- Você tem certeza que não quer que eu fique em outro quarto? Se você passou a noite em claro, devia dormir e eu não quero incomodar. - por nada no mundo eu iria querer sair dali e, sinceramente, não fazia a menor ideia de onde estava vindo tanta educação de minha parte. Mas Lauren tinha colocado o seu travesseiro no meu colo e se deitou de bruços com os braços ao redor do meu quadril e eu percebi que ela também não queria que eu saísse.

- Quando a gente te deixa sem supervisão você sai correndo por aí com esse pé machucado. Acho que vou ficar aqui para ter certeza que você vai ficar quieta.

Coloquei as mãos em seus cabelos e comecei um cafuné lento e carinhoso. Ela gemeu baixinho e em poucos minutos senti sua respiração ficar mais pesada e tive certeza que ela tinha dormido. Agora, eu podia admirar cada linha, cada centímetro de pele e cada fio de cabelo pelo tempo que eu quisesse e sem qualquer constrangimento.

Ficava indo e vindo no cafuné, alternado com
carinhos em seus braços e suas costas. Vezbou outra eu sentia seu abraço no meu
quadril apertar inconluntariamente e fique encantada por alguns minutos vendo ela dormir e me aproveitando da liberdade absoluta de toques.

Nunca me considerei uma pessoa muito romântica e, apesar de nos últimos dias eu
ter começado a perceber que poderia conseguir ser romântica por Lauren, ainda assim eu precisava confessar: assitir uma pessoa dormir é chato.

Não tem nada de muito maravilhoso ou encantador. Eu preferia Lauren acordada e
me beijando enlouquecidamente. E depois que eu já tinha apertado cada pedacinho
de músculo que tive vontade, comecei a ficar entendiada e acabei ligando a televisão.

Apertei o botão do mudo e escolhi um documentário legendado sobre o Vale do
Loire. Mantive minha mãos em Lauren em uma composição incessante de cafunés e carinhos enquanto alternava minha atenção da região francesa de castelos para sua respiração densa.

Max apareceu na porta do quarto e ficou lá parado por alguns segundos enquanto me observava. Imaginei que se ele falasse diria “vocês já se entenderam ou vão continuar gritando? Porque se foram gritar eu vou dormir lá embaixo.” Dei alguns tapinhas na cama e ele abanou o rabo e aceitou o convite. Mas assim que ele colocou as duas patas dianteiras na lateral da cama eu me arrependi, empurrei suas patas com cuidado e indiquei que ele ficasse no chão.

Ele não era treinado o suficiente para entender de primeira. Mas entendeu ainda assim.

Recostei nos travesseiros e voltei a me concentrar no documentário. A legenda falava sobre arquitetura, arte e fatos históricos enquanto as imagens mostravam
castelos, florestas, tapeçarias e pinturas. Em algum lugar entre Chambord e Chenonceau, acho que eu dormi.

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                          Lauren Jauregui

Era um pouco depois de meio dia quando eu acordei. A impressão que tinha era que caí contra o colo de Camila e apaguei em poucos segundos. A tv estava ligada no mudo e Camz estava quieta embaixo de mim.

A Chantagem (Adaptação)                    [Em Correção Ortográfica]Kde žijí příběhy. Začni objevovat