14 - Duas Visitas

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                            Lauren Jauregui

Desenhei sua boca com meu indicador e ela me mordeu.

- Ai.

- Foi só uma mordida de leve.

- Doeu.

- Frouxa. - ela tinha uma risadinha safada e sedutora.

- A gente vai começar isso de novo?

- Se você quiser. - ela estava passando os dedos pelo meu estômago e eu quis querer. Mas eu estava fraca, cansada e sonolenta.

Camz beijou meu queixo e meu pescoço. Eu apertei o abraço ao seu redor e a espremi contra os travesseiros.

Você quer ser forte, resistente e potente. Mas tem hora que a natureza diz “não, agora não dá”. E aí você faz o quê?

- E então? O que você aprontou, hoje? - eu precisava mudar de assunto. Faze-la pensar em algo que não fosse sexo e dar ao soldado pelo menos alguns minutos para se recuperar e ver se ele conseguiria enfrentar mais uma batalha.

- Arrumei mais da sua zona. Estou bem perto de acabar, ouviu? Vou querer meu vídeo de volta.

Já tinha notada que ela fazia isso. Falava do vídeo quando queria falar de sexo. Isso ia ser difícil.

- Vai ter. A casa está incrível, Camz. Eu juro que tenho aquelas fotografias emolduradas da França há anos e nunca tinha pendurado elas nas paredes.

- Você não sabe usar um martelo? - riu.

- Eu acho que nem tenho um martelo.

- E não tem mesmo. Tive que pegar um emprestado com o Rick. Que tipo de pessoa não tem ferramentas?

- Ah! E quem está proferindo preconceitos, agora? - belisquei seu nariz e ela se contorceu entre meu braço e os travesseiros tentando fugir de mim.

Ela era linda daquele jeito. Sem qualquer maquiagem. O cabelo despenteado. Vestindo uma de minhas camisas.

Obviamente, ela também era linda quando se produzia. Mas era gostoso vê-la assim: sem escudo ou armadura. Vulnerável.

- E parece que você fez amizade com os vizinhos.

- É. Mas ainda não comprei os presentes de agradecimento que você pediu.

- Já tinha me esquecido disso.

Camila revirou os olhos para mim.

- E se eu fizesse uma festa? Uma pequena reunião com os vizinhos, sabe? O que acha?

- Sei lá. - dei de ombros - A casa é sua.

- É, mas é você quem já conheceu a comunidade inteira. - apertei meus dedos
em sua cintura e a reação foi um pouco mais exagerada do que eu antecipei - Você sente cosquinhas! - ah, eu estava maravilhada com a ideia de torturá-la.

- Não, não sinto. - ela tinha a mandíbula travada e segurava minhas mãos com uma força animalesca, mas eu mexi os dedos de novo e ela saltou nos braços.

- Pare, Michelle! Pare! - ela reclama e tentava se mexer enquanto eu mantinha esmagada embaixo de mim.

- Peça pinico! - expliquei - Peça e eu paro.

- Nunca! Pare ou eu jogo o cachorro em cima de você!

Parei, rindo.

- É, você já mostrou que é profissional em fazer isso.

A Chantagem (Adaptação)                    [Em Correção Ortográfica]Where stories live. Discover now