25 - Epílogo

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                         Lauren Jauregui

Dois anos depois Morávamos na mesma cidade. Na mesma rua. Trabalhávamos no mesmo escritório e passávamos a maior parte do tempo juntas, ou na minha casa ou na dela.

Mas Camila não queria morar junto oficialmente. Demorou quase um ano para que eu, finalmente, a convencesse de que estava na hora de evoluir no relacionamento.

Vivia levando Max para sua casa e mesmo depois que eu apelei para uma guarda compartilhada, eu via meu cachorro cada vez menos.

Dei para Camila um White Highland Terrier de presente de Natal, para ver se ela me devolvia o meu labrador. Mas aí, em vez de morar com um cachorro, ela passou a morar com dois.

Eu podia olhar para trás e saber que filmar a minha vizinha gostosa se masturbando tinha sido a melhor decisão da minha vida.

A vizinha gostosa tinha se tornado minha melhor amiga, minha companheira inseparável, minha confidente. Tinha se tornado o amor da minha vida.

E não haveria outra como ela. Nunca.

Fizemos uma lista de prós e contras para decidir em qual cidade íamos morar. Acabamos nos decidindo pela minha cidade de origem. A vizinhança amigável e algo chamado de Clube dos Biscoitos ficou do lado dos prós, bem como a proximidade com a minha mãe, a quem Camila faz questão de visitar a cada quinze dias.

No começo ela me forçava a ir junto, mas depois de um tempo passei a ir por livre e espontânea vontade.

Trouxemos ela pra casa para passar o natal conosco e ela acabou ficando o mês inteiro. Agora, as pessoas sabem onde ela está e o que aconteceu, e suas velhas amigas a visitam com frequência.

No lado dos contras, o único elemento era a proximidade com Eleaonor e Camila decidiu que esse contra valia por três.

Eu não discordei.

Estamos juntas há dois anos.

Dois maravilhosos anos.

Enquanto procuro a caixa na garagem, tento me lembrar de como era minha vida antes dela e simplesmente não consigo. Ela tinha se tornado indispensável de um jeito absoluto.

Encontrei a caixa marcada como “Lembranças de T.J.” e a abri.
Camila já tinha me obrigado a olhar o que tinha ali algumas vezes. Mas a verdade é que eu ainda não sabia o que fazer com os pertences da minha irmã.

Jogar fora me parecia errado, e colocar os objetos pela casa não me parecia certo. Então, a caixa ficou ali. Respeitosamente guardada na garagem.

Encontrei a caixa de música embaixo de alguns porta-retratos. De dentro dela, tirei a pequena caixa preta sem marcação. O anel de diamantes da família Jauregui. Tinha sido da minha bisavó.

Quando meu bisavô Jauregui fez o seu primeiro milhão, sua esposa perguntou o que ele iria fazer com aquilo. Ele foi até o mais respeitado joalheiro da época e encomendou um anel de noivado de mais de meio milhão.

Quando eles se casaram ele era um homem pobre que sequer tinha condições de lhe comprar um anel. Ao ser surpreendida com a joia milionária ela lhe disse: “Nathan, eu não preciso disso e você sabe. Então, por que gastar todo esse dinheiro com um presente para mim?”

E ele respondeu:
“Eu sempre posso conseguir outros milhões, Ann. Mas só tenho uma de você.”

Eleonor achava essa história ridícula.
Eu discordava. Ele jogou todo aquele dinheiro fora em uma coisa inútil e simbólica. Foi o jeito dele de dizer “Está vendo todas essas coisas? Elas não valem nada sem você”.

Era exatamente assim que eu me sentia por Camila.

Peguei o anel na mão, observei seus belos diamantes e sorri antes de enfiá-lo no bolso.


                               Fim






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Demorou, mas terminei.

Sobre a segunda temporada. Não sei se vou adaptá-la tbm.

Até a próxima adaptação.

A Chantagem (Adaptação)                    [Em Correção Ortográfica]Where stories live. Discover now