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No dia seguinte, eu retorno a minha caminhada no parque, dessa vez sem meu pastor alemão, mamãe queria passar a tarde com ele, e eu permiti.
Novamente no semáforo encontro a garota.
─ Se não é meu anjinho da guarda?! - Diz a garota.
─ Não acredito que seu irmão ainda te deixa atravessar Bia!! - Digo indignada.
─ Depois que você me ensinou ficou mais fácil! Eu não esqueço mais. - Diz com ar responsável.
─ Mas eu te ajudei!! Não é pra ficar atravessando sozinha, continua sendo perigoso!! Eu preciso que me leve ao seu irmão, tá bem?
─ Claro, como quiser. - Ela diz.
Atravessamos, Bia segura minha mão e me leva até um canto que garotos estavam jogando altinha.
─ Maninhooooo!! - Diz ela correndo até o irmão.
─ Tá de sacanagem... - Falo comigo mesma.
─ Oi Bibiii! - Ele a segura e a abraça.
Ele não. Justo ele?! Porquê ele?!
O garoto da bolada de ontem, mas que droga, como uma garotinha adorável pode ser irmã de um babaca desse?!
Bia diz ao irmão que eu queria conversar com ele, ele olha pra trás e eu congelo, será que ele lembra de mim?
Ele diz algo aos garotos que continuam controlando sem ele, Bia corre em direção de algumas crianças.
Ele está vindo em minha direção, sinto vontade de correr, não quero dialogar com esse cara de novo.
─ É um prazer conhecê-la S/n, sou Victor Bellingham. - Ele diz sorrindo. - Então foi você que disse que o vestido da Bia é magnífico?! E que também a ensinou a atravessar a rua?
Ele fala como se a sua irmã não tivesse dito.
─ Seu idiota, eu não ensinei coisa nenhuma a ela, eu a ajudei, e você não tem medo de acontecer algo com ela?! Um acidente?! Essa rua é movimentada toda hora e minuto!! - Digo.
─ Você conheceu a Bia, não a Bibi. - Diz cruzando os braços. - A Bibi que eu conheço é mais esperta que eu e você juntos. Ela gosta de fazer as pessoas acharem que ela não sabe de nada, quando na verdade, ela sabe tudo.
─ Então quer dizer que a espertinha sabia desde o início? - Pergunto.
─ Com certeza. - Ele afirma.
─ Parece que ela tem a quem puxar ter o gênio forte. - Digo o olhando.
─ Isso era pra ser um elogio? - Ele pergunta.
Dou de ombros.
─ Se você acha... - Digo.
─ Vindo de você, fico lisonjeado. - Ele sorri. - Eu achava que você era mais insuportável, mas você até que é suportável.
─ E eu achava que você é um garoto chato, idiota e covarde. Mas eu tô vendo que é bem pior. - Dou um sorriso pra afirmar que foi uma brincadeira.
─ Ei!! - Ele me dá um leve empurrão no ombro. - Sabe, a Bibi gostou realmente de você. Ela gosta quando as pessoas a ajudam, meio que ela gosta de sentir a gentileza das pessoas também.
─ Acho que essa brincadeira dela se chama pega idiotas gentis. - Digo.
─ Quem sabe?! Mas de verdade, é muito raro ela se apegar a uma pessoa que acabou de conhecer. - Ele diz.
─ Ok. Estou me sentindo muitíssimo especial. - Digo.
─ Eu entendo, no seu lugar eu me sentiria assim também. - Ele dá uma longa pausa antes de dizer. - Eu tenho uma bola sobrando, quer jogar?
─ Eu vou passar uma vergonha imensa. - Digo.
─ Que nada, eu te ensino. - Ele vai caminhando. - Vem!!
Começamos a controlar, tudo estava indo bem, quando eu jogo a bola muito forte, e bate na cara de Victor.
─ Aí meu Deus!!! Me desculpa! - Corro pra ajudá-lo.
─ É bom ter dinheiro pra uma cirurgia no meu nariz!! - Diz ele. - Ai!!!
─ Deixa de ser dramático!! - Digo.
Ele continua com a mão no rosto.
─ Olha me dá a mão pra você ver que o osso não tá no lugar certo!! - Ele estende uma mão, enquanto a outra continua no rosto.
Eu dou a mão, então rapidamente ele me pega, gira, segura minha cintura e me diz.
─ Um beijinho na boca sararia. - Ele sorri.
Não seguro o sorriso.
Dou um beijinho na bochecha rápido e digo.
─ Vamos devagar, quem sabe as coisas não evoluam.
Dou um sorriso e o deixo lá aos risos, dou um tchauzinho a Bibi, e elogio o cabelo dela, e diz que foi Jude que arrumou.
Pelo visto, ele também é uma caixinha de surpresas.
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01: mas essa essienie tá muito bandidona em pessoal?
