Epílogo

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Já estava escrito
Eu, você, a nossa história e fim
Me sinto infinito
Enquanto com você, feliz

Maktub – Kell Smith


Fabi saiu de seu quarto e caminhou até a sala, onde estavam Érico e Lúcia sentados no sofá. Ela iria almoçar com Levi para conhecer sua sogra e havia escolhido o look cuidadosamente.

- O que acham? – Ela entrou na sala vestindo calças pretas, tênis branco com vermelho e blusa de manga comprida também branca com detalhes em preto e vermelho.

- Uau. – Exclamou Érico observando-a.

- Uau dois. – Lúcia sorriu. – Você está linda, amiga.

- Apropriado pra um primeiro encontro com a sogra?

- Mais do que apropriado. Levi diria que está perfeito, que fique registrado. Estou representando ele aqui.

- Eu sabia que algum dia vocês virariam um time. – Fabi riu. – Quando tu começou com os trocadilhos, foi um sinal.

- Estou aprendendo com o mestre. Mas o Levi é meu brother já.

- Me sinto um pouco excluída dessa convivência. – Comentou Lúcia com um meio sorriso no rosto.

- Você é parte vital do bloquinho Deus me Free e sabe disso. Próximo Carnaval vai ser épico. – Fabi abraçou a amiga.

O celular dela tocou no bolso e o nome na tela a fez sorrir ainda mais.

- Oi, baby. – Ela atendeu.

- Estou aqui embaixo, meu amor. – A voz de Levi era um bálsamo para seus ouvidos.

Não era raro que ela voltasse para os áudios que ele já havia mandado e ouvisse todos de novo quando o trabalho ficava corrido e eles não conseguiam se falar muito. Claro que eles evitavam falar na empresa sobre qualquer coisa fora do âmbito profissional para que as coisas não se misturassem e isso não causasse problemas lá dentro.

- Quer subir e dar um oi para o Érico e a Lúcia?

- Estamos um pouco atrasados, baby. Diz pra eles que eu os vejo no nosso jantar hoje, tá bem?

- Tá bem. Estou descendo. – Ela desligou. – A gente se vê no jantar.

- Divirta-se. E se comporte. – Lúcia riu.

- Não faça nada que eu não faria. – Érico comentou a sua frase de sempre.

- Beijo! – Fabi gritou já saindo pela porta.

* * * * *

O carro se movia rápido sob a direção de Levi a caminho da casa da mãe dele. Apesar de ter estado um pouco nervosa antes, agora seu coração batia tranquilo enquanto sua mão repousava na coxa do namorado. Ela sorriu, repetindo o termo mentalmente para si mesma, afinal Levi era seu namorado e ela considerava isso um privilégio absoluto.

- Espero que o pensamento que te fez sorrir tenha relação comigo. – Levi riu.

- Sempre é você, baby. – Fabi dirigiu seu sorriso para ele.

- Você está linda, meu amor. Já falei isso hoje? – Ele desviou os olhos da estrada rapidamente para olhá-la.

- Umas três vezes só.

- Minha meta é bater o recorde que atualmente é dez.

Eles trocaram olhares amorosos. Os últimos três meses haviam sido perfeitos em cada sentido da palavra. A cumplicidade dos dois, o amor e a sintonia de seus pensamentos arrancavam suspiros das pessoas por onde quer que fossem. Eram o casal mais fofo de toda a capital, segundo Érico.

- Você preveniu sua mãe sobre mim, não é?

- Como assim? – Levi franziu o cenho.

- Bem, minha idade.

- A Srta. Idade É Só Um Número está preocupada com isso? – Ele riu fingindo estar chocado com a descoberta.

- Eu sei, eu sei. – Fabi suspirou. – Só estou sendo um pouco insegura. Vou me controlar, preciso ser madura.

- Você não precisa nada. – Levi pegou a mão dela e apertou-a. – Você precisa ser você, a mulher que eu...

Ele parou de falar enquanto parava o carro em frente a uma casa branca de dois pisos com janelas marrons e um belo jardim na frente. Levi olhou-a profundamente e pegou seu celular no bolso.

- Nós ainda não dissemos essas palavras um para o outro. Nós combinamos que iríamos fazer tudo com calma, não é? Creio que três meses são o suficiente. Mas eu queria dizer de uma forma especial, então...

Ele estendeu o celular para ela que viu uma rota de ciclismo que ele havia feito no dia anterior. Seus olhos seguiram pelas ruas que ele havia percorrido e seu coração se aqueceu ao ver as palavras que o percurso formava: "te amo".

- Eu te amo, Levi. – Fabi inclinou-se para beijá-lo ternamente enquanto seu coração transbordava.

- E eu amo você, baby. – Levi acariciou o seu rosto. – E esta aqui é a casa onde eu cresci.

- É linda.

- Está pronta?

- Estou sempre pronta se você está do meu lado.

- O Érico com certeza teria um AVC com a gente nesse momento. – Ele riu.

- Nosso amor é muita areia pro caminhãozinho capricorniano do Érico.

Os dois saíram do carro e entraram na casa de mãos dadas, andando imponentes, sabendo que enquanto um estivesse segurando a mão do outro, nada de ruim poderia atingi-los. Eram invencíveis no amor.

Inevitável AmorWhere stories live. Discover now