❝ Para Son Heung-min apaixonar-se não era uma opção, não com tantas coisas em jogo.
Porém, o destino às vezes lhe prega peças e, às vezes, elas podem ser boas. ❞
son heung...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
𝐘𝐎𝐎 𝐍𝐀-𝐁𝐈
Permaneço sentada em uma cadeira da delegacia, enquanto espero que o policial nos libere. Chegamos à um acordo simples: como meu erro foi não ter dado a seta e o homem não ter prestado atenção no trânsito combinamos de que cada um assuma os custos dos ajustes dos próprios carros. Quase chorei de felicidade.
Por algum motivo, o dono do carro é uma pessoa extremamente simpática e aceitou meu pedido de desculpas com a maior sinceridade que eu já havia visto na vida. O outro moço que estava com ele era um pouco mais sério, ficando o tempo todo no canto da sala da polícia, enquanto esperava pacientemente que o — provavelmente — amigo terminasse aqui.
── Preciso que assine aqui. ── o policial sentado do outro lado da mesa me indica onde preciso assinar ── E aqui.
Faço o que ele manda.
Seo-jun se mexe um pouco em meus braços enquanto dorme, ele solta o boneco que ainda segurava no chão.
O homem se agacha para pegar o boneco. Ele se detém por um instante, analisando a miniatura. Ele abre um sorriso que desaparece tão rápido quanto surgiu e me entrega.
── É uma boa miniatura. ── ele diz, olhando para mim diretamente o que me parece ser a primeira vez. ── Ele gosta de futebol?
Olhando para ele assim percebo que seu rosto parece-me ser conhecido, mas com certeza me lembraria se o conhecesse.
── Um pouco. ── o respondi ── Principalmente dos desenhos.
Ele sorri um pouco, parecendo tímido.
── É seu filho? Vocês dois se parecem.
E claro, a pergunta que todos fazem. Mas a diferença é que desta vez a pessoa me perguntou diretamente, não como as outras, que perguntam para outras pessoas que sequer me conhecem.
Olho para Seo-jun e em seguida para ele. Seo-jun é meu irmão, mas pela lei é meu filho. Então...
── Sim, é.
O homem parece querer dizer mais alguma coisa mas o policial entrega um papel a ele.
── Tudo certo, senhor Son. Vocês já estão liberados. Mas, antes. ── o policial diz, de repente, olhando para mim.── O seu carro não está apto para as normas de trânsito, por conta do retrovisor. Terá que ser levado para a oficina em um guincho. Posso chamá-lo, se quiser. Podemos chamar um táxi.
── Tenho que esperar o guincho chegar? ── perguntei.
O policial olha para a criança em meus braços.
── Não, irei garantir que o transporte seja confiável. Apenas me passe o endereço da oficina que leva seu carro e irei passar para o motorista.