❝ Para Son Heung-min apaixonar-se não era uma opção, não com tantas coisas em jogo.
Porém, o destino às vezes lhe prega peças e, às vezes, elas podem ser boas. ❞
son heung...
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𝐘𝐎𝐎 𝐍𝐀-𝐁𝐈
Os dias se passaram com rapidez, tanto que a primeira vez que eu e o jogador "sairíamos" já estava chegando. Como prometido o agente dele fez o possível para que nossas agendas tivessem dias que batessem, para que desse certo para os dois. Pelo o que ele disse a agenda de seu cliente estava um pouco apertada por causa dos treinos e mais treinos em decorrência da também chegada da Copa do Mundo, onde ele havia sido escalado. Cho Gue-sung também.
Ji-na já havia ido para sua casa quando a campainha enfim tocou. Seo-jun estava sentado no tapete da sala brincando com vários carrinhos hot wheels. Dei uma olhada breve nele antes de ir abrir a porta.
Assim que abro eu o vejo.
Ele está usando um boné como da última vez, só que desta vez um branco. Ele tem uma bolsa de mão típica de jogadores jogada por cima do ombro. E usa roupas casuais. Pelo o que parece ele deve ter acabado de sair do treino.
Seu olhar encontra o meu.
── Olá. ── ele diz, timidamente.
── Oi. ── respondi de volta. Nós ficamos um tempo sem reação alguma, ambos em silêncio. Desvio o olhar e limpo a garganta. ── Pode entrar.
── Com licença. ── fala e entra quando lhe dou espaço para passar.
O vejo tirar os sapatos enquanto fecho a porta. De meias, ele entra em meu apartamento.
Son Heung-min para quando vê a criança sentada no chão da sala que olha para ele.
Seo-jun para de brincar quase que de imediato. Ele corre até mim quando me aproximo, se escondendo atrás das minhas pernas. Solto uma risada fraca.
── O que foi, querido? ── olho para ele por cima do ombro.
── Mamãe ── ele sussurra para mim, bem baixinho. ──, é o Sonny.
Uma risada soa pela a casa chamando a minha atenção. Quando levanto o olhar para ele o vejo sorrindo. Ele acena para Seo-jun.
── Oi, eu sou o Sonny. ── ele diz ── E você? Qual é o seu nome?
Seo-jun afasta a cabeça para o lado para olhar para Son Heung-min.
── Eu me chamo Yoo Seo-jun. ── ele fala.
── Certo. Yoo Seo-jun. ── Son Heung-min ainda continua sorrindo, ele estende sua mão. ── É um prazer te conhecer, Seo-jun.
Mesmo que um pouco receoso ele sai devagarinho de trás de mim indo até o jogador no meio da nossa sala. Seo-jun aperta a mão dele e corre de volta para mim sorrindo. Eu o pego, colocando no braço.
Volto a olhar para o senhor Son.
── Você...quer ir a algum lugar? Há algo que queira fazer? ── pergunto sem saber o que fazer. Na verdade, não sei bem como agir perto dele. Nunca cheguei a ter uma celebridade em minha casa, não sei o que ele gosta de fazer, se quer algo, se está com fome.
Ele coça o lado do pescoço com a ponta do dedo indicador.
── Na verdade, eu...── começa, mas para em seguida. Ele parece extremamente envergonhado e não sei o motivo. ── Estou um pouco...cansado. Mas claro, se você quiser ir a algum canto...
Percebo em seu olhar e em suas feições que ele realmente parece muito cansado. Há algumas manchas escuras logo abaixo dos seus olhos. Me pergunto se ele não esta conseguindo dormir. Se é que ele está tempo para dormir. Ele parece precisar de um tempo. Um tempo para dormir, para descansar.
── A semana foi bem puxada, na verdade. ── falo para ele ── Se importa se ficarmos por aqui? Se não tiver problema, é claro.
É nítido como ele parece aliviado quando me escuta.
── Não tem problema algum. ── concorda.
Digo para ele deixar sua bolsa em cima do sofá enquanto pego meu celular que deixei em cima do balcão da cozinha. A essa altura Seo-jun já escapou dos meus braços e quando volto para a sala encontro-o mostrando sua miniatura do Sonny para o próprio Sonny.
── Você já começou alguma coisa? ── pergunto parando ao lado do sofá ── O que você pode comer? ── emendei ao lembrar que como ele está treinando para a Copa do Mundo com certeza deve ter uma refeição específica e não pode comer qualquer coisa.
── Vai me julgar se eu disser para pedir uma pizza? ── ele fala, me surpreendendo.
── Quais as chances de seu técnico me matar depois? ── retruco.
Suas bochechas ficam levemente coradas quando ele sorri, como estivesse se divertindo.
── Grandes chances. ── confessou ── Mas eu posso dar uma corrida antes de ir dormir e dá tudo certo.
O encaro.
── Você já fez isso antes, não é?
Son Heung-min dá de ombros, olhando para mim.
── Não conte isso para ninguém.
Uma risada me escapa. Isso é hilário.
── Tem alguma preferência? ── pergunto ── Algo de que goste?
Ele me diz e por incrível que parece seu pedido é de una pizza vegetariana. Acho que ele se sentiu culpado por estar consumido coisas que não deve e quis "amenizar" isso. Não tenho certeza se adianta muita coisa.
Ele passa o tempo de chegada da pizza sentado no sofá assistindo — ou tentando — o filme que passa. Ele troca algumas palavras com Seo-jun, que fazem a criança rir.
A campainha soa pela a casa.
── Ah, eu pago. ── sua voz me faz parar quando já estou indo em direção a porta com o meu cartão na mão.
── O que? ── olho para ele.
── Eu pago. ── repetiu, vindo até mim.
── Tecnicamente você é meu convidado, sou eu quem devo pagar.
── Aceite isso como um pedido de desculpas por tudo o que fiz você passar nos últimos dias. ── ele passa por mim.
── Vamos dividir ao meio. ── disse ── Aceite isso como um pedido de desculpas por tudo o que fiz você passar naquele dia. ── rebati.
O senhor Son para no meio do caminho.
── Você acabou de usar minhas próprias palavras contra mim?
