O Segredo das Sombras - ALEC LIGTHWOOD ⓵

Capítulo 7

When you're out, tell your lucky one
To know that you'll leave
But don't you lock when you're fleeing
I'd like not to hear keys
Only hold till your coffee warms,
But don't hurry and speed
- Bon Iver

"Como ele pode defendê-la cegamente?" Essa é a pergunta que Eva estava se fazendo desde que saiu do Cemitério. Ela não queria olhar para o irmão que estava confiando cegamente em uma garota que acabou de conhecer ao invés de confiar nela. Não queria encarar Alec depois dele tê-la rejeitado, ela não queria ter que lidar com o fato da menina que o irmão protege é a filha do assassino do seu pai. Ela só queria entrar em seu quarto e dormir, era tudo o que precisava para esquecer essa noite terrível. Sua caminhada até o Instituto levou 1 hora e quando chegou não foi a paz que ela jurou que ia ter que a encontrou.

- Você demorou muito para chegar. - disse Alec sentando na escada do instituto.
- Eu estava admirando Nova York. - responde.
- Sobre o beijo.. - iniciou Alec fazendo a loira lembrar de algumas horas atrás quando finalmente tomou a atitude de beijar o cara que ela é apaixonada desde de criança.
- Eu sou apaixonada por você, desde de criança. Desde que eu vi você pela primeira vez treinando com Izzy, quando você cuidou de mim quando não conseguia dormir ou quando Jace era irritante comigo. Eu me apaixonei por você durante todo esse tempo, e dizer isso em voz alta, me faz sentir raiva de mim mesma porque você não sente o mesmo por mim, e eu não quero sentir raiva de você Alec, não quando foi eu que confundi.. - declara Eva olhando com dor para Alec, o que ela tinha a perder? Revelar seus sentimentos para Alec era comum para ela, mas não seus sentimentos por ele. Ele não a deixou terminar e então a beijou. Foi um beijo calmo que aos poucos foi ficando cada vez mais feroz, só se deram conta que estavam sem ar quando ela o afastou.
- Alec? - chamou Eva. - O..o que está fazendo ? - perguntou.
- Lá na Cidade dos Ossos quando você me beijou, eu a afastei não porque não sentia nada, mas porque eu não esperava que você fizesse aquilo. - revelou.
- O que está querendo dizer com isso? - perguntou com espanto.
- Que eu quero você, mas nunca pensei que você me quisesse. - disse. Eva o olhava com fascino, em como horas antes ela estava machucada por Alec tê-la rejeitado e não passava de um engano.
- Eu quero você. - declarou o beijando. - Mas acho melhor ninguém ficar sabendo, não enquanto não tivermos nosso primeiro encontro. - diz Eva se separando do beijo.
- Não acredito que levamos todo esse tempo para assumirmos um para o outro o que sentimos. - confessou Alec perplexo.
- Somos shadowhunters, complicação é o nosso dilema. - brinca Eva.

- Como os caçadores de sombras podem ser melhores que humanos?  - Eva ouvi Clary questionar para Izzy e Jace que estavam ao seu lado.
- Porque protegemos eles. - retruca Izzy. A loira percebe que a amiga está cansada e triste por ter perdido Simon. Há alguns minutos atrás Alec e ela estavam se beijando, estavam se declarando um para o outro e agora estão fingindo que nada aconteceu.
- Humanos. Vocês os protegem! Como você protegeu Simon? - dispara contra Izzy, fazendo a morena recuar. - Bom trabalho. - finalizou deixando tanto Eva quanto Alec irritados.
- O que dizem está começando a fazer sentindo para mim, a ideia sobre os seres humanos não terem o mínimo do bom senso. - lança Alec contra a ruiva.
- Alec. - pede Izzy.
- Eles só querem a nossa atenção, não vai fazer nada contra Simon. Acham que o cálice está com você. - declarou Eva.
- Por que comigo? - pergunta Clary, mas estava sendo ignorada.
- Temos que comunicar a Clave o que descobrimos sobre Valentine. - avisou Alec indo em direção a sala de operações.
- concordo. - acomodou-se Jace ao seu lado.
- Que ele é meu pai? - pergunta Clary. - Vai la, mas como isso ajuda Simon?
- Está tudo ligado, o cálice, seu pai, vampiros. - conjecturou Jace.
- Ninguém quer que Valentine crie um exército. - pronuncia Eva. - Os vampiros vão sugerir uma troca. Simon pela cálice. - finaliza.
-  Eles vão sugerir essa troca e Valentine vai trocar o cálice pela minha mãe. De qualquer forma perco alguém que amo. - confessa Clary triste.
- Você supera. - fala Eva lançando um olhar rápido para Jace e depois seu olhar de pousa da ruiva. - Precisamos de um plano. - determinou Eva.

Quando chegaram na sala de comando Clary ficou maravilhada, era um ambiente amplo com colunas e runas desenhadas por elas e pelas paredes. Mesas com livros, paredes repletas de livros e quadros.
- Aquele era o grupo de Camille. - revela Eva.
- Como você sabe ? - questiona Jace para a irmã.
- Já tive um contratempo com eles e ademais, eles são locais. - revela. - estão no Hotel DuMort. - diz sentando na mesa.
- E voltamos para cá? Temos que ir lá. - fala Clary impaciente.
- Precisamos de uma aprovação da Clave para isso, nós não podemos declarar guerra contra um bando de vampiros sozinhos, somos poucos. - explica Alec.
- E também não podemos agir sem considerar nossas opções.
- Simon pode está sofrendo ok? Temos que fazer algo. - fala Clary.
- Ela está certa. - afirma Jace fazendo Eva bufar e Alec revirar os olhos. - Eles atacaram primeiro, vamos cuidar disso sozinhos.
- É uma ideia ruim. - declara Alec.
- Tem uma ideia melhor? - retruca Jace o encarando.- Eles quebraram os acordos Alec, a clave vai pirar, mas vão apoiar.
- Él tiene un punto Alec. - murmura Eva fazendo Alec olhá-la.
- Mesmo assim, como vamos explicar para onde estamos indo? E sem armas? - indaga o moreno.
- Sei onde conseguir. - revela Eva.

                          

- Por que estamos em um cemitério? - pergunta Clary.
- De quem é o túmulo? - pergunta Alec ignorando a pergunta de Clary.
- Mary Milligan, nascida em dez de janeiro de 1802. - responde Izzy.
- Ok. Alec, vamos . - chama Jace.
- O que estamos procurando? - pergunta novamente Clary.
- Provisões de armas guardadas com a morta Sra. Milligan. - explicou Jace.
- Por que tem armar de shadowhunters em um cemitério? - questiona a ruiva.
- Porque todas as regiões e culturas reconheciam a existências dos demônios. - explica Izzy.
- Hoje não acreditam mais porque nós os protegemos da ameaça. - diz Alec. - Típico de humanos.
- Você não consegue esquecer não é? - fala Izzy iniciando uma discussão com Alec, até que Jace os interrompe.
- Alec, por que você não vai para o leste procurar o túmulo? - sugere se virando para o moreno.
- Eu vou com ele. - fala Eva.
- Ele está em casa, vou indo. - fala se despedindo.
- Espera não vai com a gente ? - pergunta Clary.
- Não perdería um invasão por nada, mas tenho uma coisa para resolver. - afirma Izzy indo embora. Izzy sabia que Eva conhecia bem o DuMort, mas ela também sabia o que significava para Eva se soubessem que ela tinha um caso com Raphael, então está usando seu relacionamento com Meliorn para ajudar a amiga.
Antes que Eva pudesse seguir alec, ele já estava procurando o túmulo enquanto Jace fala com Clary, ela saiu do seu devaneio quando Alec chamou Jace.
- Estamos cruzando um limite aqui. - pontuou o moreno.
- Sabemos. - respondeu Jace com um sorriso. - Vai ser divertido cara, sorria. - declarou Jace o animando.
- Mais que droga! - explodiu. - você não está pensando.  Você nem se importa com o mundano, você só está assim por causa de Clary, está tão desesperando para tê-la que vai arriscar nossas vidas? - indagou Alec em súbito.
- Alec, você falou tanta besteira em poucos minutos que vou fingir que nem ouvi. - disse se virando.
- Está é a questão, você não tá ouvindo. - expressou Alec o segurando. - Você não nem me escutou ou escutou o que Eva disse hoje, você a machucou. - disse.
- Então isso tudo é pela minha irmã? - perguntou sarcástico. - O que está acontecendo entre vocês dois? - eu vi como você a tratou hoje. E quando vocês chegaram no instituto, o que esta acontecendo? - indaga Jace.
- Sou seu Parabatai, sei quando está tentando me enrolar, você nem conhece essa garota, por que confia cegamente nela? - pergunta.
- Isso é por que ela é filha do Valentine ? - questiona.
- Jace! Alec! Encontrei. - grita Eva chamando atenção. Antes de Alec responder a pergunta de Jace, o loiro sai correndo em direção a irmã.