02. O primeiro encontro

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#BruxinhoFofinho

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Se Jeongguk fosse levar um bolo, ele não saberia. Marcaram aquele encontro do jeito mais decidido e estabanado, pois não trocaram números de telefone. Já faziam dez minutos que estava ali encostado nas costas de um banco e a sua mochila era quem estava sentada apropriadamente, ocupando um lugar que ninguém estava disposto a tomar.

Pegou dois ingressos gratuitos e comeu uma barra de cereais para passar o tempo, mas não duvidou que Jimin apareceria, afinal era ele quem mais precisava estar ali se fosse analisar a situação racionalmente. Jeongguk tinha o nó do qual ele queria e podia muito bem continuar a vida tomando os supressores. Mas se fosse conceder a palavra ao seu lobo, saberia que ele estava tão necessitado quanto o ômega, vide o surto de ciúmes de mais cedo. Era como se o lobo já tivesse o denominado como seu.

No entanto, quando o viu surgir no seu campo de visão, começou a duvidar se era só o seu lobo que pensava daquele jeito. A boca secou e o coração disparou. Puxou os óculos para cima e os seus olhos atentos o encararam como um pedaço da terra mágica que habitavam. Os fios negros eram maiores na frente e eles voavam como se o vento quisesse o levar consigo. Os olhos azuis de Jimin estavam sempre escuros com a mínima presença de Jeongguk e ainda bem que esse era um detalhe pouco perceptível, morreria se soubesse que o seu corpo já mostrava sinais de que tinha dono.

A saia estava levemente puxada para cima e a medida que os seus passos faziam o quadril se mover, o tecido voltava a descer e parou somente na parte mais larga da cintura, com o piercing no umbigo novamente exposto e a pele alva vista através dos grandes furos da meia arrastão. Jeongguk suspirou com a imagem, ignorando a coisa estranha que Jimin carregava nas costas.

Jimin parou na frente de Jeongguk, deixou que ele pegasse em seus pulsos e o trouxesse para mais perto enquanto dizia: — Oi de novo, bruxinho. — E logo as mãos grandes estavam novamente em sua cintura e os lábios nos dois cantos da sua boca. Jeongguk era um beijoqueiro e Jimin nem pensava em reclamar. — O que é isso nas suas costas?

— Ah, oi, é a minha guitarra. — E retirou a alça da capa atravessada no seu corpo, colocando instrumento cuidadosamente ao lado de Jeongguk.

— Há quanto tempo você toca?

— A minha vida inteira. — Sorriu e deu de ombros. — Não consigo lembrar de algum momento em que eu não estivesse aprendendo e tocando.

— E você traz ela pra cá todo os dias? — Jeongguk perguntou, realmente confuso com a ideia de andar por aí com algo tão pesado nas costas.

— Bem, é o que eu estudo. — Jimin franziu o cenho e o peito se apertou um pouco com a ideia de Jeongguk não ter gostado daquele fato. Talvez, estivesse na defensiva demais e a sua mente engenhosa não perdia tempo procurando possíveis pistas de que aquela relação daria errado. Estava disposto a ceder sobre algumas coisas que se esperava de um alfa, mas ele não gostar da sua guitarra e de como a música afetou todo o resto em sua vida, simplesmente não dava. Isso ele jamais aceitaria. — Eu estudo música aqui. Por que? Algum problema?

— Não! — Arregalou os olhos com a pergunta na defensiva. — Desculpa, é que o meu mundo é um pouco careta, juro que não fiz por mal, mas esse foi o último curso que se passou pela minha cabeça.

— Você é careta, é? — Jimin cruzou os braços e empinou o nariz. — Por acaso você mentiu nas respostas das perguntas que Taehyung te fez?

— Claro que não, eu nunca minto. — Jeongguk fez biquinho e as sobrancelhas se curvaram zangadas. — É só que tudo ao meu redor é meio sem graça, daí chega você com essas roupas e piercings legais, eu só não consigo acompanhar. Nunca imaginei conhecer alguém que estuda música, é diferente, não acha?

Nem tão cético assim × jikookजहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें