10. A apresentação

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#BruxinhoFofinho

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Jeongguk escondia o rosto atrás do braço e Jimin observava-o dormir com um biquinho nos lábios. Queria ver o rostinho dele, mas tudo o que conseguia fazer era acariciar a orelha e os fios mais curtos da nuca espetando os seus dedos.

Quando o alfa acordou, permaneceu na mesma posição, fingindo estar dormindo. Tudo o que acontecera no dia anterior parecia distante agora, mas se parasse para pensar, recapitulando todos os olhares e falas, o coração batia no mesmo ritmo magoado e daquilo ele não conseguia se esquecer.

Jimin sabia que alguma coisa havia acontecido, mas Jeongguk se fechou no mundinho do seu abraço e não saiu mais dali.

O alfa decidiu mostrar que estava acordado, tirando o braço da frente do rosto para afundá-lo no pescoço de Jimin, logo ganhando beijinhos na testa e um cafuné que fazia doer o seu coração. Como morrer sozinho poderia ser melhor do que tê-lo ao seu lado? Jeongguk até queria não se importar com as coisas que ouviu da mãe, mas infelizmente, são as coisas que elas dizem que mais grudam na mente.

Não sabia do passado das mães de Jimin e começou a admirá-las ainda mais depois de saber que o seu ômega era fruto de um amor que precisou passar por boas batalhas antes de terem o seu canto, um lugar para chamarem de seu e não responderem mais às expectativas alheias. Queria não sentir tanta admiração e orgulho, uma vontade de fazer parecido em relação as sogras, pois queria guardar um pouco daquilo para os próprios pais, mas parecia que tal ato estava cada vez mais longe.

— O que aconteceu com o meu amor? — Jimin perguntou, tentando se afastar só para olhá-lo nos olhos, mas Jeongguk não tinha condições de fazer aquilo no momento. Caso contrário, se debulharia em lágrimas e não queria assustá-lo.

— Meus pais descobriram o imprinting pela foto e não gostaram muito disso, nada demais... — Suspirou, esperando que a meia verdade funcionasse.

Jimin respirou profundamente e deteve-se dentro dos pensamentos. Se Jeongguk já não queria contar porque a relação entre eles não era muito boa, imagine agora que descobriram a partir de uma foto cercada de fofocas.

— Eu sinto muito que as coisas aconteceram desse jeito.

— Eu também... — Fechou com força os olhos e se afastou para olhar o teto, Jimin ficou observando o semblante do alfa, perguntando-se no que ele tanto pensava.

Jeongguk queria respostas. Por que mesmo fazendo tudo o que os pais queriam, ele ainda era visto como um erro ambulante? Nada podia fazer diferente, pois o problema todo naquele história era Jimin pertencer a uma família não abastada e eram os pais que precisavam parar de se importar com isso, pois Jimin estaria em sua vida de um jeito ou de outro e isso ele não iria querer mudar.

— Tá com fome? — Jimin perguntou, levantando-se para abrir uma fresta da cortina, deixando que um pouco de luz entrasse no quarto. — Trouxe café da manhã.

— Essa é a segunda vez que você me traz café na cama. — Jeongguk sentou-se, sorrindo com a animação do outro em mimá-lo.

— Essa é a minha especialidade. — Deu de ombros, voltando a deitar-se ao lado do alfa, observando-o desbravar a bandeja com frutas, torradas, ovos mexidos e café gelado com creme.

Comeu tudo, mergulhado no cheiro gostoso de ameixas negras. Jimin tagarelava sobre como Jin estava estranho ontem, Jeongguk não havia reparado, mas gostava de ouvir a voz dele.

Nem tão cético assim × jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora