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A felicidade é uma borboleta
Tento capturá-la todas as noites
Ela escapa das minhas mãos na luz da lua
Lana Del Rey - Happiness is a butterfly ”

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Após deixar a prisão, Martinne dirigiu-se à escola com um misto de sentimentos pesados e determinação resiliente. Enquanto atravessava os portões familiares da escola, ela sentiu o peso de suas responsabilidades e as repercussões de sua vida pessoal exposta. Ela pode sentir os olhares curiosos e julgadores dos colegas, mas sua determinação em construir um futuro melhor para si mesma e seus irmãos a impeliu a enfrentar os desafios com coragem e esperança renovada.

Assim que ela entrou na escola, sentiu um misto de constrangimento vindo de alguns colegas que sabiam de sua situação. Ela evitou olhares curiosos e correu direto para o banheiro, mas a angústia persistente em relação ao pai a atormentava.

Na porta de uma das cabines do banheiro, a morena avistou uma das amigas de Stacey. A visão da menina proporcionou uma breve nota mental de ter cuidado, pois as amigas eram tão pior quanto a ruiva.

Ela tentou manter-se reservada, mas a garota das sardas bateu na porta com insistência, fazendo com que Bennett saísse da cabine junto de seu sorriso. Era evidente que a presença da menina era aguardada.

Com um vislumbre de desconfiança nos olhos da amiga de Stacey, Martinne sentiu uma onda de tensão se formar entre elas. A garota das sardas mal conseguia disfarçar seu desdém, e suas palavras curtas e frias deixavam claro que a raiva estava maior pela morena.  Martinne tentou disfarçar a sensação desconfortável, mas não pôde deixar de notar a hostilidade palpável que pairava entre elas, deixando-a se perguntando o que poderia ter causado tamanha antipatia.

Stacey virou o corpo de Austin direto para o espelho, a ruiva enrolou os cabelos escuros da morena em seus dedos e tombou para trás, fazendo Martinne tremer de ódio.

Com um sorriso zombeteiro, Bennett provocou

― Parece que o seu velho finalmente conseguiu o que merecia, não é? Deve estar se divertindo bastante atrás das grades! ― as palavras carregadas de sarcasmo ecoaram pelo banheiro quase vazio se não fosse pela menina das sardas que via aquilo como enternenimento.

― Da um tempo Stacey, achei que tinha aprendido algo ontem... ― a morena disse no mesmo tom zombeiro.

Com um sorriso malicioso nos lábios, Stacey parece não dar bola pro que Austin diz e acaba lançando sua próxima provocação.

― Você é igualzinha a ele, não é? Uma ladrãzinha da mesma laia! ― as palavras cruéis e cheias de desprezo cortaram o ar, atingindo Martinne em cheio. A sensação de humilhação queimava dentro dela, enquanto a amargura das acusações a deixava atordoada e sem palavras.

No instante em que a situação atingiu seu ápice, Janet, com seus cabelos azuis exuberantes, entrou no banheiro com uma expressão firme, Janet pareceu surpresa em ver as três meninas naquela discussão. Porém nenhuma delas parece ter percebido a presença de Janet.

Com uma voz firme e imponente, ela confrontou Stacey.

― Solte-a imediatamente, Bennett.― a autoridade em sua voz fez com que a ruiva soltasse a morena instantaneamente, enquanto a expressão de surpresa e apreensão se espalhava pelo rosto de Bennett. A presença dominante da menina dos cabelos azuis no banheiro silenciou a atmosfera tensa, deixando uma sensação de alívio no ar para Austin.

― Bem, parece que já terminamos aqui com nossa 'amiga'. Vamos, Laila, antes que esse banheiro comece a feder. ― a ruiva passou e tombou contra o ombro de Janet de propósito e a garota das sardas acenou com a cabeça e as duas saíram, exalando um ar de superioridade.

Vermelho: a cor do sangueWhere stories live. Discover now