Vermelho: a cor do sangue

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“ E no momento em que estou prestes a me afogar, ela me ressuscita
Eminem - Love The Way You Lie. ”

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Martinne saiu do carro preto ao lado de sua amiga, com a mente perdida em Antonnie. Scarlet, estava tensa, algo a incomodava profundamente e ela não conseguia esconder.

― O que está acontecendo? ― ela sussurrou no ouvido da loira.

Austin logo percebeu a razão por trás do comportamento estranho da menina. Seu irmão mais velho, Edgar, se aproximou delas com um sorriso aberto. A expressão da loira empalideceu, e Martinne segurou levemente o braço da amiga.

― Deixe-me ajudar vocês. ― ele rapidamente pegou o braço da morena, que tentou se esquivar sem sucesso.

Scarlet observou atentamente enquanto ele envolvia o braço da morena em torno de seus ombros, segurando-a pela cintura.

Martinne sentiu seu corpo se enrijecer, completamente desconfortável.

Eles avançaram em direção à entrada, com a Collins seguindo logo atrás, observando cada movimento e cada passo que ele dava. Scarlet sabia que estaria pronta para confrontar o irmão caso ele tentasse se aproximar demais.

Robin estava apoiada na escada, atenta para quando os irmãos entrassem. Ela já esperava a chegada de Martinne, então não ficou surpresa.

Edgar pediu licença à irmã e levou a morena para o quarto de hóspedes, que ficava longe do de Scarlet, onde era no sótão.

― Você cresceu, pequena Austin. ― sle bagunçou os cabelos dela e soltou uma risada. A garota logo fechou a cara, demonstrando não gostar da situação.

― Se você nos der licença, saia. ― Scarlet chamou a atenção do homem, que se virou lentamente.

Um silêncio desconfortável tomou conta do ambiente enquanto os dois pareciam travar uma batalha mental.

― Por favor, saia, Edgar. ― a morena interveio, percebendo que sua amiga estava lutando contra as lágrimas.

Ele piscou lentamente e se dirigiu para a porta. Scarlet se afastou para deixá-lo passar, fechando a porta atrás dele e apoiando as costas na madeira.

― Eu não queria que ele ficasse aqui, achei que iria se alojar em uma das pousadas do papai. ― a loira se aproximou mais da cama.

― Não se preocupe, vamos ignorar a presença desse idiota... ― Austin começou, buscando confortar sua amiga.

Martinne aproximou-se com cuidado e envolveu a amiga em um abraço reconfortante. Scarlet estava despedaçada, e superar o quer que seja que aconteceu entre eles, parecia uma tarefa monumental.

Como poderia existir, alguém que encontrasse felicidade em ver o sofrimento alheio e agisse como se fosse algo comum, ainda mais sendo familiar? Como ninguém percebia o problema em Edgar.

O silêncio do quarto foi interrompido pelo toque do celular da loira. Ela se soltou do abraço da morena e pegou o aparelho que estava no bolso de sua calça jeans, lendo a mensagem com expressão preocupada.