13

11 4 0
                                    

Inferno se erguendo, cabelo arrepiando
Estou pronta para o pior
Tão assustador, rosto empalidecendo
Medo que você não pode reverter
Au/Ra - Panic Room

――――――――――――――

Martinne naquela manhã riu tanto com a melhor amiga que acabava esquecendo de tudo, mas seu tempo estava cada vez menor e ela ainda não sabia o que fazer. Elas prepararam um almoço delicioso para Erick e Jacob, que já estavam livres da suspensão, mas fariam detenção todos os dias até segunda ordem.

Enquanto Scarlet lavava a louça, a garota teve uma ideia consideravelmente doida.

― Posso te pedir uma coisa? ― Austin chamou a atenção de Collins para o que estava fazendo. ― Me cubra aqui em casa, tenho umas coisas para fazer.

Ela se afastou da cozinha, indo até seu quarto.

― Onde vai, Martinne? Não se meta em confusão. ― gritou da cozinha.

A menina decidiu ir sozinha, sem contar a ninguém sobre sua viagem. Ela queria enfrentar os fantasmas do passado por conta própria, sem envolver mais ninguém. Ela preparou uma mochila com itens essenciais, incluindo água, alimentos, e uma lanterna. Antes de sair, escreveu um bilhete rápido para Jacob e Erick explicando que precisava resolver algumas questões pessoais e que voltaria em breve. Com o coração apertado, ela partiu rumo ao lugar misterioso, determinada a descobrir a verdade por trás da conexão entre o restaurante e o sítio de seu passado.

― Me empresta dinheiro. ― Collins ergue os olhos para a amiga com curiosidade.

― Devo ter algo na minha bolsa. ― Austin corre até o quarto, pegando a bolsa rosa em cima da sua cama. Enquanto revira a bolsa em busca de dinheiro, um envelope amassado chama sua atenção. Ela o pega e uma expressão de surpresa e preocupação se espalha pelo seu rosto. Collins nota a mudança repentina na expressão da melhor amiga e se aproxima, inquirindo com voz ansiosa.

― O que foi? Aconteceu alguma coisa?

A menina abre o envelope e, ao vasculhar seu conteúdo, uma mistura de espanto e incredulidade se espalha por seu rosto. Ela olha para loira com os olhos arregalados e balbucia.

― Scarlet, o que você fez para conseguir tanto dinheiro? Isso é... isso é realmente uma quantia significativa. Como você conseguiu isso?

Collins hesita por um momento, mordendo o lábio nervosamente, antes de finalmente soltar um suspiro e revelar em voz baixa

― Foi... foi o meu pai.

Martinne observa a menina com uma expressão de dúvida persistente, mas decide não pressionar mais sobre o assunto. Ela sabe que a menina está passando por um momento delicado e que forçar mais respostas pode aumentar a tensão entre elas.

― Tenho que ir. ― disse ela, apressando-se ao pegar sua mochila. ― Meus irmãos estão com a Maige, logo ela os traz de volta. Não sei que horas volto, então não os deixe dormir tarde, e muito menos sem banho. ― Scarlet pareceu tentar processar tudo o que sua amiga disse antes de sair batendo a porta.

Ela saiu correndo, passou pela ponte e avistou o carro logo ali.

Ela ajustou a alça da mochila nos ombros e com um suspiro nervoso, entrou e sorriu gentilmente para o motorista.

Ela se acomodou no banco traseiro do Uber, observando as luzes da cidade desaparecerem lentamente enquanto o carro se afastava. A sensação de ser observada, no entanto, não a abandonava. Ela olhou pela janela, mas a claridade das uma hora da tarde escondeu qualquer indício de perigo iminente.

Vermelho: a cor do sangueTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon