capítulo 24... extra 4.0

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Sirius sentiu um enorme vazio no colchão no lugar onde Remus devia estar.

Ele resmungou frustado e se esquivou de lado, tateando na tentativa de achar Lupin em algum lugar. Era obvio que ele já tinha se levantado.

Então, sem querer mais ficar na cama senão com Remus, ele se levantou preguiçosamente. Ao se erguer para fora da barraca pode ver seu irmão junto a Lilly e as amigas dela, ele não tinha levantado tão cedo afinal.

- Cadê o Moony? - Pergunta sem rodeios.

- Bom dia também querido irmãozinho, eu estou bem, e você? - Ironizou Regulus.

- Fico feliz que esteja bem, onde ele tá? - Revirou os olhos andando para um pouco mais perto, vendo as meninas conversarem sobre aleatoriedades.

- Calma cachorrão, ele está pegando lenha. Mas antes, como foi a noite? - Seu irmão perguntou com um sorriso no rosto.

- Maravilhosa, como estava previsto de ser. - Responde sapeca.

Ele se esquivou antes que pudesse responder por mais inúmeras perguntas, indo até onde sabia que iria encontrar o amado.

Sirius andou por um tempo, sentindo as folhas secas se quebrarem com seus passos e a luz solar queimar em suas costas, aquecendo seu corpo naquela manhã fresca. Ele cantarolava uma música baixinho dos Beatles enquanto seguia pela pequena trilha, até ouvir um exclamar, parecia um ofego de dor.

Então, ele apressou o passo vendo logo a frente Remus abanando a mão de forma rápida, com uma carranca em seu rosto.

- Tá tudo bem Moony? - Questiona, o vendo se virar até si soltando um suspiro.

- Cortei minha mão com um espinho, não quer sair. - O respondeu, mostrando a pele cortada, onde escorria uma gota de sangue até o chão, o vermelho escarlate entrou em contraste com sua pele bronzeada, logo o menor o puxou até o tronco de uma madeira para que pudesse se sentar.

- Me deixa olhar. - Lupin deixou com que fizesse o que bem entendesse com sua mão, estendendo-a à sua frente. - Ficou preso. - Diz se referindo ao espinho. - Vou tirar, fique parado por favor. - Ele assentiu e observou enquanto Sirius deixava com que sua magia agisse, em pro a retirar aquilo que o incomodava.

- Não percebi que você conseguia fazer magia sem varinha. - Comentou Remus em tom baixo.

- Para se tornar animago é preciso ter controle sobre a própria magia, e enquanto estudava para isso acabei conseguindo fazer alguns feitiços sem varinha... Nada muito extravagante, obvio, mas o básico eu sei. - Sorriu feliz, vendo que o espinho tinha saído. - Está melhor? - Questiona tendo os olhos cor de mel totalmente focados em si.

- Completamente. - Ele moveu os lábios. - Quero pergunta-lhe algo. -

- Pode perguntar. -

- Você gosta de mim? Total e completamente? - A pergunta o pegou desprevenido, sem esconder sua surpresa, Sirius deixou suas sombrancelhas se erguerem e sua boca se abrir levemente, sem saber o que falar a princípio. - Não quero que o que temos acabe, mas também não quero que tudo seja apenas um jogo ou uma "pegação" entre amigos. Eu quero algo real, Sirius. -

O Black ficou calado por um tempo, ele sabia o que sentia, sabia disso a um tempo. E no momento que pediu para que Remus o beijasse sentiu aquela pequena explosão em seu ventre demonstrando a si mesmo que sim, sim ele podia sentir aquilo, que ele não era um louco e que não estava ficando louco por o querer.

Uma guerra interna foi se formando em seu peito dês do início do ano, no momento em que Lupin flertou consigo naquele trem, no momento em que ele o chamou de perfeito, no momento em que o teve em seus braços, bem na horinha em que o segurou e o amparou.

my darknessWhere stories live. Discover now