Pista 1: Invasão

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Que bom que decidiu permanecer na máfia Caccini, mas ela exige um pagamento. Deixe votos e comentários para que os lobinhos possam uivar nessa história, inclusive você!

⚠️ Cuidado: Esse capítulo contém cena implícita de violência, assassinato e uso de drogas!

Boa leitura!

🐺

Morto. Definitivamente ele estava morto.

O som do corpo desconhecido caindo abruptamente arrepiou a espinha do senhor Provenzano, enquanto o sangue alheio percorria boa parte de seus dedos trêmulos, formando gotas quentes de vermelho. Jimin pode não saber nada sobre quem acabou de matar, mas sabia que, se o seu lobo não tivesse tomado controle para matá-lo, seria morto, e na pior das hipóteses perderia sua irmã mais nova.

A casa voltou a se tornar silenciosa. O vidro restante da janela quebrada balançava temeroso pelo vento frio, e o tic tac do relógio avisava que às quatro da manhã se aproximava. Seus olhos estavam atentos, vidrados na figura estática abaixo de si, e não conseguia desviar disso.

Flashs do acontecimento de minutos atrás vinham em sua cabeça de modo aleatório, e passeando o olhar em volta da sala de estar bagunçada o suficiente para entender de que foi um cenário de briga, algumas coisas podiam ser entendidas pelo ômega assassino.

Pisando cuidadosamente sob os estilhaços e objetos revirados, Jimin se aproximou do homem, e ao se abaixar, retirou-lhe o capuz preto ridiculamente amador, franzindo o cenho para a revelação. Ele realmente não sabia quem era o homem que havia acabado de tentar assassiná-lo naquela madrugada, e a situação apesar de rotineira, ainda era meramente esquisita.

Quem em sã consciência invadiria a casa de um dos membros da máfia Caccini?

E pior, quem poderia subestimar Jimin Provenzano? Ele é conhecido por ser o ômega mais sangue frio de toda a máfia, tanto que há boatos de que o casado deixa seu lobo tomar forma para destroçar em pedacinhos os corpos daqueles que não cumprem os dez mandamentos da máfia. Mas, o buraco era mais embaixo, e óbvio que eles não sabiam metade do que o moreno era capaz.

Ainda sim, havia uma parcela de mafiosos e estrangeiros de Chicago que não o levava a sério. Um ômega trans, casado com o Consigliere da máfia, mas que portava somente o cargo de soldado na máfia Caccini. Medo não parecia ser o que ele provocava, e sim a sensação de privilégio exagerado. "Nunca que aos trinta anos, uma mulher disfarçada poderia se tornar um soldado", era o que eles diziam.

Mas, para uma pessoa que aos dezessete anos matou o próprio pai com uma overdose capaz de matar vinte pessoas, e ainda alterou a cena do crime para culpar o próprio homem, privilégio não estava no seu vocabulário quando foi mandado para um orfanato junto de sua irmã, já que a mãe viciada surtou sem suas drogas e com um homem morto em cima da mesa de jantar quando chegou em casa bêbada.

Ela foi presa, o homem enterrado, e Jimin nunca mais foi visto.

Não era de todo mal uma adolescência repleta de pequenos delitos que nunca foram descobertos, porque na mesma medida em que Jimin é impulsivo, ele também é um ótimo estrategista para planos de fuga que consertem suas cagadas, mesmo que temporariamente. E não foi o clichê de seu passado cheio de reviravoltas que o fez entrar para a máfia. Diferente do que as histórias contam, Jimin driblou a regra que dizia que para qualquer pergunta, a resposta tem de ser a verdade.

Afinal, Seokjin Caccini não lhe era importante na época em que se conheceram num beco de bar. "Por que contar a verdade para um desconhecido? Diga-me você quem é, e eu te direi quem posso ser", frase que quase lhe fez perder a cabeça, mas, que o respeitável chefe sorriu ao ouvir.

SENTENÇA DE MORTE • jikook 🐺 ABOWhere stories live. Discover now