𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐅𝐈𝐕𝐄

308 26 14
                                    

1978

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

1978

•────────────────•

Elizabeth ria com a conversa que estava tendo com o tio, o mesmo contava a história sobre o dia que conheceu Jane.

- Por favor tio, diga de novo - Lizzie diz entre risos

- Bom, ela na época ainda estava aprendendo a dirigir, estava no carro da mãe dela e com um amigo, na época eu tinha vinte e dois anos e era assistente do professor de educação física, o professor me mandou colocar um saco cheio de bolas de tênis no carro dele, então, quando fui atravessar a rua, senti que minha vida estava chegando ao fim, e quando olhei para o lado estava uma maluca dirigindo um carro rosa e com um garoto do lado dela apavorado – Max riu – na hora eu me joguei no chão e o carro nem encostou em mim, com isso as bolas caíram todas no chão e sua mãe escorregou em uma delas quando saiu do carro pra me ajudar – Max ri mais ainda

Lizzie podia imaginar a cena, já tinha escutado a história mil vezes e amava, no final, Max gritava de dor sem nem saber que dor sentia, enquanto Jane estava quieta em seu canto com seu tornozelo ferido.

- Seu pai foi me buscar e me viu ajudando-a a entrar no carro, ela não tentou dirigir nunca mais depois daquilo.

- Ela era popular?

- E muito, todos os garotos da escola queiram chamar ela pro baile de formatura, mas na época ela já estava com seu pai e ela preferiu passar a noite assistindo filmes com ele do que em uma festa de formatura chata, ela gostava muito dos filmes de Charlie Chaplin na época e seu pai assistiu todos com ela.

Lizzie sorri e por um momento realmente pareceu que tinha amor da parte de seu pai ali, só por um momento.

Ela faria outra pergunta para ele, mas a porta do quarto de Albert é aberta e Beth e Max se calam, voltando a tomar seu café.

Albert olha para o relógio da cozinha e para Lizzie

- Não deveria estar indo para a escola? – ele diz

- Ainda são 7h20, só saio as 7h30

- O relógio está adiantado alguns minutos Albert, eu arrumo pra você – Max diz

- Vai sair hoje? – Albert pergunta para Max

- Vou, vou sim, vou a biblioteca fazer algumas pesquisas e a noite vou resolver uma coisa – Max diz recortando um jornal

- Voltou a investigar sobre aqueles garotos sequestrados? – Albert pergunta com preguiça

- É uma investigação séria e eu ficaria feliz se você levasse ela com a consideração que merece – Max diz

- O que o senhor já descobriu, tio?

- Beth, não quero você metida com isso, já falei. – Albert enche uma xícara de café

Hoje eu quero ficar sozinha - Telefone PretoWhere stories live. Discover now