Com os anos você aguenta tanto a dor calada que acaba se acostumando com ela, chega um momento em que ela vira parte da família, ao menos para Lizzie.
Ela já se sentia sufocada, parecia estar se afogando, sabia que seu pai era doente, mas, ela nunc...
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- Turma, dispensados! – diz o professor de matemática – quero o dever na minha mesa na segunda feira! – dizia o professor de matemática
Lizzie não entendeu, sua aula deveria ir até as 15h30, eram 13h16, o por que a mudança repentina, deveria ficar feliz por sair mais cedo, mas a mudança repentina a frustrou, se sentiu nervosa e chateada; após todos os alunos saírem, Lizzie vai até a mesa do professor.
- Senhor James, o que aconteceu? – a garota pergunta
- Como assim Shawn? – o professor olha confuso para a garota
- Por que fomos liberados de repente? – ela pergunta – não estou reclamado, apenas...foi uma mudança que não estava planejada pra mim
- Se sentiu frustrada?
- Acho que sim. – A garota diz
- Bom Sra.Shawn, a reunião de pais e professores é hoje, seu pai não vem? – ele pergunta
Não, nunca vinha, era tolice ela ter alguma esperança de que o mesmo viria.
- É hoje? Deveria ser semana que vem, eu decorei o calendário escolar!
O professor parecia interessado em cada palavra da menina, até soltar um sorriso divertido.
- Elizabeth, já pensou em pedir que seu pai a leve a um profissional?
- Como assim? – a garota começa a se perder no rumo da conversa
- Você é muito inteligente, tão inteligente que já deveria ter pulado duas séries, você nunca tirou uma nota baixa sequer.
- Por que eu estudo? – Lizzie fala como se fosse obvio arrancando uma risada sem graça do professor
- Vamos colocar sinceridade exagerada na lista também – ele ajeita os óculos – você sente uma atenção grande demais em folhas, o que para alguns é apenas lixo, pra você é algo magnifico que tem cem por cento do seu foco quando pode – o professor se levanta – já tive um aluno como você...em 1972 – o homem sorri – ele era um prodígio...assim como você – o homem acende um cigarro – ele era autista.
- Era? – a garota destaca
- Ele foi assassinado em 1976...uma tragédia – o homem diz – era um bom rapaz
- Não entendi muito bem...
- Elizabeth, poucas pessoas tem a mente aberta para isso mas, dou o meu melhor para estudar sobre o assunto, e eu acho que seu pai deveria te levar a um profissional, você tem mostrado sinais de autismo desde que lembro de te ver pela primeira vez, até pequenos movimentos demonstram isso, claro que você deve se tratar de um caso leve, quase inotável, eu ficaria feliz se seu pai a levasse a um médico, assim, teríamos um laudo e a escola poderia te proporcionar melhores condições de estudo. Meu irmão é um psicólogo muito respeitado, posso te encaminhar pra ele, te faria bem.
