𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐅𝐎𝐔𝐑

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1978

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1978

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Família nem sempre é definida por sangue, família é onde você encontra seu conforto, paz e segurança, uma família te protege e zela pelo seu bem-estar, uma família não necessariamente vai ser um conjunto de pessoas, uma família pode ser você e seus animais, até mesmo você e suas plantas, você pode ser o pai de uma criança tendo adotado ela ou gerado a criança, assim como você não vai ser o pai dela apenas por ter gerado ela, um pai...o que seria um pai? Um pai é aquele que te faz sentir segurança, um pai demonstra o amor verdadeiro por você, um pai se importa, um pai zela, educa e busca sempre te compreender.

Bom, se colocasse essas definições em comparação com a vida real, Lizzie não tinha um pai, apenas...um progenitor.

- Deveria estar em casa a quinze minutos! – Albert diz andando furioso pela casa e indo e direção a seu quarto

- Me desculpa, foi um acidente!! – Lizzie dizia desesperada enquanto lágrimas rolavam por seu rosto e suas mãos tremiam

- Você é igual a sua mãe! Até nos erros! Vai querer ir embora também?! Qual é o problema com você? Por que nunca consegue fazer as coisas certo Elizabeth?! – Albert retorna ao quarto de Lizzie com um cinto nas mãos – será que você não consegue me deixar um dia sequer sem dores de cabeça?! – ele ergue o cinto no ar e bate na garota encolhida no canto do quarto, desferindo três cintadas de uma vez fazendo a garota gritar

Ela sabia que não adiantava implorar para o pai parar, isso só o fazia bater com mais força, já tinha implorado tantas vezes e tantas vezes foram piores, não adiantava, ele parecia até gostar quando a garota implorava para que parasse de machuca-la.

Ser mulher realmente não é nada fácil, principalmente quando as mulheres chegam na fase em que o sangue desce pelo meio de suas pernas todos os meses, Lizzie detestava isso, as cólicas, as dores de cabeça, as roupas sujas e primacialmente, comprar absorventes, Lizzie cresceu sem uma figura feminina presente, quando sua primeira menstruação chegou, a garota tinha onze anos e estava na escola, ela nem sabia o que estava acontecendo com seu corpo, chorava de desespero achando que iria morrer a qualquer momento e que seu pai ficaria bravo com ela por ter sujado a roupa de sangue.

Bom, não foi um dia muito bom, ela nem sequer sabia o que era um absorvente até que sua vizinha Odette a ajudasse a passar pelos ciclos menstruais, Albert ignorava totalmente a menina trancada no quarto sentindo dores e sangrando, ele achava que se ignorasse iria sumir e ele não teria que lidar com isso, Lizzie dependeu de Odette para passar seus ciclos menstruais com a higiene correta até os seus quatorze anos, então Odette se mudou e agora ela teria que se virar.

Convencer seu pai a comprar absorventes não foi uma tarefa muito boa, até ela engolir a vergonha de si mesma e pedir ela já tinha gastado um rolo de papel higiênico, foi humilhante pra ela, com tanta insistência da menina, Albert uma vez ao menos entendeu algo e fez a proeza de realizar o pedido da menina, ele lhe dava o dinheiro e ela comprava, pedir que ele mesmo fosse a farmácia comprar os absorventes já era demais, ele jamais faria isso por ela, na verdade, Albert deixaria de fazer muitas coisas por ela, entre ela e o cachorro, Albert escolheria o cachorro, uma prova disso foi quando o cachorro fugiu de casa e Albert deixou uma garota de oito anos na frente de casa por três horas na chuva esperando o retorno do pai com a chave de casa, quando Lizzie pegou uma febre, Albert a culpou por isso.

Hoje eu quero ficar sozinha - Telefone PretoHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin