2 • | some kind of proof it's not a dream

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Na semana seguinte eu não escapo da missa para ter um encontro secreto com Zayn. Naquele domingo eu não vou a lugar algum além do banheiro, para vomitar de cinco em cinco minutos. Tem havido boatos de uma gripe poderosa que causa enjoos e minha mãe tem os cabelos brancos com o pensamento de que eu a peguei. Então ela arranca meu pai do trabalho mais cedo, para nos levar ao hospital no mesmo dia. O Dr. Grimshaw fez uma série de exames, mas só teríamos o resultado no meio da semana.

Desta forma eu continuo acamado sentindo náuseas e dores no estômago até terça-feira quando eu acordo revigorado, como se nunca tivesse ficado doente. Estou bem o suficiente para vestir o blazer azul escuro, calças sociais e gravata listrada que compõe o uniforme do colégio e vou para a aula. Os professores sabendo do meu mal estar me mimam o dia inteiro, me livrando dos exercícios e trabalhos que tinham programado para o dia. Algumas garotas do sétimo ano me levam biscoitos e Luke Hemmings, o presidente do corpo de alunos do último ano, se enfia no armário de vassouras comigo com a desculpa de "querer me fazer sentir melhor".

O que acaba funcionando brilhantemente.

Seus fios loiros se prendem com força entre meus dedos quando eu os aperto, trazendo sua cabeça de encontro ao meu membro que ele chupa tão fervorosamente, sua mão livre massageava minhas bolas e meus olhos giram para trás quando ele pressiona firmemente os lábios na glande me fazendo gozar em sua boca. Depois de engolir tudo, Luke levanta minha calça e prende o cinto, se colocando de pé a minha frente ajeita minha gravata e até se atreve a tentar dar um jeito no amontoado de cachos bagunçados na minha cabeça. Eu sorrio com seu gesto, ele forma um paralelo interessante com Zayn. Luke é zeloso, ele cuida de mim como se eu fosse a criatura mais frágil da terra e eu meio que gosto disso também.

— Como se sente? — Ele pergunta, agora tentando arrumar o próprio topete.

— Bem melhor. — Garanto com um satisfeito sorriso que expõe as covinhas em minhas bochechas. Luke toca uma delas com a ponta dos dedos e eu não consigo parar de pensar no quanto eu gostaria de poder beijá-lo.

— É melhor irmos agora.

Ele faz menção de seguir até a porta e eu agarro um de seus braços, o impedindo.

— Espere. — Meu desejo é me jogar contra o seu corpo grande e beijar sua boca até ter meus lábios dormentes, mas sei que não devo, então apenas passo o polegar no canto de sua boca, recolhendo o resto de gozo que ainda restara e o chupo do dedo com os olhos presos aos seus azuis — Podemos ir agora.

— Eu vou primeiro, depois você sai, certo? — Concordo e Luke deixa um beijo rápido em minha bochecha antes de sair. Deixo que alguns segundos se passem até que eu também saia, discretamente, pelo corredor extenso e agora empanturrado de alunos indo de um lado para o outro no intervalo das aulas e é fácil me misturar entre eles.

Quando as aulas do dia acabam, Niall, Luke, Ed e eu estamos nos apertando em uma mesa com poltronas vermelhas acolchoadas com grandes taças de milkshake a nossa frente e a velha jukebox ecoando o novo single do Chuck Berry. Um tal de Hamilton já fez a versão branca da música, que é uma grande porcaria diga-se de passagem. Eu gosto do Miller Milk, a lanchonete local onde todos os jovens passam suas tardes, porque aqui não tem essa de música de negros ou brancos se é bom toca, sem exceções.

Luke está batucando Johnny B. Goode com os talheres e vez ou outra ele os deixa cair em seu assento só pra deslizar a mão pra debaixo da mesa e me alisar por entre as pernas pra me provocar. Niall e Ed estão em mais um de seus épicos duelos de quem consegue comer mais sanduíches sem dar um gole no milkshake. Como era de se esperar o ruivo acaba cedendo e Horan é o campeão invicto.

PERFUMEOnde histórias criam vida. Descubra agora