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Anastácia Taylor

Em frente ao espelho, concluo os preparativos para a noite especial. Estou deslumbrante usando um vestido branco com detalhes em renda preta, que realça a minha figura. Meus cabelos estão perfeitamente ondulados e destaco meus lábios com um batom vermelho intenso. Observo meu reflexo no espelho e me sinto radiante. Hoje é a festa da Pfizer e serei uma das homenageadas da noite.

Aguardo ansiosamente por Steve em meu quarto, já que combinamos de irmos juntos à festa. Desde a confusão no café da manhã, tenho evitado Nathaniel e percebi que ele também tem feito o mesmo. De repente, ouço batidas na porta do meu quarto, sentindo meu coração acelerar.

Lembro-me das palavras de Nathaniel na última conversa que tivemos em meu quarto e decido mostrar a decoração que fiz para Steve. Respiro fundo antes de abrir, o sorriso em meu rosto fica ainda mais brilhante. Reúno toda a coragem que tenho e faço um gesto acolhedor, convidando-o a entrar.

Ao adentrar, Steve observa o ambiente decorado de lilás e borboletas brancas com uma expressão desinteressada.

— Parece que uma garotinha de dez anos decorou este lugar. — Diz ele, com uma voz debochada.

Sinto meu rosto corar, mas tento manter a calma e a compostura.

— Ficou lindo, né? — Questiono com um enorme sorriso.

Steve sorri de volta.

— É a sua cara. — Sua voz é sarcástica, quando ele diz.

Me irrito com o sarcasmo e decido provocar.

— Talvez no seu quarto tenha morcegos em vez de borboletas. — Brinco animada, tentando aliviar a tensão.

— Não vou te mostrar meu quarto. — Sua resposta é seca.

Percebo que toquei em um assunto delicado e decido provocá-lo um pouco mais. Ele sai do quarto e eu o sigo, sentindo uma pontada de excitação pelo desconforto que estou causando.

— Tem chicotes pendurados na parede? — solto um som de "hmmm" com a garganta, provocando-o intencionalmente. — Talvez tenha uma gaveta com diferentes tipos de algemas? — Eu o incomodo, desafiando-o com meu tom de voz.

Steve me encara com raiva, mas eu decido não parar por aí.

— Tem aqueles grampos que colocam nos peitos das mulheres? — pergunto com um sorriso zombeteiro, encarando-o diretamente. — Sempre quis ver aquilo.

Caminhamos pelo corredor, mas percebo que ele está andando depressa e me ignorando. Seu silêncio, mostrando que toquei em um ponto sensível e consegui perturbá-lo.

Quando chegamos ao carro dele, ele gentilmente abre a porta para mim, mas sua expressão mostra claramente que está aborrecido. Entro e, para evitar mais conversas constrangedoras, Steve liga a música alta.

Enquanto estamos a caminho da festa na Mansão dos Harris, eu fico impressionada com a habilidade de Steve em dirigir rápido. Parece até que estamos em um filme de ação. O vento sopra através das janelas abertas, e eu me pego sorrindo internamente com a adrenalina que flui em minhas veias. 

Finalmente chegamos, e a mansão é ainda mais deslumbrante do que eu imaginava. É uma estrutura majestosamente magnífica, como um castelo de verdade, e o salão é enorme, preenchendo vários quarteirões. A garagem é um complexo gigantesco que faz meu queixo cair.

Steve me deixa na entrada da mansão e entrega o carro para o manobrista, como um verdadeiro cavalheiro. Eu entro no salão de braços dados com Steve e fico admirada com a decoração. Pessoas bem vestidas ocupam mesas espalhadas pelo salão, bebendo e conversando. Há uma pista de dança enorme com lustres que decoram todo o lugar e um palco elegante onde uma banda toca em perfeita sintonia. Eu avisto nossos amigos em uma mesa distante e nos aproximamos para nos juntar a eles.

OS RISTRETTOSWhere stories live. Discover now