Em "Os Ristrettos", Anastácia Taylor, Jane Petter e Megan Willians são amigas inseparáveis com um sonho em comum. Se tornarem agentes da CIA. Mas suas vidas sofrem uma reviravolta surpreendente quando elas se deparam com a sinistra máfia que governa...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Jane Petter
Observo o corpo de Edward caído no chão, sangrando, e um sentimento de ressentimento me invade. Reconheço que negligenciei demais seus sentimentos, e agora essa situação enfadonha chegou a um ponto extremo. Não posso acreditar que ele teve a audácia de tentar matar Steve e me sequestrar, tudo por causa de uma paixão idiota de sua infância.
Encarando a poça de sangue ao lado do corpo sem vida, percebo que preciso dar um jeito de escapar sem ser pega pelas autoridades locais. Mas não tenho como fazer isso sozinha; carregar um corpo de quase 90 kg requereria no mínimo duas pessoas. Poderia chamar minha família, mas eles demorariam a chegar e os preocuparia. Então, uma ideia indecente vem à minha mente, e pego meu telefone, desbloqueando a tela e ligando para a única pessoa que conheço na Rússia. Chama algumas vezes até que, finalmente, ela atende.
— Jane Petter, a que devo o prazer de sua ligação? — Candice pergunta, eufórica, mas percebo um tom sutil de surpresa em sua voz.
— Candice, preciso de sua ajuda. — Falo sem rodeios, sabendo que posso confiar nela.
— Onde você está? — Pergunta seriamente.
— Estou no Hotel da Ilha Diomedes, quarto 602. — Informo rapidamente, esperançosa de que ela possa me ajudar.
— Fique onde está. Em alguns minutos, estou aí. — Exclama, e a ligação é encerrada.
Respiro aliviada por saber que não estou sozinha nessa situação desesperadora. Volto minha atenção para meus pulsos cortados, e percebo que um deles está bastante profundo. Procuro por uma caixa de primeiros socorros no banheiro e encontro uma no balcão. Cuido dos ferimentos, enrolando-os com esparadrapo para controlar o sangramento.
Enquanto aguardo a chegada de Candice, a ansiedade toma conta de mim. Pego uma garrafa de vodca no quarto, buscando um pouco de coragem para enfrentar o que está por vir. Observo o movimento nas ruas pela janela, tentando acalmar minha mente e planejar a próxima etapa. A espera é agonizante, mas sei que com a ajuda de Candice, talvez haja uma chance de escapar dessa situação aterrorizante.
Após alguns minutos, enquanto observo uma carrocinha de café, avisto uma moça ruiva usando um sobretudo preto, caminhando com cerca de cinco homens em direção ao hotel. Ela parece decidida e corajosa, uma mulher que coloca a ambição acima de tudo e que provavelmente está me ajudando com alguma intenção camuflada. Não passa muito tempo até que ouço batidas na porta. Caminho até ela rapidamente e a abro sem rodeios. Candice entra no quarto, seguida por seus homens, todos experientes, prontos para averiguar o local.
— O que houve? — Pergunta Candice com um sorriso debochado, enquanto caminha pelo quarto.
— Ele tentou me sequestrar. — Explico calmamente, sabendo que posso confiar nela. Candice vem em minha direção, pega a garrafa de vodca de minha mão e termina de secar o líquido.