Em "Os Ristrettos", Anastácia Taylor, Jane Petter e Megan Willians são amigas inseparáveis com um sonho em comum. Se tornarem agentes da CIA. Mas suas vidas sofrem uma reviravolta surpreendente quando elas se deparam com a sinistra máfia que governa...
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Steve Moretti
Já passava das três horas da manhã, e a sensação dos lábios de Jane na minha pele me tirava o sono. Decidi que era hora de encontrar Sander Moore. Reuni alguns dos meus homens para me acompanhar nesta visita noturna, garantindo que tudo seria feito conforme planejado.
Entrei no meu quarto e troquei de roupa, aguardando alguns minutos até ter certeza de que Jane estava profundamente adormecida. Era importante que ela não desconfiasse das minhas intenções naquela noite.
Após receber o arquivo de Megan, solicitei a Richard, meu investigador particular, que investigasse a fundo os quatro nomes da lista. Decidi que todos aqueles que machucaram Jane teriam o mesmo destino que James.
***
Chegamos à residência modesta do alvo. A casa tinha paredes descascadas e um jardim mal cuidado cheio de entulho. Meus homens agiram com precisão, invadindo o local, imobilizando o homem e amarrando-o em uma cadeira. Enquanto isso, encontraram os demais moradores e os detiveram.
Era a minha vez de entrar em ação.
Adentrei a casa, caminhando pelo ambiente sombrio e sujo. A atmosfera era opressora, inadequada para uma criança de apenas 5 anos crescer. Com base nos arquivos que li, essa era a idade em que Jane veio morar com essa família.
Meu olhar recaiu sobre o homem de aparência envelhecida, seus cabelos grisalhos e sua vestimenta típica de um pastor. Visualmente, ele aparentava ser uma pessoa decente. Sua esposa, também idosa e acima do peso, chorava no sofá, com uma arma apontada para a sua cabeça, por um de meus homens.
Mas o que realmente me angustiava era a visão da menininha no chão, soluçando de forma desesperada. Observei cada detalhe, percebendo que ela tinha, no máximo, uns 7 anos. Sua roupinha estava pequena e rasgada, e seu cabelo castanho evidenciava a falta de cuidado.
Me aproximei da criança, escondendo minha arma nas costas para não assustá-la.
— Olá, princesa, está tudo bem? — Tentei transmitir calma e simpatia em minhas palavras, aproximando-me lentamente e estendendo a minha mão.
Percebi sua hesitação e o tremor em seu corpo ao avaliar seu braço, revelando vários hematomas.
— Estou com medo! — Ela sussurrou, seus olhos fixos em mim, transbordando apreensão.
— Deixe-me lhe contar uma coisa... Eu vim aqui para ajudá-la. O que acha de ir para um lugar melhor? — Proferi com gentileza, mantendo minha mão estendida para ela.
— Eu adoraria! — Sua voz vacilante cessou o choro, e ela segurou minha mão, demonstrando uma mistura de alívio e esperança.
Em seguida, fiz um sinal para Richard se aproximar, enquanto começava a traçar o caminho para um futuro mais seguro para aquela menininha.