Filho do Diabo (Harry Potter)

Capítulo 24

Hadrian abriu a porta da biblioteca em silêncio e suavizou seus passos até onde o mapa indicava, ali, estava Quirrel, mais ele estava conversando, conversando com Voldemort.

Não era tão perceptivo, mais agora sem o turbante, dava para ver que tinha algo parecido com um outro rosto atrás da cabeça de Quirrel, esquisito, Hadrian torceu a boca de desgosto e tossiu falsamente para chamar atenção.

Quem se virou para ele foi Voldemort.

"Credo Tom! Você está horrível!" Hadrian disse fazendo uma expressão de nojo e pondo uma das mãos no peito, ele riu, a expressão de ódio no rosto de Voldemort era mais horrível ainda.

"Harry Potter! Finalmente nos encontramos desde aquele fatídico dia e posso saber como você conhece esse nome?" Voldemort perguntou apontando sua varinha para o mesmo e citando seu nome trouxa.

"Primeiro, meu nome é Hadrian muito obrigada, segundo, você realmente entrou no papel de professor hein? Quem diria? Ou então por que você estaria aqui? Lendo histórias sobre mim?" Hadrian disse para irritar, ele só não contava com um Cruciatus vindo em sua direção, ele sorriu antes de deslizar a mão em sua frente, em menos de um segundo a maldição acertou o escudo e se desfez.

"Bem previsível vindo de você Tom." Hadrian riu.

"O que? Como você fez isso? Magia sem varinha é muito avançada até mesmo para o adulto mais experiente."Voldemort disse realmente chocado.

"Então, eu te explicarei tudo no seu tempo, por que não sentamos e nos acalmamos um pouco? Que tal um chá?" Hadrian disse se sentando em uma das mesas da biblioteca e duas Xícaras de chá apareceram, Voldemort olhou com raiva."Okay, sem chá então."E as Xícaras sumiram.

Hadrian se levantou já que com certeza Voldemort não se sentaria, mais foi legal o irritar.

"Então, eu estou aqui para te falar que estou ao seu lado e como prova, até vou te ajudar a recupar seu corpo, só me dizer o que fazer." Hadrian disse simples e Voldemort arregalou os olhos desacreditando.

"E me diga exatamente o por que eu acreditaria isso." Voldemort perguntou.

"Você não ouviu no salão? Eu não sou um cordeirinho da luz, muito menos um soldado, eu não ligo pra guerra e também não vou ser uma merda de comensal, quando eu disse que ficarei ao seu lado, significa outra coisa, que acho que seja um assunto para quando você estiver mais bonito, preferencialmente com nariz e com sanidade." Hadrian disse rindo e Voldemort franziu as sobrancelhas, realmente, ele poderia sentir a magia negra rondando o menino que foi proclamado seu inimigo.

"Tudo bem."

E foi assim que agora Hadrian voltou para o lado de Draco, realmente, era tão simples assim? Só uma pedrinha? Era pra ser tão difícil passar por aquele cerberus? Dumbledore era tão burro.

Enfim, ele pegou a pedra e Voldemort partiu para não sei aonde para restaurar seu corpo, agora era só esperar que o mesmo o enviasse uma carta para eles se encontrarem, no começo Hadrian duvidou disso, mais é óbvio que Voldemort não deixaria a chance de ter ele ao seu lado.

Voltando ao presente, ele voltou a acariciar aqueles cabelos loiros, Draco murmurou algo em seu sono e voltou a ficar em silêncio, Hadrian riu, fofo.

Ele lembrou de quando mais cedo Luna o chamou e disse que sua alma se completaria com Tom e Draco, ele sorriu feliz, não que já não soubesse, ele sabia que não tinha como ser outra pessoa a não ser seu dragão.

Hadrian selou sua testa com um beijo antes de se mudar para uma posição mais confortável e pegar no sono também.

Hadrian pulou da cama assustado e encharcado, ele olhou para Theo e Blaise que estavam rindo e para um Draco com um balde o olhando culpado mais não conseguindo segurar a risada também.

"Você! Irá se arrepender disso!" Hadrian gritou brincalhão e se levantou, Draco saiu correndo e ele foi atrás, eles corriam enquanto Theo reclamava que estavam deixando todo o quarto ensopado também, porém ele foi brutalmente parado quando Blaise o antigiu com água, agora todos estavam correndo e invocando baldes de águas.

Depois de um feitiço de secagem, todos estavam deitados no chão tentando controlar a respiração.

"Isso não foi nada Sonserino." Blaise disse.

"É verdade" Theo concordou.

"E quem liga? Nós somos crianças, podemos fazer o que quisermos." Hadrian disse e todos se encararam, não demorou dois segundos para a bagunça começar novamente.

Depois da diversão, chegou a hora do café da manhã no salão principal, eles entraram e se sentaram na mesa da sonserina, enquanto recebiam olhares de todos os lados, eles continuavam conversando como se nada estivesse acontecendo, de repente a mesa se tornou silenciosa com a aproximação de alguém e todo o salão estava prestando atenção.