O perdia na linha das árvores de desejos mortos.
O grito rasgou o silêncio. Quase acreditei ser meu. Sentia um oco me atravessar. Fome me devorava, os restos deixados pela raiva. Um segundo tipo de fome: Fome de estar viva. E algo mais!
Uma coruja das torres ceifando os ares, afrontada pela atrapalhada corrida da menina. Eloise agitava em sua mão uma carta. E muitas lágrimas nos olhos.
— Irlina. Lady Irlina! — De rosto molhado o afundou em um abraço. Killian se deteve ouvido seu alarme, pois veio logo atrás. — Desculpa! Lamento tanto...
Eloise chorava copiosamente. Sem entender, continuava a abraça-la.
— Por favor, querida. O que tem na carta? Eloise! Aconteceu algo com a sua mãe?
Seu olhos passearam cheios de piedade pelo meu rosto.
— Desculpa — miou ela. — Não conseguimos estar lá. Por que ficamos sozinhas? — Killian e eu trocamos olhares de quase desespero. Assenti e ele tirou dela a carta. A menina continuava a me abraçar como se o navio estivesse afundando. E ela não soubesse nadar. — Não é justo! Não é justo! Nem pode dizer adeus... Está errado. A vida. É errada...!
"Se me matarem do coração, menina, juro que assombro vocês. Diabos"!
A expressão do homem enquanto lia era grave.
— Irlina? — falou ele. — O pariato na Escócia é passado para linhagem feminina? — Assenti, confusa. Foi a razão do meu sogro escolher uma escocesa, queria o titulo elevado na família. Eloise enterrava os dedinhos em minhas costas. Meu rosto implorava a ambos uma resposta. — Seu pai... Irlina...
Pisquei.
Killian completou:
— É a nova Condessa do Mar.
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Noites de Alabastro
Short StoryMaçãs são preciosos segredos Mas é preciso morder para encontrar.