Noites de Alabastro

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Havia encontrado irremediavelmente o chão; e era de um branco leitoso cinzado na rocha.

          Havia encontrado irremediavelmente o chão; e era de um branco leitoso cinzado na rocha

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"Querida Eloise,

No começo fui feliz; depois percebi que a felicidade cansava. Não consegui ser assim o tempo todo. Sem meios ou motivos para mudar como estava. Me afoguei em águas rasas.

O castelo de calcita à beira do desfiladeiro marítimo me era assim, depois de tantos anos: Rocha tão lúgubre que chorava, com as cores de uma manhã não desperta. Contrastando com o ocaso em mim. De tão familiar, doía e esmagava, ondas afastando o rigor e solidez da pedra.

Veja os pássaros: Asas para voar... e ainda assim encontram motivos para voltar.

Seus ninhos. Seu lar.

Pensando bem, não era como me lembrava.

Não achei a porta azul. E a comida não parece saciar minha fome.

O que era estranho, já que a felicidade tinha de estar neste lugar. Quando assistida pelas freiras, elas me castigavam sempre que desobedecia, sempre falhava; me deixaram alguns dias sem comida por ter questionado ao arcebispo se não seria de mais valia, o ouro da igreja e dos nobres, ser convertido em doações. Julgava na época, mais santas as mãos que ajudam, do aquelas que rezam, dando vã uso às suas bocas no processo. Deveria ter jejuado por isso, mas descobri que era fácil ter acesso a queijo e manteiga que deixavam quarando fora da dispensa.

Como todas as minhas tentativas de fazer graça, acabei ficando doente.

"Então, pensar no que deixei para trás, me fazia infeliz. Talvez não por amor ao passado, percebo agora, pela noção irredutível que não tenho mais a segurança dele.

"Meu pai dizia que, 'uma vez ao mar, nenhum barco está seguro'. Mas nenhum bom marinheiro foi feito em terra. Então se for do seu agrado, deixo o convite para a missa de meu pai na próxima quinzena. Embora solitária, garanto que esta é uma ilha mágica e preciso lhe mostrar ...

O trago de vinho seguinte soprou a leveza de um dar de ombros.

- Sempre achei que tinha o humor mais próximo do Oceano.

"Ass. Lady Irlina MacGyver, Condessa do Mar. E para sempre, sua amiga fiel".

Eloise estava ainda mais linda que na estação anterior, em Londres. Agora vestia roupas de adulta, mas seu sorriso ainda delicado como as prímulas.

- Irlina! - gritou Eloise, pulando em meu pescoço. Sua timidez havia desaparecido.

- Não a esperava antes da próxima estação, menina. Mas fico feliz que veio. Não é o tédio que está me matando, são as más companhias. A travessia é perigosa sozinha - a repreendi. Supondo, claro, que sua mãe não tenha vindo.

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