Capítulo 06

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Maria Santos

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Acordo sentindo meu peito sendo sugado, olho para baixo vendo Pedro dormindo e sugando meu peito de modo lendo, ele abraça minha barriga e suas pernas estão em cimas da minha me prendendo em baixo dele.

Em nenhum momento da minha vida pensei que estaria assim com um homem, quer dizer, eu imaginava um romance bobinho como qualquer adolescente, mas quem iria querer uma garota com as mãos cheias de calos e que não se arruma? Eu sabia que existiam alguns homem que olhavam para mim devido ao meu corpo, mas eu sabia que eles não queriam algo serio na vida deles e eu não queria me envolver com garotos como eles.

Minha vida toda trabalhei fazendo bico em sítios cuidando dos bichos ou ate em casa de vizinhos fazendo faxinas e não demorou minhas mãos ficarem grossas, mas eu fazia de tudo para ficar longe daquela casa e ficar o menor tempo possivel.

— Você esta pensativa. — a voz de Pedro sai — Amo suas mãos em mim...

— Não acha elas grossas demais? — pergunto erguendo uma das mãos

— Um pouco, mas a sensação delas no meu corpo é deliciosa. — sorri de lado.

Não falei mais nada e ele também não, somente segurou meu peito colocando o bico na boca mamando, sua outra mão abraça minha barriga e eu faço carinho em seus cabelos. Às vezes penso como vai ser quando os meninos nascerem, ele vai ter que se controlar e querendo ou não, o lite só vai ser dos meninos quando nascem.

— Você parece um bebê fofo e lindo — sorri beijando sua bochecha.

Não diz nada, mas sorri quando os meninos chutam minha barriga em baixo da mão dele, ele toca naquele local e deles chutam de novo

— Nós precisamos de nomes para eles _ diz soltando meu peito — Já pensou em algum? — balanço a cabeça — Qual?

— Lucas e André — ele me olha e sinto um pouco de receio se eles não gosta dos nomes — Quer dizer, eu sempre gostei desses nomes, então eu pensei que colocar.

— Eu gostei — disse beijando minha barriga — Oi, Lucas e André, eu sou seu papai — beija minha barriga de novo

Senti uma enorme vontade de chorar e eu não consegui segurar, Pedro me puxou para seu colo apoiando minha cabeça em seu peito. Sempre me perguntei o que iria falar quando meus filhos perguntassem sobre o pai e mesmo com eles na minha barriga nunca consegui forma uma resposta descente.

Agora ele se nomeia pai dos meus filhos e eu estou feliz, droga eu estou feliz para caralho.

— Eu sou o pai deles, somente eu e mais binguem — me abraça mais forte.

Ficamos ali alguns minutos, mas nosso momento é interrompido por varios tiros, Pedro sai da cama vestindo uma roupa e pegando algumas armas de porte grande, nunca o vi com arma eu sabia que ele usava, mas nunca o vi.

— Eu preciso ir. — segurou meu rosto com cuidado me beijando de modo bruto.

— Pedro... — sua tatuagem de cobra reluzia na sua pele negra

— Eu vou voltar, eu prometo — me beijou de novo — Por nossos filhos e por você — beijou minha barriga — Eu vou voltar — disse e saiu.

As horas passaram e os sons de tiros e bombas continuavam sem parar, duas horas depois tudo se acalmou, ouvi choros, gritos e maldições na rua, mas não me movi de cima da cama, alguns minutos depois alguém bateu na porta e eu corri para atender após vestir uma roupa.

— Cobra mandou te entregar isso — era um colar que ele carregava sempre, nunca vi o pingente e agora vejo ser um coração

— Ele este morto? — minha voz sai cortada.

— Morreu não, relaxa — como podia relaxar? — O cara precisou ir. — e se virou para ir embora

Como assim ele precisou ir? Ele disse que nunca iria embora... Pedro, onde você esta?

Os dias passaram bem lentos e ele não voltou, pensei que iriam me tirar da casa, mas não fizeram isso, ate colocaram uma moça para me ajudar aqui em casa, mas não gosto dela. Ela fala coisas horríveis e sente prazer nisso.

— Ate agora não sei o que o Cobra viu em você — me olha com nojo, estou vestindo uma camisa dele e uma cueca.

— E eu não sei o que você esta fazendo aqui — olhei seria, estou cansada dessa palhaçada — Estou gravida de gêmeos, sofri pra caralho e ando enjoada, vomitando e estou inchada — me aproximei dela — Não vou ficar ouvindo merda de uma garotinha estupida que não sabe nada da vida e só sai merda — levanta a mão para me bater, mas seguro apertando forte seu pulso — Você vai embora daqui por mal ou por mal, se não vou pegar aquela vassoura e te da uma surra que nunca ganhou na vida e olha que eu tenho a mão bem pesada.

— Me solta! — se esquiva — Quem você pensa que é? Pensa que é alguma coisa aqui? Desde que você chegou o Cobra só tem olhos pra você — não me abalo — Eu era a favorita dele, mas depois ele se tornou possessivo depois que você chegou e não queria olhar para ninguém a não ser vice — ela ri — Mas não durou muito né? Eu sabia que ele iria embora e te abandonaria, um homem como ele não aguentaria ficar muito tempo ao seu lado.

Não consegui segura e lhe dei um tapa fazendo ela cair, peguei a vassoura ali perto e comecei a bater nela, nas pernas. Na barriga. Nos braços, ate a vassoura quebrar

Quando parei percebi que estava ofegante e ela chorava no chão. De repente a porta se abriu e dois homens armados com um fuzil entraram pegando a garota pelos braços e arrastando para fora da casa. Quando eles se foram peguei uma garrafinha de água e sentei no sofá cansada, após beber toda aguá dormi no sofá, tentando ficar calma e acalmar meus filhos.

Sentia falta dele, dormi pensando porque ele foi embora e ate considerei as palavras daquela mulher, sera que ele se cansou de mim? Espero que não, ele é importante, precisou ir.

Eu iria esperar por ele enquanto a saudade queima dentro de mim

~*~

Maria Where stories live. Discover now