Capítulo 09

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Maria Santos

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Maria Santos

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Acordo sentindo leves dores no pé da minha barriga, sento na cama suspirando e acariciando minha barriga, visto meu roupão e desço as escadas devagar. Pedro esta sentando já na mesa parecendo discutir com a empregada que ele transou, vejo ela de cabeça baixa e ele bravo.

— Exijo respeito a Maria, ela é minha esposa e tao dona desse lugar quanto eu, e a trate como tal — leva a xícara ate a boca — É meu primeiro e ultimo aviso, da próxima vez não vou ser tao benevolente como minha esposa e a mando para a rua sem nada. — ele nota minha presença e sorri — Que bom que acordou meu amor.

— Bom dia, preto — ele faz um gesto com as mãos e a moça sai da sala de jantar — Senti sua falta na cama — me puxa para sentar em seu colo.

— Precisava resolver algumas coisas _ abre meu robe acariciando minha barriga — Como eles estão hoje?

— Acordei sentindo uma leve dor no pé da barriga — me olha preocupado.

— Melhor irmos à cidade — me levanto do seu colo — Eles podem nascer agora.

— Ou não. — ri e sentei na cadeira — Às vezes é alarme falso e somente uma dor leve, se aumentar você chama o médico.

— Tem certeza que quer ter o parto em casa? — senta ao meu lado, balanço a cabeça — Certo, ainda bem que fiz aquele curso de parto. — não consigo segurar a risada e nem ele.

O café se passou de modo calmo, não consegui comer muito e Pedro sempre ficava próximo de mim com medo de acontecer algo comigo e com nossos filhos. Uma vez disse que queris ter meu parto em casa e ele resolveu fazer um curso simples, eu nem sabia existir esse categoria de curso, na mente dele é para se precaver caso o médico não chegue a tempo.

— Vou trabalhar, preciso colocar algumas coisas em dia — me abraça por trás — Vocês vão ficar bem?

— Você nunca me falou com o que trabalha.

— Além de ser parte do tráfico eu tenho um garimpo legal e uma empresa de joias. — beija meu rosto — Preciso ir. — beija meus lábios e se abaixa ate minha barriga — Cuidem da mamãe.

Ele vai embora e eu volto a observar o mar, não chego a entrar porque hoje ele esta bem agitado e com ondas bem grandes por isso fico longe o suficiente, consigo sentir os olhares dos seguranças em mim, tenho certeza que eles receberam ordens de ficarem de olho em mim. Resolvo ir para casa, mas não entro e vou em direção aos jardins.

Às vezes eu fico imaginando como seria se minha mãe tivesse acreditado em mim e expulsado aquele homem de casa. Eu teria conhecido o Pedro? Estaria feliz? Teria amigos? Uma faculdade? Eu nunca vou saber, mas eu sei que estou feliz demais por esta aqui, com meu marido e meus filhos, mesmo que as circunstância não tenha sido nada boa.

Maria Where stories live. Discover now