Capítulo 4

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Cinco dias depois, Florence dirigia para fora do hospital, onde S/n estava nos últimos dias com soro na veia e tendo vitaminas injetadas em seu corpo para tentar se recuperar.

- Flor. - S/n chamou do banco do passageiro. - Me deixa no meu escritório?

- Por que? - Olhou com uma rapida careta para a outra. - Você não vai trabalhar hoje não.

- Mas eu tô com saudade de ajudar as crianças. - Resmungou e cruzou os braços. - E eu preciso terminar de fazer a planilha para ajudar a sua sobrinha.

- Sei. - Florence murmurou, virando na rua do escritório. - Mas se você exagerar eu vou te forçar a parar de trabalhar e vou ligar para a Hailee.

- Mas ela foi embora para a França hoje de manhã. - Franziu a testa. - A gente não pode ficar incomodando ela tanto.

- Quantas vezes ela e eu já te falamos que você não é incômodo nenhum? Eu vou ter que desenhar para você entender que a gente gosta de te ajudar? E que nós queremos? - Falou frustada, mas a preocupação ainda estava em seu tom. - Eu sei tudo que já aconteceu, mas você tem que entender que eu não sou como eles e que eu não vou te abandonar nem que me forcem.

S/n olhou fungando para Florence e esperou a loira estacionar o carro para soltar seu cinto e se sentar no colo da loira, a abraçando com muita força.

- Obrigado. - Murmurou em meio o abraço, sentindo Florence a abraçar de volta com mais força ainda. - Muito obrigado.

- Não tem problema nenhum, amor, eu que agradeço por você existir. - Sorriu, os olhos também enchendo de lágrimas.


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S/n tocou a campanhia da casa de Scarlett, carregando uma mochila e mudando o peso de um pé para o outro nervosamente. Poucos segundos depois a porta foi aberta pela referida ruiva.

- S/n. - Sorriu e deu um passo para o lado para a morena passar. - Boa tarde.

- Boa tarde. - Sorriu de volta e entrou na casa, olhando em volta impressionada. - Onde eu posso dar a aula para Rose?

- No meu escritório, ela já está lá. - Falou enquanto fechava a porta, sorrindo ao ver a feição impressionada da outra. - Eu te levo.

Scarlett foi liderando o caminho até o escritório, que era no andar de cima. Ela abriu a porta e lá estava Rose desenhando com giz de cera, sentada na cadeira com três almofadas embaixo para ela pode alcançar e ver a mesa.

S/n se sentou na cadeira na frente da criança e tirou os materiais de sua mochila, pegou uma folha com seis quadradinhos com cores diferentes e colocou na frente de Rose.

Scarlett se sentou em uma poltrona do canto, observando.

- Oi Rose. - S/n falou sorrindo suavemente, e a criança levantou a cabeça e sorriu de volta para ela. - Vamos começar? - Rose assentiu e se inclinou para frente, prestando atenção em S/n. - Qual dessas cores são mais parecidas?

Rose franziu a testa e olhou para a folha, analisando minuciosamente antes de abrir um enorme sorriso.

- É da cor do meu calelo! - Falou animada apontando para o quadrado vermelho.

- Você acha? - S/n falou, sorrindo e colocou uma mecha ruiva comprida do cabelo de Rose do lado do quadrado vermelho. - É da mesma cor mesmo!

- Mamãe. - Rose chamou animada e estendeu a folha para mostrar para Scarlett. - É da cor do meu e do seu calelo! - Scarlett sorriu carinhosamente e assentiu.


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Depois da aula acabar, Scarlett guiava S/n para fora da casa em um silêncio confortável.

- Eu recomendo que você leve Rose para um oftalmologista. - S/n falou suavemente, capturando a atenção da outra. - Eu acho que ela tem um probleminha de visão.

- Sério? - Scarlett franziu a testa e a morena assentiu. - Eu levei ela três meses atrás e o médico falou que a vista dela era perfeita.

- Você levou ela em um médico especializado em crianças? - Perguntou curiosa e Scarlett desviou o olhar, negando. - Olha, levar uma criança para um médico homem já não é uma boa ideia, porque ele não tem o instinto maternal e não vai prestar atenção em detalhes que as mulheres prestam, mas se você levar para um homem que é especializado em adultos, ele nunca vai conseguir dizer se tem algo errado e sempre vai falar que a criança tem uma vista perfeita.

Scarlett assentiu corando envergonhada, afinal, era só a terceira vez que elas se viam e a outra já tinha descoberto dois problemas em sua filha que ela nem tinha percebido.

- Eu tenho o contato de uma oftalmologista muito boa que atende por aqui, ela trabalha só com crianças a quinze anos e já recebeu três prêmios de melhor oftalmologista do país, se você quiser eu te passo e você agenda uma consulta com ela. - Quando Scarlett murmurou um "sim", S/n pegou seu celular e mexeu nele por alguns segundos antes de o guardar de volta e o celular de Scarlett apitar com o barulho de uma notificação.


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S/n se deitou em sua cama, sem roupa e com a mão acariciando preguiçosamente seu clitóris. Suspiros saíam de sua boca enquanto ela perseguia um orgasmo.

Estava prestes a gozar quando seu celular tocou e a desconcentrou, se levantou bufando e atendeu o celular ao ver o nome de Florence na chamada.

- Oi amor. - Falou animada do outro lado da linha - O que você estava fazendo?

- Nada. - Resmungou e se sentou na cama.

- Você tá ofegante amor, você não tava fazendo nada. - Seu tom estava começando a ter indícios de preocupação.

- Eu estava fazendo nada Florence, que saco. - Falou frustada, se movendo para deitar na cama enquanto conversava.

- S/n, você estava na academia? - Florence agora não tentava disfarçar a preocupação. - Você estava se matando de treinar de novo?

- Não. - Resmungou. - Me deixe em paz, Florence, depois eu falo com você.

- Mas- Florence foi interrompida pelo fim da ligação.

S/n voltou a suas atividades depois de colocar o telefone na cabeceira da cama.

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Mrs. Johansson, how can i help you?Where stories live. Discover now