|Capítulo 241|

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E quando olhei pela janela que se tem visão para rua, vi o Norton, dentro do carro, pensativo e pela última vez olhou em direção a casa e foi nessa hora que ele deu ordem para o motorista seguir em frente. E ao voltar a minha atenção para Liz, ela abaixou a cabeça quando ouviu o som do carro ficando cada vez mais distante.

— Christian, estou te esperando— avisou Gabriela para o Christian que eu sei que está bem intrigado com a minha calma.

— Tudo bem. — respondeu Christian.

— Não entendi o porquê você não fez nada! Irmão, ele foi embora! —ele diz parando do meu lado quando Gabriela subiu para o quarto.

— Ele precisa voltar para Londres e ver que o colar de Sara está lá. Provavelmente, quando ele mencionou exemplares, estava se referindo a algum colar de mãe e filha que foram feitos com exclusividades para ele. Esse colar é da Elizabeth, e você sabe quem realmente ela é. — falei em baixo tom de voz, observando as primeiras gotas de chuva cair.

— Só para te alertar, Trevor e Joshua foram lá para a biblioteca, eles sabem de algo. — sussurrou Christian.

— Eu vi... — respondi.

— E já vou te avisando que quando tudo vier à tona, eu vou fazer uma sala de espelhos para Liz brigar com ela mesmo. Essa surra que ela prometeu dar na filha do Norton, tem que acontecer. — diz o meu amigo, que não perde a oportunidade de provocar a Elizabeth.

E quando fui em direção ao coreto, me encontrei com Lucky, que parou na minha frente, me olhou e olhou para Liz e para minha surpresa foi caminhando junto comigo. E ao ver a Liz no chão, no meio do coreto com a mão no rosto disfarçando suas lágrimas. Não a obriguei a sair, apenas me ajoelhei junto a ela e quando a abracei por trás, ela segurou em meus braços se entregando em um profundo choro.

E nem mesmo quando a chuva se intensificou, Lucky não se afastou, apenas me olhou como se quisesse dizer:

"Faz alguma coisa, ela está chorando"

— Eu farei, Lucky. — respondi e ele ao me ouvir, deitou a cabeça no colo de Liz e ficou com o focinho apertando a barriga dela.

— Fica calma, eu sei que seu coração está partido. Mas estou aqui para te ajudar. Ele vai voltar, ele vai... — proferi, abraçando-a fortemente e sentindo os seus intensos suspiros.

— Não, não vai. Eu vi no olhar dele. As palavras dele não foi da boca para fora. — ela falou entre suspiros.

— Se ele não voltar, eu busco ele. Mas ele vai, sabe por quê? Porque ele te ama, mas é tão teimoso quanto você. — sussurrei.

—Eu sou a guarda do seu castelo, minha princesa borboleta! E cada lágrima que escorre do seu rosto e se perde pela chuva, irá ter o seu peso. — sussurrei e abracei forte quando um trovão se ecoou tão forte que senti estremecer a terra.

"E os responsáveis para longe do seu castelo, irão pagar." — pensei.

— Venha, vou lhe dar um banho, irei vesti-la com a minha camisa e irei te abrigar em meus braços até você dormir. Precisa descansar. — falei, levantando-a do chão.

Seguimos para o quarto e fiz tudo que prometi. E quando terminei de secar os seus cabelos, ajeitei os travesseiros e quando ela se deitou, se lembrou do seu urso.

— Eu esqueci o Sr. Pandinha em Londres. — diz, descendo da cama e procurando em todas as malas que já estão vazias.

— Realmente. Mas ele estará muito bem guardado. — falei, a puxando para cama e abrigando em meus braços.

[CONTINUAÇÃO DA FASE 02] AS ESTAÇÕES DE LIZWhere stories live. Discover now