[CONTINUAÇÃO DA FASE 02] AS ESTAÇÕES DE LIZ

|Capítulo 317|

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Ele olhou diretamente para John e depois para mim, sua expressão cheia de determinação e serenidade.

— Vim para os Estados Unidos porque sabia que era aqui que minha jornada me levaria a encontrar este guerreiro protetor da luz. E para sanar sua curiosidade, eu sempre fui um excelente funcionário. Só que eu sempre segui a minha intuição, gosto de ouvir e sentir os sinais do destino. E quando eu sentia que aquele lugar não era o caminho que me levaria até a minha missão, eu seguia sempre em frente, na direção do nascer do sol. Sem olhar para trás. Eu sinto que estou no caminho certo, e cada dia aqui é um passo mais próximo de cumprir parte do meu destino. — proferiu sério.

— Então, se eu te contratar, e você sentir que aqui não é o caminho que levará até parte do seu destino, você quebraria o contrato comigo sem pensar duas vezes? — perguntei.

— Não tenha dúvidas disso, Dr. Carter. Veja minhas mãos... — disse ele, abrindo as mãos e apoiando-as sobre minha mesa. Pude ver uma intensa camada de calos.

— Eu sou um homem que não tem medo do trabalho. Se o senhor disser que minha função é varrer cada canto deste prédio, farei o meu melhor e garanto que este prédio será o mais limpo desta cidade. Estou aqui para ajudar, para guiar e para garantir que a luz prevaleça sobre as sombras. Essa é a minha missão e meu propósito de vida — disse ele com determinação.

O silêncio tomou conta da sala por alguns instantes, enquanto todos absorviam o que Bomani havia compartilhado. Suas palavras ecoaram com uma verdade profunda, e era claro que sua presença não era por acaso.

— Bomani, suas palavras são inspiradoras. — falei, finalmente rompendo o silêncio. — Mas a sua função não será varrer cada canto desse prédio. Você será contratado para ser o motorista particular da minha esposa. Caso queira, a vaga será sua, é só assinar. — proferi, dando a cópia do contrato com todos os benefícios que ele terá.

— É claro. Muito obrigado, Dr. Carter. — ele diz, assinando rapidamente sem ao menos ler um parágrafo do papel que lhe fora dado.

— É uma honra tê-lo conosco, e acredito que faremos grandes coisas juntos. Bem-vindo à equipe. — proferi, estendo-lhe a mão.

— Muito obrigado, muito obrigado. — ele diz, segurando a minha mão e apoiando a sua testa.

— Prometo que não irei decepcioná-lo. — completou.

— Eu sei disso. Só preciso que você vá até a minha assistente e ela fará toda a documentação necessária. — falei na certeza de que diante da história contada por Bomani, ele faz parte do passado de Elizabeth. E que quando o destino me dar a ordem de começar a encaixar as peças, quem sabe ele também não faça parte do futuro de Liz.

Não sei como, mas diante de tudo que já vivemos, sei que nada acontece por acaso.

Bomani saiu sorridente da sala e quando a porta se fechou, John não hesitou em dizer: