🧝♂️🔥✨ | "Pelos milagres divinos e pela esperança dos condenados".
ONDE BLAIR ARCHERON, a irmã bastarda que é diferente por causa da sua estranha cor de cabelo, decide se jogar no perigo para resgatar sua irmã Feyre, cruzando a muralha que os divi...
Ups! Tento obrázek porušuje naše pokyny k obsahu. Před publikováním ho, prosím, buď odstraň, nebo nahraď jiným.
Ups! Tento obrázek porušuje naše pokyny k obsahu. Před publikováním ho, prosím, buď odstraň, nebo nahraď jiným.
╭──────────╮ VOL. I | CURSED E4T1: TERRAS MORTAIS Escondida Atrás Da Máscara 🐺🧝🏻♀️🌌⚔️🥀 ╰──────────╯
━═━═━═━═━═━═━═━═━
O CAMINHO DE VOLTA PARA CASA FOI SILENCIOSO, pesado, mas monótono. Feyre estava à minha frente, a corça morta pendurada no ombro. Juntas havíamos nos revezado para carregar de vez em quando, pois, embora o animal não fosse muito grande, pesava tanto quanto um saco de farinha. E para duas jovens, magras e quase desmaiadas de fome, a tarefa se complicou depois de um tempo. Na metade do caminho, nossas roupas já estavam ensanguentadas e cada passo que dávamos na neve espessa se tornava uma tortura silenciosa que, ao que parecia, nenhuma de nós tinha a intenção de quebrar.
Eu sutilmente dirigi um olhar para as costas de Feyre. As duas flechas - pois a terceira havia sido perdida em minha primeira explosão - agora jaziam em sua aljava, como se nunca tivessem saído dela, como se nunca tivessem sido usadas para assassinato; acabar com a vida daquele lobo.
O lobo. Eu não conseguia parar de pensar no lobo. Mesmo que tentasse, ainda conseguia ouvir seus latidos, seus uivos de agonia... E sua voz; Aquele apelo em minha cabeça que estava me pedindo, não, implorando para acabar com seu sofrimento.
Como isso é possível? Eu não tinha resposta. Que o lobo pudesse ter me contatado através de pensamentos era algo novo em si, por que permanecia um mistério que mesmo com Feyre, eu não tive coragem de perguntar. Ela não sabia. E parecia ser o melhor… Por enquanto. Eu, Blair Archeron, era um fenômeno no vilarejo por causa da cor peculiar do meu cabelo. A última coisa que eu queria era que Feyre, a única além de Hazel que não apontava o dedo para mim, com caretas no rosto, me olhasse de forma diferente.
Quando chegamos em casa, já era noite. O céu escureceu o suficiente para pintar a floresta em vários tons de azul que se misturavam com o amarelo das luzes que vinham de dentro das janelas da cabana. Só então me permiti soltar um suspiro exausto, pois cada passo que dava era como pisar em lâminas afiadas, e a fome não ajudava muito. Senti que a qualquer momento desmaiaria na neve. E pela maneira como Feyre carregava a corça, com as mãos trêmulas, pude ver que ela estava na mesma situação.
