Capítulo 1

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- Como você fez isso? Como vamos falar para sua filha que perdemos tudo por sua culpa?! Ela nunca vai aceitar se submeter a isso...

- Cala sua boca Margareth! Só cala sua boca!

Jade que passava pelo corredor do escritório, ficou estática ao ouvir os gritos de seus pais. Como assim o seu pai havia perdido tudo? E o que ela não iria aceitar?
Em um ato de coragem entrou no escritório as pressas, a porta de madeira se abrindo em um estrondo, fazendo com que seus pais se assustassem. A expressão de ira no rosto deles mudando para susto seria cômica se não fosse a conversa que ouvira e a que a fez entrar naquela sala.

Margareth: O que é isso garota? Perdeu os modos? Isso é jeito de entrar assim no escritório do seu pai? - Perguntou, assim que o susto inicial passou.

Jade: Me poupe de suas aulas de etiqueta agora mãe! Eu só quero saber que história é essa de que perdemos tudo? - Questionou vendo o pai soltar um suspiro exasperado.

Margareth: Ah você quer mesmo saber? Tudo bem... Vamos lá Carl, explique para sua filha que você foi idiota o suficiente de perder a empresa e tudo que temos em um investimento estúpido! - Gritou com raiva.

Jade: O que? Isso e verdade pai? - As pernas de Jade nesse momento estavam semelhantes a gelatina. Ela torcia para que a mãe estivesse exagerando como ela sempre era em determinadas situações, mas a expressão de seu pai lhe assustava.

Carl: Infelizmente sua mãe tem razão minha filha nos perdemos tudo, até mesmo essa casa em que moramos. - Jade ficou pálida ao ouvir a confirmação do pai.

Jade: O senhor perdeu até a casa papai? O que a gente vai fazer agora? Desde quando vocês sabiam disso? - Os olhos azuis banhados em lágrimas e o tom de desespero na voz era evidente. O que eles iam fazer? Logo agora que ela havia vendido seus imóveis para abrir o sua marca e o seu tão sonhado atelier.

Margareth: Mas tem um jeito de que a gente não perca essa casa. Conta pra ela seu imprestável! Fala a troco de que poderemos continuar com a casa e com a empresa. - Jade olhou assustada para a mãe. Então havia uma forma de reverter tudo.

Carl: Cala a boca que você já esta me enchendo Margareth. - Bateu na mesa irritado fazendo a mais velha se assustar e permanecer calada - Filha existe sim uma forma de não perdermos a casa, mas eu me nego a fazer isso.

Jade: Papai a gente precisa fazer de tudo, ou onde vamos morar? Como vamos viver?

Carl: A única maneira de ficarmos com a casa e a empresa é que você se case com o cara que ficou com tudo.

Jade: Vocês só podem estar brincando comigo! - Levantou da cadeira que estava sentada andando de um lado para o outro e rindo de nervoso.

Margareth: Pelo amor de Deus! Você acha mesmo que íamos brincar com isso menina?!

Carl: Jade... eu já disse que não! Essa proposta está fora de cogitação.

Margareth: Fora de cogitação? E a gente vai morar onde? Como que você vai continuar com os seus luxos Jade? Suas roupas de marca? Vamos ter que morar na RUA! Você tem que se casar com esse homem!

Jade: Eu não vou me casar! A gente vai dar um jeito vamos nos adaptar a nova vida.

Margareth: Qual nova vida? A de moradores de rua? Deixa de ser burra garota! Você se casando com esse cara vai ter o dobro do luxo que vc tem, afinal esse homem é dono de quase toda São Paulo e eu e seu pai ainda teremos onde morar, ou você prefere ver os seus pais morando na rua? - Se aproximou segurando o rosto de Jade, as unhas grandes marcando a pele alva e delicada - Você vai mesmo deixar o seu pai sem os remédios dele do coração? Você sabe que se não aceitar não teremos dinheiro para comprar os remédios e logo ele vai morrer.

Carl: Margareth! Pare de coagir a nossa filha! Você não precisa aceitar isso minha filha, a gente vai dar uma jeito.

Jade se soltou das garras de sua mãe e olhou para o pai chorando copiosamente. Ela aceitar essa proposta era o mesmo que se vender a um desconhecido, mas ela não aceitar era o mesmo que deixar seu pai sem o tratamento e podendo vir a morte! O que ela poderia fazer sobre aquilo? A sala se tornou um silêncio mórbido, apenas se ouvia os soluços vindos de jade. Não havia para onde fugir, ela tinha que fazer aquilo, e qual fosse a sua decisão mudaria o rumo da sua vida para sempre.

Jade: Eu aceito...

I Wanna Be Yours Where stories live. Discover now