Parte 7

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Pov. Kinn

Não é que eu goste quando o Porsche está errado. Eu só não gosto quando ele está certo. Principalmente porque ele sempre colocava esse maldito sorriso nos lábios.

Inclusive em uma situação como essa, em que o nosso filho estava na sua frente, com uma mão o mantendo protegido atrás de si enquanto a outra mão apontava a sua push dagger para mim. Porque caralhos eu concordei com esse treinamento idiota com lâminas?

- Prapai, abaixa essa adaga. Eu não quero machucar o Porsche.

- Você pode até tentar, mas pode ter certeza que eu te acerto primeiro.

- Porsche.. - dei um passo para a frente, mas o garoto empurrou meu marido para trás e apertou mais forte a adaga.

- Não se aproxima do meu pai!

- Eu disse que você não devia ter feito aquilo.

- Cala a boca que você não está ajudando. - Porsche soltou uma risadinha, esse estúpido, enquanto Prapai continuava apontando a arma branca para mim com as suas mãos tremendo. - Prapai, eu não machuquei e não quero machucar o seu pai. Isso é apenas um mal entendido.

- Ele tem cortes por todo o peito e o pescoço está cheio de manchas roxas. E não finja que não foi você que fez isso porque eu ouvi ele falando antes.

- Merda, Porsche. O que foi que você disse para o garoto?

- Eu não falei nada pra ele. Prapai, abaixa essa adaga. - mas o menino se recusou, então Porsche suspirou e olhou para mim de novo. - Eu estava conversando com o Pete.

- E o que foi exatamente que você falou para o Pete que fez o nosso filho pensar que eu estou machucando você de propósito?

- Não falei nada demais, juro.

- Prapai, o que foi que você ouviu o seu pai falar para o Pete?

- Papai disse que pediu pra você parar, mas você não ouviu e o jogou na mesa de vidro mesmo assim. Ele se cortou todo porque o tampo quebrou e os cortes ardem quando esbarram na camisa dele.

- Porsche..

- Hum?

- Você é idiota?

- Não ofenda o meu pai!

- Já chega dessa merda. - me aproximei rápido dos dois e agarrei e girei levemente o seu pulso. Prapai gemeu porque com certeza aquilo doeu, mas soltou a adaga, que eu peguei do chão. - Seu pai foi, sim, estúpido ao falar dessa forma aonde qualquer um poderia ouvir e pensar errado. Eu amo demais o Porsche e nunca o machucaria de propósito. Se bem que nesse momento ele está merecendo umas palmadas..

Ouvi Porsche pigarreando atrás de Prapai e eu rolei os meus olhos.

- E, sim, no passado nós fomos ruins um para o outro, nos machucando e fazendo o outro infeliz, mas isso mudou, ok? Nós crescemos e amadurecemos. E eu nunca mais fiz mal ou desejei machucar o seu pai propositalmente.

- Então porque ele..

- Nós estávamos transando.

- Kinn!

- Ele tem dezesseis anos, Porsche. Acha que não sabe nada sobre sexo ainda? Enfim, seu pai e eu estávamos..

- Para de falar, seu idiota.

- Então explique você mesmo o porquê de estar com o peito cortado e o pescoço todo manchado sem falar a posição que nós estávamos na hora.

KinnPorsche e o não namorado do PrapaiOnde histórias criam vida. Descubra agora