Parte 8

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Pov. Prapai

- Nos desculpe mais uma vez, senhor.

- Me poupe dessa merda.

- Sim, senhor. Com licença.

Assenti em sinal de despedida e esperei os dois estúpidos saírem da minha sala e finalmente tirei a gravata e o blazer e me joguei no sofá de olhos fechados. Sentia que minha cabeça estava a ponto de explodir.

- Quão difícil pode ser conferir uma carga antes de enviar para o exterior?

- Relaxe, agora. - Hana falou entrando na minha sala com um copo de água e um copinho com remédios que eu peguei da mão dela pra tomar. - O importante é que você conseguiu resolver.

- Quase perdemos três milhões de baht.

- Três? Achei que fosse menos. Como eles ainda estão vivos?

- Porque não perdemos.

- Você está tão estranho ultimamente. Dois meses atrás eu sei que esse erro deixaria crianças órfãs.

- Como você disse, foi apenas um erro. Não valia a vida deles. O emprego, claro, mas a vida não era necessária.

- Isso é porque você recuperou a carga?

- Exatamente. - continuei massageando a têmpora e aquela merda de dor não acalmava.

- Impressão minha ou eu passei pelos responsáveis da carga que não foi pra Jacarta? Pensei que eles sairiam em sacos e não andando.

Esse cara de sorriso idiota era o First, meu diretor de TI, hacker pessoal, uma vez quase primo e, por pura pressão da parte dele, amigo, que entrou na minha sala e se jogou no sofá ao meu lado.

- Prapai apenas os demitiu. - a banshee fofoqueira se sentou ao lado do First e deu uma garrafa de suco para ele. - Agiu como se três milhões não fossem nada.

- Cara, eu sei que você é bilionário, mas, desde quando perder três milhões de baht não é digno de socos e tiros voando por aí?

- Também achei estranho, mas ele disse que perder apenas o emprego estava bom.

- Foi apenas um erro. - respondi aos dois fofoqueiros. - Essa foi a primeira vez que algo assim aconteceu sob a responsabilidade deles, claro que eu daria o benefício da dúvida. Além disso, as drogas foram recuperadas.

- Mesmo assim.. - First se aproximou de mim e ia colocar a mão na minha testa, mas eu o empurrei. - Será que foi a dor de cabeça, papai? Você tem sentido muito ultimamente.

- Eu não sou seu pai, estúpido. Não me chame assim que eu sinto arrepios.

- E porque não? Você achou o Syn e quer que ele te chame assim. Mas, não se esqueça que você me achou também e eu quero os mesmos direitos.

- Syn era um bebê, você é mais velho que eu. Se toca.

- Um ano apenas.

- Muita coisa.

- Se um ano é muita coisa, então porque está atrás de um garoto dez anos mais novo que você?

- São situações completamente diferentes.

- Sei...

Ele não era estúpido. Claro que ele entendia que um homem mais velho me chamar de pai era ridículo, mas namorar um garoto dez anos mais novo fazia todo sentido do mundo pra mim. Principalmente porque o meu menino era fofo e adorável e um adulto, graças a deus.

- Eu tenho algum compromisso ainda? - perguntei a Hana, me levantando para vestir novamente o blazer e ir embora na primeira oportunidade.

- Ainda bem que não. São nove da noite, Prapai, já deveríamos todos estar em casa. - ela se levantou também e arrumou o seu terninho que permanecia intacto como sempre. - E, por falar nisso, essas suas dores de cabeça devem ser pelo seu ritmo de trabalho que tem sido muito acelerado. Mas, ao menos, você conseguiu adiantar muita coisa e as próximas duas semanas estão limpas de compromissos. Então vá para casa e descanse. De verdade. É pra descansar.

KinnPorsche e o não namorado do PrapaiKde žijí příběhy. Začni objevovat