Parte 11

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Pov. Porsche

Todos que entram em qualquer uma das nossas empresas tem a vida imediatamente revirada. Não apenas para proteção dos nossos bens e segredos, mas também para impedir o desconforto de ter que lidar com os resultados da morte prematura de qualquer um que tivesse uma motivação minimamente forte o suficiente para ser usada em troca de nos trair.

Então, é claro, com Sky não seria diferente.

No entanto, ele era um caso muito especial. Sky não apenas era o novo estagiário da Construtora Theerapanyakul, como também era o futuro namorado do dono da empresa, que, além disso, era o herdeiro de todo um Clã e também meu filho. Por isso eu mesmo pedi que Arm fizesse as investigações e apresentasse os resultados apenas para mim.

Levando em conta que não é do dia pra noite que a vida inteira de uma pessoa é levantada, as semanas se passaram e eu acabei esquecendo de pedir atualizações do meu cunhado.

Além disso, entre uma conversa e outra em alguns almoços com o Sky, eu percebi que o garoto era um amor e muito doce enquanto falava entusiasmado sobre a evolução do seu trabalho, que não era muita coisa além de acompanhar Milk e anotar tudo o que era falado nas reuniões e nas visitas às obras da Construtora. Ele realmente estava amando e muito agradecido por aquele trabalho. E eu estava começando a me apegar a ele.

No entanto, Arm ainda estava fazendo o seu trabalho e ele finalmente terminou suas investigações e as entregou para mim.

- Porsche... - Arm me impediu de abrir o envelope e eu fiquei preocupado com a expressão que ele estava fazendo.

- O que foi?

- Algumas coisas nesse arquivo..

- O que tem?

- Papai!

- Oi, querido. - ambos olhamos para Prapai se aproximando de nós como se estivesse prestes a pular em alguém, o que não era bom aquela hora da manhã e nem quando ele marchava para dentro da mansão. - Não deveria estar na empresa agora?

- Não vou hoje. Aonde está o seu marido?

- Seu pai está no escritório, mas.. Prapai, volte aqui! - mas ele não me deu ouvidos e andou para os elevadores. Rolei os olhos e virei para meu cunhado mais uma vez. - Arm, você pode..

- É claro. - ele pegou o envelope da minha mão. - Vou deixar isso no seu quarto. Mas, Porsche, não abra esse envelope perto do seu filho, ok? Ou do Kinn, por falar nisso.

- Preocupante, mas, por enquanto, tudo bem porque eu tenho que segurar aquele moleque. Tchau!

Corri para os elevadores e foi por muito pouco que as portas não se fecharam nos meus dedos enquanto eu tentava impedir. Entrei no elevador junto com o meu filho e aguardei por uma explicação que não veio até que as portas se abriram no andar do escritório e eu agarrei a parte de trás da sua camisa e o puxei de volta ao elevador.

- O que vai acontecer é o seguinte: nós dois vamos para a cozinha. Você vai tomar uma água ou um chá ou o que quer que seja para se acalmar. Então vai me dizer exatamente porque está agindo assim e só depois eu decido se você vai ou não se encontrar com o seu pai.

- Sempre protegendo ele.

- Protegendo vocês dois do que quer que sua cabeça estressada esteja tramando. - as portas se abriram novamente e eu o empurrei para fora. - Agora comece a fazer o que eu disse que é pra você fazer.

- Mas eu não quero me acalmar.

- Sim, você quer.

Entramos na nossa cozinha particular e eu mandei as ajudantes da senhora Yina saírem e nos deixarem a sós. Então sentei o moleque adulto que eu chamo de filho em um dos bancos da ilha e me posicionei do outro lado com um bule para esquentar água para fazer um chá pra diminuir aquele estresse todo dele.

KinnPorsche e o não namorado do PrapaiWhere stories live. Discover now