Lágrimas de crocodilo

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– Você tem certeza de que isso vai dar certo? – Felix questionou, inseguro, porém Hyunjin não estava com um pingo de insegurança sequer. Estava confiante na própria idéia, sabia que daria certo. – Então tudo bem... Eu cuido do Tio Jisung e você do meu pai.

Hyunjin afirmou com a cabeça, teriam que ser fiéis ao prometido, começando pelo básico: Como juntar os dois no mesmo cômodo.
De mil e dois planos, apenas um parecia bom na cabeça do Hwang, mas também não era um plano daqueles... Tão bom.
O resultado seria catastrófico, mas valeria a pena pensar antes de agir?

O Hwang caminhou lento na direção do quarto de Minho, vendo o padastro sentado sobre a própria cama e ao invés de descansar em um domingo de manhã, ele estava revisando maia documentos da empresa. Pela cara dos documentos, eram os mesmos da semana passada, deve ter acontecido algo terrível naqueles documentos...

Hyunjin suspirou, o homem de fios castanhos e olhos violetas ficava uma perdição vestido com qualquer coisa, mas quando usava apenas um roupão de banho, como agora, um par de pantufas e os lábios pintados de vermelho pelo hidratante de morango.

O pau do mais alto chegava a pulsar dentro da calça, mas não era hora de distrações, não ainda.
O sorriso diabólico surgiu nos lábios carnudos, antes de lentamente lágrimas, tão falsas quanto a de um crocodilo, escapassem das belas orbes da cor da jabuticaba.

– L-Lino Hyung... – o Hwang sussurrou, sentindo as lágrimas caírem mais, formando um beiço manhoso e a carinha mais dolorida possível – P-preciso... Do senhor...

O Lee ergueu os olhos do documento franzindo as sobrancelhas, logo pondo os documentos na cabeceira da cama e chamando o mais novo para que se sentasse ao seu lado.

– O que aconteceu, Hyunjin? – o mais novo quis rir, Minho ficou durante dias o chamando de "Hwang", isso era engraçado ao pensar que de fato Minho esteve preocupado consigo – Fizeram algo?

O Hwang afirmou com a cabeça no fundo queria tanto rir, mas isso estragaria seu plano completamente.

– Foi o Lixie... – o Hwang olhou sorrateiramente para a porta, como se temesse que alguém o ouvisse e isso causou agonia em Minho, pois o Lee estava preocupado, ainda mais sabendo que tem seu filho envolvido.

O Hwang lentamente se aproximou do ouvido do Lee mais velho, sussurrando em seu ouvido.
As orbes do homem se arregalaram com o que quer que tenha sido dito em seus ouvidos.

A boca escancarada pareceu receber algo incapaz de engolir e acreditar, pelos céus. O que ele havia escutado afinal?

– Por favor... Fala com ele... Ele está no meu quarto... – o Hwang pediu.

Minho engoliu seco, qual o motivo de aceitar algo assim? Não sabia, mas seu instinto paterno existia e por isso tratou de se levantar e seguir ao quarto do afilhado, pena que era tão inocente que não havia visto o Hwang segurar o sorriso vitorioso que se pintou nos lábios inchados.

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