Capítulo quatro

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— Ainda bem que eu vim embora e nunca mais irei voltar para aquela cidade novamente. — disse Jeongguk, colocando seu filho adormecido deitado no berço simples do quartinho e olhando para os padrinhos dele. — Foi péssimo chegar na casa dele, ficou pior quando ele disse que eu me enganei e que era um pesadelo.

— Sentimos muito por termos insistido para que você fosse atrás do pai alfa do Minjun. — falou Hoseok, se aproximando do irmão e envolvendo os braços na cintura dele. — Você perdoa eu e o Yoongi por termos insistido tanto nessa droga de decisão?

— Você é o meu irmão, claro que está perdoado junto do Yoongi. — sussurrou o ômega, rindo baixinho e ganhando vários beijos do seu irmão adotivo. — Hyung, ainda bem que não colocarei meus pés em Seul nunca mais.

— Conheço a fama de mulherengo do Taehyung por causa das revistas de fofoca que sempre falam dele, mas não pensei que fosse tão babaca. — pronunciou-se Yoongi, olhando para o cunhado e depois para o seu alfa, suspirando pesadamente com a situação. — Mas foi bom você ter ido, porque teve uma experiência da qual não vai mais precisar lidar novamente, agora basta seguir em frente.

— Por um lado me serviu de lição. — concordou Jeongguk, sorrindo para o cunhado e puxando ele junto do irmão adotivo para saírem do quartinho do bebê. — Mas vamos pensar no bem-estar do Minjun, ele é mais importante.

O casal concordou prontamente, seguindo Jeongguk que andava até a sala de estar e sorriram para a senhora Jeon que aproveitava de sua folga para relaxar.

— Não vamos mais dar continuidade a este assunto rapazes, meu neto não precisa de um pai alfa e muito menos precisa ser digno da pena de alguém como aquele homem errôneo.

— Eu penso igual, senhora Jeon. — concordou Yoongi, se sentando no colo do seu alfa acomodado na poltrona e abraçou o pescoço dele. — Jeongguk e Minjun merecem algo melhor.

— Vamos então aproveitar que a família está toda junta e aproveitar minha folga, rapazes. — avisou a Jeon mais velha, abrindo na Netflix e colocando no seu Dorama favorito, abraçando os ombros do seu caçula.

[ 𖣔 ]

( Uma semana depois )

Busan nunca pareceu tão diferente do que Jimin costumava se lembrar, talvez ele que não pisava mais na sua terra natal há muitos anos e não se lembrava de nada, mas estar em Busan era estar em casa.

Jimin ficou alguns segundos parado em frente ao aeroporto, respirando o ar de sua antiga cidade e tentando se habituar com a mudança. Tinha avisado seus pais de que estaria os visitando e que precisava relaxar, mas não entrou em detalhes, pois conhecia seus pais o suficiente para saber que iriam criticar e até mesmo julgar sobre as atitudes do Park.

Como não estava com o seu carro, teve de chamar um táxi e esperou por mais quinze minutos sentado no banco do lado de fora do aeroporto. Às vezes Jimin queria matar Taehyung por fazer isso consigo, mas então lembra de todas às vezes em que o alfa ajudou e salvou sua pele, por isso acabava aceitando os planos malucos do amigo.

O percurso foi cansativo, mas quando Jimin chegou na sua antiga casa foi recepcionado pelos seus pais e sua irmã caçula Jennie. O sorriso de sua irmã ficou enorme ao vê-lo, não tardando em envolvê-lo em um abraço e sua mãe fez igual, matando a saudade do filho.

— Quanto tempo, maninho. — disse Jennie, beijando a bochecha do seu irmão mais velho e se afastando para deixar com que a senhora Park também pudesse matar a saudade do filho. — Faz seis meses desde a última visita.

— O trabalho acaba sugando meu tempo, mocinha. Mas estou de volta, vou resolver alguns assuntos da empresa filial que temos aqui em Busan e aproveitar com vocês. — sorriu Jimin, acariciando os cabelos castanhos claros da sua irmã e olhando para sua mãe.

— Namjoon procurou por você. — falou a senhora Park, tocando o rosto do filho mais velho e sorrindo cheia de saudade. — O que eu falo para aquele alfa?

— Que ele é um idiota. — respondeu o loiro, suspirando pesadamente e se lembrando de Namjoon, seus momentos com ele. — Foram dois anos longe dele, para voltar e simplesmente dizer que está à minha procura.

— Namjoon gosta de você, filho. Dê mais uma chance para ele ou ao menos converse com ele. — sugeriu sua mãe, sabendo que o ômega ficaria desse jeito ao saber, mas pelo menos agora ele já sabe. — Quanto mais você enrolar para dar uma resposta, mais esperança você faz crescer no coração dele, Jiminie.

— Tudo bem, mãe. Eu acabei de chegar e já está me fazendo pensar sobre aquele alfa idiota. — resmungou Jimin, olhando para o seu pai que apenas observava tudo calado, odiava o fato do filho sair de casa e morar longe, mas guardava tudo para si mesmo.

— Sua mãe já arrumou seu quarto. — avisou o patriarca alfa da casa, cruzando os braços rente ao peito para se fazer de difícil e ouviu o filho suspirar.

— Pai, supera que seu primeiro filhote ômega cresceu e agora é um rapaz sucedido. — falou o loiro, se aproximando do seu pai com os braços abertos e sorrindo todo radiante.

— Por que tão longe? — resmungou o alfa, abraçando o filho com saudade também e beijando o topo de sua cabeça com carinho. — Poderia muito bem ficar na filial daqui da cidade.

— E deixar Kim Taehyung sozinho e ficando maluco porque não tem o melhor amigo por perto? — brincou Jimin, negando com a cabeça e rindo baixinho. — Acredite, a empresa principal estaria falida se eu não estivesse lá para ajudar Taehyung, papai.

— Apenas entre e vá descansar. — mandou o senhor Park, pegando a mala pequena do filho e a mochila dele, adentrando a residência e sorrindo mínimo. — Aquele moleque continua galinha?

— Sim, mas dessa vez tudo vai mudar. — respondeu o loiro, sorrindo mínimo ao ter Jennie abraçando-o novamente e retribuiu o contato carinhoso. — Apareceu um ômega que ele passou o cio com uma criança, dizendo que ele é o pai.

— Que bênção! — exclamou a senhora Park, sorrindo ao ouvir o que Jimin disse sobre Taehyung e fechou a porta de casa animada. — Orei tanto para que ele tome juízo, parece que Deus ouviu minhas preces.

— Tomara mamãe. — afirmou Jimin, beijando a bochecha de sua irmã e vendo como ela parece maior do que da última vez em que a visitou seis meses atrás. — Ele precisa de alguém e o ômega caiu do céu mesmo.

— Vou orar para que Taehyung tome juízo e que esse ômega seja um bom partido para ele. — sorriu a senhora Park, pegando seu terço e simplesmente dando as costas para a família, fazendo seu alfa suspirar.

— Todo dia essa mulher orando pela alma perdida daquele moleque destrambelhado do Kim. — comentou o patriarca da casa, negando com a cabeça e sorrindo ao ver seus filhos novamente juntos. — Vamos subir e levar essas coisas, você precisa tomar um banho e descansar da viagem cansativa.

— Tudo bem, pai. — concordou o loiro, pegando a mochila do sofá e seguindo seu pai para o segundo andar da casa, vendo Jennie vir logo atrás.

— Vamos ter tempo para aproveitar, Jiminie? — perguntou a ômega mais nova, colocando seus cabelos para trás e observando a figura esbelta do irmão.

— Com certeza, Jennie. — respondeu Jimin, pensando que vai sim precisar da ajuda dela e agora o plano fez mais sentido ainda. — Principalmente para passeios em tempo livre.

— Então vou te levar aos lugares que gosto. — sorriu Jennie, entrando no quarto junto dos dois mais velhos e sentindo a nostalgia batendo na porta. — Você vai precisar de tempo para relaxar.

— Pode acreditar que sim, maninha. — sussurrou o ômega mais velho, piscando para a irmã caçula e deixando sua mochila no canto do quarto. — Mas por agora vou relaxar e descansar da viagem família.

— Bom descanso. — desejaram o senhor Park e a caçula, dando as costas e fechando a porta do quarto do ômega.





Acidentalmente papai [ Taekook ]Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang