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HANNA

Depois de se tocar e jogar aquela coisa gosmenta em cima de mim Dain me colocou em baixo do chuveiro e me deu banho.

- Você é perfeita Hanna... Logo logo a gente não vai se separar nunca mais. - Ele dizia passando as mãos nojentas em mim.

- Dain... Isso dói... - Gemi tocando as correntes que machucavam meus tornozelos enquanto ele me colocava na cama.

- Eu sei... Sinto muito... Sinto muito... - Ele tocou nelas pensando por um minuto.

Ele estava bêbado e cambaleou até a garrafa tomando mais um gole se deitando ao meu lado na cama.

- Você falou meu nome... Pode pedir com carinho de novo? Por favor Hanna... - Ele disse passando as mãos na minha perna nua.

-  Por favor Dain... - pedi entre os dentes e ele riu.

- Ok meu amor... - Dain tirou as correntes e eu senti o alívio da dor na mesma hora.
Estava sangrando e sem coro, nem podia andar direito.

- Pronto. Agora deita aqui... Você só tem a ganhar sendo boazinha comigo. - Ele bateu na cama e eu abracei meu corpo nu deitando virada de costas pra ele.

Não demorou muito pra ele começar a roncar.
Dain era igual meu pai.
Nojento.
Sujo.
E malvado e tranças a Deus fraco pra bebida.

Quando tive a certeza que ele estava dormindo mesmo levantei da cama sentindo as pernas falharem e coloquei a mão na boca pra não gritar de dor.
Andei até o bolso de trás de Dain e puxei o celular.
Coloquei a digital dele devagar rezando, implorando pra ele não acordar e rastejei até o banheiro sem acreditar que tinha conseguido.

Disquei rápido o número de Jhon correndo pro banheiro,  chamou duas vezes e ninguém atendeu.
Tentei ligar pra Tayler. Também não atendeu.

- droga! Por favor... Por favor...

Tentei uma outra vez, atende Jhon... Por favor...

.
.
.
.

- Alô? - A voz dele fez meu corpo todo congelar.

- Jhon... Sou eu... Hanna... - Ele demorou alguns segundos que pareceu uma eternidade pra mim.

- Jhon?

- Hanna? O que? Que trote é esse? A Hanna morreu... Hanna morreu... Isso não tem graça. - Ele gaguejava com a voz roupa desesperada.

- Não! Eu tô viva, Dain esta comigo trancada em um quarto na cidade, embaixo da terra... Eu não sei onde fica eu não vi. Eu tô viva Jhon. Tô aqui. - eu mais tremia do que falava, nem sei como conseguia segurar o celular.

- Hanna?! Ah meu Deus! Ah meu Deus! É você mesmo...

- Sou eu... Sou eu. Me tira daqui. - Pedi chorando.

- Me espera... Eu acho você. Eu acho você ouviu? - E a voz dele sumiu.

- Jhon?

- Hanna? É o kent. Eu vou te rastrear agora. Não desliga fica só mais um minuto e já achamos você. Calma. - fiz o que ele pediu e fui até a porta vê se Dain ainda estava apagado.

- Rápido... Rápido kent.

Meu coração aprecia que ia sair.
Se Dain acordasse eu estava morta. Não podia morrer ainda, não antes daquele verme.

- Kent... Dain tem homens aqui. Cuidado. - Pedi.

- Vamos pegar esse verme. Desliga e apaga a ligação Hanna. Espera a gente garota. - Ele mandou e eu obedeci.

Caminhei devagar até a cama tentando controlar meu coração deitando na cama, Dain se mexeu procurando por mim balbuciando algo que eu não entendi.

Passei a mão pela calça dele e enfiei o celular ali rápido, e me virando pra parede desci da cama procurando meu vestido.

Rolei pra de baixo da cama e fiquei ali encolhida.
Agora eu só tinha que esperar.
Jhon pensava que eu estava morta, por isso não veio atrás de mim.
Dain fez alguma coisa.
Nem consigo imaginar como eles ficaram achando isso.
Como estaria Meg e Joana... E o Tayler... Lion...
O Jhon... A voz do Jhon de pura agonia.
Eu tinha que voltar pra casa.
Lá era o meu lugar.
Lá era o meu lar.
Eu tinha esperança agora. E ia me agarrar a ela com todas as forças que sobraram.

De volta a Jaula Where stories live. Discover now