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TAYLER

- Nem tô acreditando que você tá reagindo. - Lion disse me seguindo pela empresa do meu pai.

- Na verdade eu só tô aqui porque a Suzy e o tênis dela me perseguem. - Eu ri usando Suzy como desculpa pra me mexer .

- Eu amo a Suzy... E o tênis dela! - A risada alta de Lion ecoou pelo corredor escuro que iam acendendo assim que a gente passava.

A sala do meu pai tinha os prêmios e certificados de melhor desenhista e as jóias mais lindas que olhos humanos já viram.
Ele e minha mãe fizeram um trabalho lindo aqui.
Toquei no cordão que ela desenhou pra mim quando eu ainda estava na barriga dela.
Eu sentia sua falta mãe.

- Tayler! Você tá aqui... - Suzy correu nos saltos finos até mim e me abraçou a força enquanto eu tentava afastar ela .

- Eu fui ameaçado. - Bufei e ela deu um tapinha na minha cabeça.

- Meu tênis tem poder. - Eu ri.

- Ela não parece tão ameaçadora assim. - Lion disse rindo atrás de mim.

- Isso porque ela está de saltos meu amigo. - Provoquei ela que abriu a porta da sala do meu pai.

- Relaxa ele ainda não chegou e vocês vão ter que conversar um dia. Entra aí. - Entrei na sala grande e clara com alguns desenhos no teto que parecia diamantes mergulhados na água... Era lindo.

- Sua mãe fez isso... - Suzy Sussurrou olhando pro teto e eu senti ela ali.

- Sua mãe era incrível cara... - Lion olhava de boca aberta assim como eu pro teto.

Olhei em volta, a mesa do meu pai era de vidro e uma bagunça ao contrário do resto que estava abem organizado.
Tinha o lugar que ele desenhava.
Eu não herdei esse talento.
Eu preferia bater nas coisas , minhas mãos estavam estragadas.

Suzy levou a gente por uma tour pelo lugar inteiro, todos iam me cumprimentar como se me conhecessem, falando bem do meu aí e da minha mãe.

- Seu pai é um pai coruja como deu pra perceber. - Suzy disse parando.

- Ele fez isso. Eu disse que ia guardar até você birra um cara legal, que pelo visto não tá sendo moleque , mais toma.

Ela me entregou um pacote preto pequeno e se despediu de mim e de Lion.

- Obrigada por ter vindo. Seu pia e a Vivian teriam amado isso. - Ela me abraçou.- Eu não me encaixo aqui... Olha pra mim Suzy. - Ela olhou e beijou meu rosto.

- Então vamos procurar onde é o seu lugar e vamos te encaixar lá. - Ela garantiu.

- Seu pai disse que gosta de lutar... Ok, clandestinamente não rola com certeza, não queremos ser presos. Mais porque você e seu amigo não dão uma volta pela cidade e arrumam uma academia? O que acha? Da umas porradas e ter alunos pra ensinar? E ainda ganhar uma grana com isso. - Arregalei os olhos rondando no mesmo lugar que Lion .
A gente já tinha ido em um espaço legal olhei pra Suzy minha salvadora e balancei a cabeça que sim.

Saímos de lá as presas segurando o capacete trombei com quem não devia na saida.
Droga!

- Tayler?! O que... Você... Tá aqui.

- Oi... Eu já tô de saída. - Falei olhando pra frente.

- Veio visitar a empresa finalmente. O que achou?

- Não é minha praia. - Disse seco.

- Eu... Tayler...

- Mais o lugar é incrível. Eu vou nessa. - Falei apertando o pacote com raiva transbordando de mim e ele olhou pro que eu estava segurando.

- É um presente. Espero que ache o que está procurando filho. - Ele disse e me deixou ir.

Caminhei rápido até a droga da moto, joguei a droga do pacote no chão junto com o capacete e me segurei pra não bater em algo.

- Qual é cara! Para! O seu pai ele quer o seu bem... Quando você vai parar com essa raiva toda? A Hanna ata feliz, não era isso que devia importar? - Respirei fundo olhando pra Lion  que segurava minhas coisas me entregando.

- Você não entende...

- Me ajuda então... Fala, joga pra fora essa raiva aí meu amigo, somos amigos eu ajudo você. Se você quer a garota a gente arma um plano e tiramos ela do seu pai... Mais você sabe que ia ser trapaça e que ela não ia estar feliz não sabe?

Olhei pro chão tentando me manter equilibrado

- E você sabe também que não sente tudo isso aí por ela Tayler... Você tem muitas mulheres na sua vida... Uma fileira enorme delas, e tem a íris entre elas, e a Nina. Você nem sabe o que quer. Deixa o seu pai e a Hanna viverem.

- Eu poderia ter feito mais... Se eu tivesse tido mais tempo com ela Lion, você sabe que ela se divertia comigo, você via não via?

- Sim... É tudo novo pra ela se você estava apresentando tudo Tayler. Ela é ingênua e pura demais pra ficar com a gente assim. Ficar com você, você não ia saber lidar com ela e você sabe bem disso. - Eu tinha que admitir que Lion era a merda de um cara sensato.

Me acalmei e peguei o pacote e o capacete de volta fechando os olhos contado ate cinco.

- Você nem era apaixonado por ela Tayler. E eu como amigo posso dizer que você só ficou obcecado e perdeu a mão. Eu já fiz isso. E como envolve o seu pai foi bem pior. - Ele caminhou até mim e colocou a mão no meu ombro.

- Como você consegue estar sempre tão certo droga. - Resmunguei triste

- Dessa avez eu não queria estar certo... Pode acreditar em mim, eu queria que você fosse feliz.

- Valeu Lion...

Minha avó ligou querendo me ver mais tarde no mesmo dia.

Meg veio até em casa arrumar tudo e decidi me mudar de vez pra casa ade praia, não ia ver o casal feliz esfregar borboletas e arco íris na minha cara.

Meg me ajudou com tudo e minha avó brigou por eu estar saindo por causa de uma garota da floresta.

- O seu pai perdeu a cabeça se ele acha a mesmo que vai namorar e chegar a pensar em casar com essa menina! Eu não vou permitir nunca. Nunca! - Ela disse arrumando o vestido caro e me olhou pelo primeira vez na conversa .

- Porque está se mudando ? Quero a verdade.

- Porque já tá na hora de eu procurar o que quero fazer e como vou me sustentar vó. Não vou viver na sua asa e do seu filho pra sempre. - Menti, esse não era o motivo mais minha avó não precisava saber do drama todo.

Olhei pra acasa onde cresci mais uma vez e caminhei até a porta com ela que me abraçou.

- Você se parece muito com seu pai. Mais do que imagina. - Senti uma pontada no peito.
Ela beijou minha testa e eu beijei a mão dela.

- Vovó via visitar você em breve antes de ir embora, prometo. - Ela disse sorrindo pra mim.
Eu sabia que ela ia infernizar a vida do meu pai e a da Hanna, porque ela era assim, quendo não gostava ela virava uma fera bem difícil de lidar.
Senti muito por Hanna , parte de mim queria ficar e cuidar dela, proteger ela.
Mais a outra parte estava magoada demais pra tentar sequer olhar pra ela.

Caminhei pelo jardim e mais uma vez na droga do dia dei de cara com quem não deveria.

Hanna brincava no jardim com a mangueira.
Toda molhada e descalça ela tinha o cabelo e o vestido colado no corpo e ria sozinha olhando pro céu enquanto a água da mangueira jorrava no ar parecendo chuva.
Senti minhas mãos suarem e Ordenei meus pés a se virarem e sair de lá o mais rápido possível.
Virei de costas e mordi a boca.

- Ei! Feio! - A voz dela veio acompanhada por uma jorrada de água na mesma agora que eu virei, bem na minha cara.

De volta a Jaula Where stories live. Discover now