Minha Antiga Paixão

Prioridades

Oi amoress, cheguei com mais capítulo!! E já que amanhã tem Corinthians e Santos lá na Vila, vim com uma nostalgia pra vocês.

Espero que gostem e perdoem alguns erros.🤍

𝐘𝐮𝐫𝐢'𝐬 𝐩𝐨𝐯:

~ depois do aniversário de Roger tudo estava sendo incrível, a gente estava se achando dentro de jogo cada vez mais, continuando a dar certo fora também, estava definitivamente tudo se encaixando.

Mas quem acha que tudo vão ser sempre flores, se engana muito, depois da noite do dia 19/10/22, a final da Copa do Brasil, tudo de bom que a gente haviaconstruído desceu de uma vez, como uma montanha-russa.

Desde o momento que aquele tão terrível jogo do Maracanã teve seu fim, Roger falou comigo apenas uma vez em um abraço de consolação pela derrota, quando voltamos ao hotel ele só queria saber de sua esposa, eu respeitei o espaço dele, afinal, era um momento difícil para todos nós, mas não justificava essas atitudes comigo de graça.

Nós mal nos falamos nos treinos durante a semana, pra falar a verdade, eram raras as vezes que a gente se olhava, também não teve um "a" no caminho até Santos, onde teríamos um jogo pelo Campeonato Brasileiro naquela noite, o clima estava estranho demais.

Quando estávamos já no vestiário, na preparação pro jogo, eu não conseguia prestar atenção em nada que me diziam, minha cabeça estava em outro mundo, martelando o que será que eu havia feito para ele agir daquela maneira, será que era algum problema comigo? Eu tinha feito algo errado? Ou talvez ele só cansou das nossas ficadas e não teve coragem de me dizer, mas não era hora de pensar nisso, o jogo logo iria começar e eu precisava de foco.

A partida teve seu início, onde o Corinthians atacava em alguns momentos, em outros o Santos, que por sinal é um ex clube meu.

Não sei dizer se era a pressão de uma lei do ex que a torcida havia comentado na internet, se era por conta da minha relação que estava estanha com Roger, mas alguma coisa não estava certa comigo naquele dia, antes mesmo do final do primeiro tempo eu fui expulso após tomar meu segundo cartão amarelo por entradas erradas nos adversários.

Eu nem questionei muito o juiz, ao contrário do camisa 10, que discutia muito o motivo de expulsão, particularmente eu não entendia o porque dele querer me manter no jogo, sendo que nem tocar a bola pra mim ele tocava.

Eu desci ao vestiário sem nem olhar para trás, minha vontade mesmo era sair chutando tudo que havia na minha frente, mas mantive meu controle, afinal, nós não estávamos nem jogando em casa, isso ia cair mal demais nos comentários das pessoas e eu não ia aguentar mais essa pressão.

Quando o juiz apitou o intervalo, Roger desceu pro vestiário, vindo direto na minha direção.
- Que isso, Alberto? Tá estressado demais, acha não? - ele perguntou rindo em tom de brincadeira, pousando a mão em meu ombro.
- Tô estressado não, pô, passei a rasteira no cara porque eu tô feliz. - respondi sem olhar para seu rosto, continuando a mexer no meu celular.
- Nossa, Yuri, pra que tanta grosseria assim? Só te fiz uma pergunta.
- Por que será, Guedes? Me diz você. - ele me olhou sem conseguir dizer uma palavra.
- Nem vem com graça pro meu lado que você sabe exatamente o que tá acontecendo. - falei sério e me levantei pra sair dali.
- Ei, me desculpa, vai. - ele segurou no meu pulso, me parando.

Olhei pra ele ainda com a cara fechada, sem responder nada.
- Vamos fazer assim, se eu fizer um golzinho como pedido de desculpas você me espera na saída de campo pra gente acabar com essa briga, pode ser? - ele insistiu, ainda me olhando.

Eu assenti com a cabeça com um sorriso sem mostrar os dentes e soltei meu braço, saindo dali em seguida.

O time voltou pro segundo tempo e nada de gol, nem nosso e nem do adversário, eu só sabia o que estava acontecendo por conta do barulho que ouvia lá fora, porque sinceramente, eu nem tinha psicológico pra assistir um minuto daquele jogo.

E foi assim até que aos 44 Guedes fez seu gol, soube disso quando escutei nosso time comemorar e a torcida começar a xingar o nome "Guedes" em específico, o que não vou negar, me fez soltar um riso baixo.

Como prometido, assim que o juiz apitou final de jogo eu fui a beira de campo esperar por Roger, que vinha na minha direção com um sorriso estampado no rosto.
- Agora você vai ter que me desculpar, Albertinho. - ele falou enquanto me abraçava.
- Talvez eu te desculpe, talvez - falei e deixei um beijinho em sua bochecha.
- Talvez é sacanagem, me esforcei pra fazer um golzinho pra você. - ele me olhou fazendo um biquinho enquanto desciamos pro vestiário.
- Se for um pedido de desculpas de verdade e você parar de me ignorar, eu vou aceitar.
- Eu só estava estressado demais nesses últimos dias por conta daquele bendito gol que eu perdi e não queria descontar a raiva em você, perdão.
- Tá bom, seu Guedes, relaxa, se não você perde esse seu restinho de cabelo ai - saí rindo pra dentro do vestiário para a resenha com nossos amigos.

Ficamos cerca de uma hora rindo e resenhando até subirmos para o ônibus para voltar para São Paulo.

Dessa vez eu me sentei ao lado de Carlos Miguel, próximo do banco onde estavam sentados Renato e Giuliano, Roger me olhou um pouco confuso mas não disse nada, apenas se sentou também, ao lado de Fábio.

- Iiii, o que tá rolando entre vocês dois? - Renato se inclinou no banco para falar num tom mais baixo comigo.
- Prioridades, Renato, ele tem as dele e eu tô respeitando isso. - respondi num tom baixo, mexendo na minha própria mão.
- Jajá vocês se resolvem, vai vendo. - ele deixou um toque no meu ombro e eu sorri em resposta.

As luzes do ônibus foram aos poucos se apagando e eu tentei relaxar ao máximo minha mente, afastando aqueles pensamentos que estavam deixavam meu peito com uma certa angústia.

Acabou que eu dormi pouco depois, encostando minha cabeça no ombro do goleiro reserva do time sem ao menos perceber.

•| Continua... |•

Ai gente, que mix de emoções foi esse?🥹

Espero que tenham gostado e me aguardem nos próximos capítulos, porque a coisa vai ficar interessante, rsrs.