Não vai ficar assim

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Oi lindos meuss, demorei um pouquinho mas trouxe capítulo pra vocês, confesso que nos últimos dias dei uma desanimada mas prometo que irei tentar voltar ao ritmo de antes, tá bom?

Mas não vou enrolar muito aqui, só peço que ignorem meus erros de ortografia e vamos logo pra história!!🫶🏻

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Manhã de quarta-feira, mais um dia de treino no ct Joaquim Grava, dessa vez cheguei sozinho, pois não havia nem falado direito com Roger depois do último momento que havíamos nos visto ontem, e pelo visto, hoje ele teria se atrasado um pouco também, pois ainda não o vi por aqui.

Não sei dizer exatamente o porquê, mas eu estava com um pressentimento ruim sobre aquele dia, tanto que nem tive disposição para perguntar a Renato qualquer coisa que fosse envolvendo o assunto de ontem, mas parece que isso teve sua explicação quando o camisa 10 chegou passando de cara fechada do meu lado e nem sequer me cumprimentou.

De primeira, eu até pensei que fosse alguma coisa só comigo, mas ao ver que ele não conversou nem com Fábio e Du, seus amigos mais próximos, me despertou curiosidade e uma certa preocupação de talvez ter acontecido alguma coisa.
- Ei, Guedinho, tá tudo bem? - perguntei me aproximando de onde ele estava treinando.
- Uai, Yuri, tá sim, porque? - ele respondeu sem mudar seu olhar do exercício.
- Tá quietinho hoje, achei que tivesse acontecido algo.
- Tô normal, poxa, não entendi a preocupação. - eu engoli em seco aquela resposta e me afastei outra vez, não queria nem insistir mais no assunto.

O resto do treino foi esquisito pra caramba, eu não consegui ter ânimo pra resenhar com ninguém nos intervalos e ele seguia como se nada tivesse acontecido, e namoralzinha mesmo, eu só queria saber o motivo da grosseria comigo.

Quando as ações finalmente tiveram seu fim, Roger saiu de lá rapidamente, sem ao menos se despedir de ninguém, já eu, até recebi um convite dos meninos pra sair comer alguma coisa, mas eu tinha certeza que se eu comesse qualquer coisa agora, eu iria passar mal, então, me despedi em um tchau geral para os que estavam ali e saí em direção a meu carro para poder ir para casa.

O caminho todo foi de eu pensando o que será que eu tinha feito dessa vez, ou se ele tinha voltado a se encontrar com Veiga por algum motivo e por isso está me evitando, mas assim que estacionei em minha garagem, abri seus storys e vi uma foto dele dentro do avião junto de sua esposa, com a legenda de que estariam indo a sua cidade natal, no Rio Grande do Sul.

"Aa, claro, agora tá explicado." - eu disse rindo em um tom sarcástico comigo mesmo e já fui entrando para dentro de casa, era óbvio que ele não iria me dar atenção num momento que sua filha estava prestes a nascer, e como sempre, eu sendo a segunda opção entre as suas prioridades.

Mas eu tinha uma ideia em mente, hoje com certeza não seria mais um dia onde eu deitaria nessa cama para chorar, não vai ficar assim.

Assim que subi para meu quarto, fechei no meu celular uma passagem para mim amanhã perto de meio-dia para Porto Alegre, as vezes uma surpresa pra quem você tanto quer bem não faz mal, não é?

Seguinte disso, não perdi meu tempo e comecei a arrumar minha mala, minha ideia seria contar apenas para minha mãe o que iria fazer para que ela pudesse cuidar da minha casa enquanto eu estivesse fora, de resto, eu iria contar no momento certo se tudo saísse como planejado.

Quando terminei tudo que havia de fazer, já era por volta das 10 da noite e amanhã, para evitar o risco de perder o vôo, eu teria que sair mais cedo de casa, então, decidi começar a me ajeitar para dormir, ainda mais porque sabia que minha ansiedade não deixaria eu dormir tão fácil assim.

Dia seguinte, Porto Alegre.

Como em uma parte da minha vida minha rotina de todos os dias eram os treinos com o elenco do Inter, eu ainda consigo ter uma noção dos horários que eles costumam chegar e sair, horários esses que parecem não ter mudado pelo que eu acompanho nos storys de alguns amigos meus.

Como já era quase 3 da tarde de uma quinta-feira por sinal, eu tenho memórias d voltar pra casa mais ou menos nesse horário, então, pedi um carro de aplicativo pra mim para que me deixasse a porta do ct do Internacional.

Quando cheguei, descarreguei minha mala e me sentei em um meio-fio um pouco afastado e fiquei esperando, até que ouvi algumas vozes e no meio delas uma risada que eu conheci de primeira, fazendo um sorriso bem espontâneo se formar no meu rosto.

Na hora que eu vi que Mauricio se dirigia até seu carro, apareci no seu campo de visão.
- Eai, Maumau. - falei em um tom alto suficiente para que ele escutasse.
- Yuri? - ele perguntou virando seu rosto e vindo correndo em minha direção assim que me viu. - Nem me avisou que vinha. - ele disse enquanto envolvia meu corpo em um abraço, onde eu retribui passando meus braços por seu pescoço.
- Vir de surpresa é muito mais legal, cara.
- É, aí eu vou ter que concordar com você.

Ao notarem minha presença, mais alguns de meus amigos, antigos colegas de equipe, começaram a se aproximar também, nós ficamos jogando conversa fora por mais de uma hora sem nem ter uma mínima noção do tempo que estava passando.

- Deixa isso aqui comigo. - Mauri disse pegando a minha mala de minha mão e já levando até seu carro assim que cada um dos da conversa foi se dirigindo para ir embora.
- Eu vou começar a te chamar de mordomo. - dei risada, me aproximando de seu carro também.
- A sua disposição, senhor Yuri. - ele falou segurando o riso enquanto abria a porta de seu carro pra mim.
- Palhaço demais. - disse ainda rindo enquanto entrava.

Logo em seguida ele entrou também e deu partida, pela rota que ele tinha escolhido, eu já sabia exatamente onde ele estava me levando.
- Matar a saudade que eu tava no dia que eu te mandei aquela foto. - ele me olhou sorrindo de relance ao perceber meu foco na estrada.
- Por um momento eu me senti em 2021 de novo.
- Somos dois, a gente fazia isso quase todo dia, e sinceramente, eu tenho muita saudade disso.
- Bobeia que eu te arrasto pra SP e a gente faz isso lá na Arena todo dia.
- Eu até iria, mas acho que a torcida me mata se eu fizer isso.
- Não queria dizer nada, mas já dizendo eu tô vivinho aqui, em.

Rimos juntos pela situação e não demorou muito para que ele estacionasse na sua vaga de sempre, frente ao Beira Rio, e quando descemos fomos direto nos sentar em uma mureta que havia por ali, um costume nosso na época que eu ainda morava aqui.
- Essa vista aqui tem muito mais graça quando você tá comigo. - ele disse olhando pro sol que começava a se pôr atrás do estádio.
- Minha vontade quando vi aquela foto era estar aqui com você também. - disse enquanto encostava minha cabeça em seu ombro.
- Mas assim, você resolveu vir pra cá do nada assim? - ele disse pousando a mão em minha perna e encostando sua cabeça na minha.
- Rotina por lá tava chatinha e eu tava com saudade de você, aí fechei uma passagem e vim.
- Um querido você, meu Deus. - ele disse rindo baixo.

Soltei um sorriso o encarando e logo percebi seu olhar descer para meus lábios, o que não me fez roubar um selinho seu, ele sorriu e retribuiu com um mais demorado, e acabou que ficamos assim, conversando e trocando alguns beijos até que o anoitecer chegasse.

•| Continua... |•

Já vou pedir que ninguém aqui me mate, plmds, e nem queiram matar o pobi do Mauri KKKKK

Espero que tenham gostado e sigam firmes aqui para ver a continuação da história, eu amo vocês!!🤍

Minha Antiga PaixãoWaar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu