Entre Laços e Sangue

CAPÍTULO 15

Lilyana

Depois de algumas horas de viagem, nós passamos por uma floresta imensa.

Flores que eu nunca tinha visto apareciam na minha visão, e o cheiro de terra molhada surgia juntamente.

Grandes portões estavam à nossa frente, e com um grito de uma das cavaleiras, os portões foram abertos, revelando a entrada de uma cidade, logo mais a cima.

A imagem de um castelo de pedras.

O ar dos meus pulmões é roubado, é um lugar bonito,
e tudo cheira a especiarias, e um cheiro doce vem de algum lugar próximo.

Noto quando diferentes olhares são lançados para mim.

Alguns acinzentados, e verdes, posso jurar ver alguns pares de olhos dourados.

Uma pele azul como o céu em todos eles, e cabelos brancos. Brancos e longos. Assim como a legião que nos acompanha.

Orelhas maiores e mais pontudas de a de Denethor também podem ser notadas com facilidade.

Algumas crianças se agarram as roupas das mães, com expressões apreensivas.

Mas assim que notam meu olhar, sorriem.

Meu coração erra uma batida, com a visão. Sorrisos tão doces e adoráveis, que eu não faço a mínima ideia do motivo. Eu esperava ser recebida com olhares odiosos, e ofensas, e isso é mais do que esperar.

- Devemos ir o mais rápido possível, a rainha não deve esperar - a voz de Denethor chega aos meus ouvidos, sua mão pousada no meu ombro. - Você pode explorar logo, mas no momento precisamos ir.

Eu aceno, mesmo que meus olhos não se desviem de tamanha beleza que acompanha o lugar.

Um peso que eu nem lembrava estar lá, sai dos meus ombros. E eu sinto que finalmente posso respirar.

Não muito tempo depois, passamos pela entrada do castelo. Gurdas com a expressão dura ficam na entrada, e posso notar o olhar de desdém deles.

Mas Denethor apenas revira os olhos olhos, eu não tenho certeza se os olhares foram dirigidos a mim, mas ainda parece ruim estar na linha de visão assim.

Nós descemos da carruagem, e quando Alice vem em minha direção, eu a aperto em outro abraço.

Ela também parece um pouco apreensiva, mas animada em conhecer.

Denethor nos guia castelo à dentro.

E algumas coisas são sussurradas.

Altas demais para serem notadas, baixas demais para entender.