CAPÍTULO 30

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Arktis

Seguro Lilyana nos meus braços, enquanto a levo para o quarto.
Uma lagrima escorre pela sua bochecha, enquanto ela tenta abafar os ruídos.
Ela tinha passado as duas últimas horas chorando, enquanto assistia a carruagem de Alicia partir. Eu tinha escutado sobre isso, mas não achei que aconteceria realmente, era injusto levar dela a única pessoa que ainda a lembrava de sua casa.

Eles tinham deixado uma carta, no entanto. Dizendo que desejam felicidades pela união, e que Alicia voltaria para vê-la. Mas eram apenas palavras vazias em um papel, e eu acho que até mesmo Lilyana sabia disso.

Empurro a porta do quarto com o pé, abrindo espaço para passarmos.

Colocando-a no chão, eu espero ela se firmar totalmente, antes de soltá-la.

- Tome um banho aquecido, você precisa descansar. - eu digo, mantendo a minha voz sutil.

Ela entra na sala adicional onde fica a banheira com água, e passa um bom tempo lá dentro. Quando sai, seus cabelos estão um pouco molhados, e ela está vestindo um pequeno pedaço de roupa, que se parece um vestido, mas mal cobre suas coxas.

Ela caminha em direção a cama, e se joga lá, com as pernas para fora da cama.

Quando eu não digo nada, ela levanta os olhos em minha direção.

- Você não vai consumar o casamento?

- Perdão?

- O casamento. Você não vai consumar?

- Você está de acordo com isso?

- É o meu dever, do que importa se eu estou ou não de acordo?

Eu vou até ela, pairando sobre seu rosto, e sua respiração acelera, enquanto seu corpo fica rígido.

- Eu não sei como funcionam casamentos para os humanos, Lilyana. Mas elfos não forçam nenhuma consumação, e da forma que você esta, eu duvido muito que seria agradável.

- Mas... nós precisamos. - ela diz, sua voz baixa demais.

- Não está noite, - eu enrolo um dos meus dedos, em seus fios cacheados - Quando eu dormir com você, Lilyana, vai ser porquê você quer, e o motivo pelo qual vou sentir seu corpo tremendo, não vai ser medo.

- O que isso quer dizer? - sua voz sai um sussuro.

Eu abaixo meus lábios até sua orelha, permitindo que minhas presas toquem sua pele.

- Quer dizer que eu vou tornar tão prazeroso para você, quanto será para mim, ao ponto de te fazer tremer.

Me afastando antes de falar  novamente.

- Mas mesmo que essa noite fosse uma opção, acho melhor você descansar, temos uma viagem para amanhã.

- É para terminar o ritual, estou certa?

- Exatamente. - Eu agarro minha capa, e pego algumas cobertas para ela. - Tenha uma boa noite.

- Onde você vai? - ela diz, usando as cobertas para cobrir seu corpo, e aquela pequena coisa que ela estava vestida.

- Vou dormir em outro quarto, para que você possa ficar mais confortável.

- Não terão reclamações?

- Quem se importa? Agora durma, eu passo aqui ao amanhecer. - Eu digo, saindo de perto dela.

Entre Laços e Sangue Where stories live. Discover now