#𝟎𝟎𝟗 𝐖𝐄 𝐀𝐑𝐄 𝐍𝐎𝐓 𝐓𝐇𝐄 𝐋𝐔𝐂𝐊𝐘 𝐎𝐍𝐄𝐒

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Notas:

ATUALIZAÇÃO DA MONSTRA AQUI.

Não abandono essa queridinha nunca, mesmo com uma atualização por mês eu ainda faço tudo com muito amor e espero que vocês gostem.

All the love, Ruthinha ✿

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─ Obrigado. ─ afasto o telefone da orelha para agradecer ao simpático motorista que tem uma boina estilosa e um bigode espalhafatoso. ─ Niall, ele não queria me beijar, de onde tirou isso? ─ digo quando piso para fora do táxi e começo a enfrentar uma aglomeração de pessoas.

As ruas de Londres estavam abarrotadas, como de costume. Diferentes rostos passavam por mim como um borrão.

Sabe, você costumava ser a pessoa mais convencida que eu conhecia, e agora está sendo ingênuo.

Paro no meio da rua quando vejo uma loja retrô, cheia de vinis, CD's e livros. Fico analisando as pessoas que por lá perpassam.

Até eu que sou hétero acharia que esse tal de Louis estava querendo me comer se me levasse pro meio do nada e ficasse cheio de toques ali e aqui.

Só me dou conta de que o volume do meu celular está alto demais quando uma senhorinha me encara com olhar julgador do banco no qual está sentada enquanto alimenta algumas pombas. A dou um sorriso torto como um pedido de desculpas silencioso por ter que ouvir as promiscuidades que meu amigo fala.

─ Olha, estou começando a achar essa conversa inapropriada demais para as dez da manhã. ─ ele bufa.

Só, pensa no que eu te disse, ok? Não tente usar o fato dele ser seu orientador como pretexto para algo, você não é menor de idade, não estamos no colegial e tudo é legalizado.

Enquanto Niall argumenta, volto a observar a loja. De um lado uma mulher na taxa dos cinquenta anos, com uma saia hippie, argolas grandes penduradas nas orelhas e uma bandana na cabeça. Parece ter tanta personalidade, tantas histórias para contar. Já do outro lado...Um homem comum como a grande maioria de Londres, usando camisa social, carregando uma maleta de couro marrom. Tem a face carrancuda e rugas aparentes ao redor dos olhos. Me senti tentado a descobrir o que tinha naquele lugar que chamava a atenção de todas aquelas pessoas, mesmo sendo tão diferentes.

─ Certo, certo. Depois eu te ligo, tá bom?

Você não ouviu uma palavra do que eu disse, não é mesmo?─ atravesso a multidão até estar na frente do comércio. Grill's Antiquário é o que está escrito no letreiro em cores chamuscantes.

─ Nos falamos mais tarde, beijo. ─ guardo o celular no bolso da jaqueta e entro no lugar.

Eu tenho a consciência que não posso despender muito do meu tempo aqui porque, como sempre, estou atrasado para ir para faculdade. Mas quando coloco meus pés dentro do antiquário esqueço das minhas obrigações. O tempo para e meus olhos não desgrudam dos inúmeros livros nas prateleiras altas.

Não esperava encontrar livros aqui, mas esse lugar parece ter saído de um filme. Não duvido que tenha de tudo aqui.

Paro no meio do corredor quando vejo uma capa em um tom lindo de escarlate. Afetropia brilha em letras douradas e cursivas. Eu me lembro de ter escutado esse título antes.

"─ Escuta isso: Louis Tomlinson é um escritor, palestrante e educador britânico. É autor de vários livros, entre eles 'a arte da obediência' e 'Afetropia' "

𝐀𝐅𝐄𝐓𝐑𝐎𝐏𝐈𝐀 ── larry stylinson.Where stories live. Discover now