#𝟎𝟏𝟗 𝐏𝐋𝐀𝐘 𝐖𝐈𝐓𝐇 𝐌𝐄, 𝐁𝐀𝐁𝐘

518 52 42
                                    

Notas:

Mal consigo acreditar que consegui postar essa capítulo. Demorei tanto não por falta de criatividade (até porquê nessa altura do campeonato a minha cabeça explodindo de ideias), mas sim porque não estou conseguindo conciliar Afetropia com o meu cronograma de estudos. Ainda sim, espero que gostem do capítulo. :)

MILF - abreviação popular da língua inglesa que significa " Mom I Let to Fuck ", ou seja, uma mulher mais velha a qual é atraente.

All the love, Ruthinha ✿

────────────────────

Sabe a sensação de estar preso no vácuo? Tremendo pela frieza da sua pele, mas aquecido pela tormenta de seus pensamentos.

A mesma sensação angustiante que formiga a ponta dos meus dedos vem como um turbilhão junto com o sentimento mais baixo que a futilidade humana pôde trazer. A vergonha.

As pessoas que se envergonham da paixão, da felicidade extrema, são aquelas que nunca vivenciaram da vergonha na sua pior forma.

Ah não...a vergonha vem de dentro, daquela sua parte que você nunca gostaria que fosse revelada.

Ela está na minha versão que segredo não saber da existência, mas então no meu momento de vulnerabilidade, despenca sobre mim como um lembrete que não importa o quanto tente, o quanto encene, o pior de mim ainda borbulha no peito e transparece nas minhas ações.

─ Um- Um bebê? ─ minha voz sai com tanto esforço que preciso engolir para desmanchar o bolo na minha garganta.

Sinto mãos quentes subirem até meus ombros, mas todos os barulhos a minha volta se tornam abafados, ao mesmo tempo que altos demais, e meus olhos desfocam do rosto de Louis.

Consigo descer meu olhar até minhas mãos, e pisco vezes suficientes para vê-las tremerem sem pudor algum. Minha respiração é barulhenta e tão rápida que o resto do meu corpo parece não conseguir acompanhar. Meu café da manhã parece estar prestes a se tornar um acessório em meus sapatos.

Mas então sinto as mesmas mãos quentes nas minhas bochechas e uma boca macia se encostar com força na minha.

O mundo a minha volta retorna ao eixo e eu levanto minhas mãos, escorregando-as do cotovelo de Louis até os seus dedos, fixamente presos às laterais do meu rosto. Seus lábios despredem dos meus e ele mantém seus olhos baixos.

─ Não surta. De forma alguma você tem algum tipo de culpa sobre isso. Ele não foi honesto com ninguém em toda essa história.

Não tenho palavras pra responder isso, por mais que seja legal da parte dele tentar me tranquilizar. Passei tanto tempo da minha vida me martirizando por diversas coisas que palavras como essas não me causam efeito como deveriam.

Me sinto culpado; sinto nojo, repúdio, raiva e tristeza de mim. Me sinto como meu pai.

─ Por que a mulher te beijou, afinal? Não estou entendendo. ─ tento fugir dos olhos duros de Louis que gritam 'não fuja do assunto', mas eles são como um peso morto.

𝐀𝐅𝐄𝐓𝐑𝐎𝐏𝐈𝐀 ── larry stylinson.Where stories live. Discover now